Desenvolvimento e caracterização de anticorpo monoclonal antiquitooligômeros como potencial ferramenta no tratamento de infecções fúngicas
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43250 |
Resumo: | A busca pelo diagnóstico rápido e o tratamento de infecções fúngicas invasivas são de grande importância, visto que mais de um milhão de indivíduos morrem por ano em decorrência dessas infecções. Candida albicans, Aspergillus fumigatus, Pneumocystis jirovecii e Cryptococcus neoformans são os patógenos fúngicos com maior incidência e responsáveis por altas taxas de morbi-mortalidade. Um dos principais componentes da parede celular é a quitina, um polímero formado por unidades de N-acetilglucosamina com ligações \03B2-1,4. A quitina é um componente essencial para a rigidez e integridade da parede celular de fungos, um alvo terapêutico e uma ferramenta diagnóstica, pois não é sintetizada por humanos ou animais. Nesse estudo, foram desenvolvidos anticorpos monoclonais (AcM) contra oligômero de quitina através da técnica de hibridomas. Ensaios funcionais caracterizaram os AcMs como potenciais ferramentas para o diagnóstico e tratamento de infecções fúngicas invasivas Testes de ELISA (do inglês EnzymeLinked Immunosorbent Assay) demonstraram que os AcM possuem afinidade e especificidade pela quitina e seus derivados, visto que não se ligaram a nenhum outro tipo celular como: às linhagens de células pulmonares humanas e aos microorganismos testados (G. lamblia, E. coli e S. Aureus). Análises de imunofluorescência demonstraram que os AcMs se ligam à parede fúngica de C. albicans. Ensaios in vitro revelaram que os AcMs aumentaram a capacidade fungicida da Anfotericina B (AmB) e Fluconazol (FLC), fármacos usados na clínica médica para o tratamento de infecções fúngicas invasivas. Os AcMs HC6/DD11 e AF1/CC5 foram capazes de interferir com dois dos maiores fatores de resistência a antifúngicos, a formação de biofilme e a produção do pigmento melanina. Em modelo murino de infecção por C. neoformans, a administração conjunta do AcM anti-quitooligômeros HC6/DD11 e doses subinibitórias de AmB promoveram a sobrevivência dos animais em torno de 100%. Os dados obtidos nesse estudo corroboram a hipótese de que anticorpos desenvolvidos contra quitooligômeros são potenciais ferramentas auxiliares para o diagnóstico e o tratamento de infecções causadas por C. neoformans. |
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Figueiredo, Alexandre Bezerra CondeRodrigues, Marcio Lourenço2020-09-08T19:59:15Z2020-09-08T19:59:15Z2020FIGUEIREDO, Alexandre Bezerra Conde. Desenvolvimento e caracterização de anticorpo monoclonal antiquitooligômeros como potencial ferramenta no tratamento de infecções fúngicas. 2020. 104 f. Tese (Doutorado em Biologia Parasitária) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43250A busca pelo diagnóstico rápido e o tratamento de infecções fúngicas invasivas são de grande importância, visto que mais de um milhão de indivíduos morrem por ano em decorrência dessas infecções. Candida albicans, Aspergillus fumigatus, Pneumocystis jirovecii e Cryptococcus neoformans são os patógenos fúngicos com maior incidência e responsáveis por altas taxas de morbi-mortalidade. Um dos principais componentes da parede celular é a quitina, um polímero formado por unidades de N-acetilglucosamina com ligações \03B2-1,4. A quitina é um componente essencial para a rigidez e integridade da parede celular de fungos, um alvo terapêutico e uma ferramenta diagnóstica, pois não é sintetizada por humanos ou animais. Nesse estudo, foram desenvolvidos anticorpos monoclonais (AcM) contra oligômero de quitina através da técnica de hibridomas. Ensaios funcionais caracterizaram os AcMs como potenciais ferramentas para o diagnóstico e tratamento de infecções fúngicas invasivas Testes de ELISA (do inglês EnzymeLinked Immunosorbent Assay) demonstraram que os AcM possuem afinidade e especificidade pela quitina e seus derivados, visto que não se ligaram a nenhum outro tipo celular como: às linhagens de células pulmonares humanas e aos microorganismos testados (G. lamblia, E. coli e S. Aureus). Análises de imunofluorescência demonstraram que os AcMs se ligam à parede fúngica de C. albicans. Ensaios in vitro revelaram que os AcMs aumentaram a capacidade fungicida da Anfotericina B (AmB) e Fluconazol (FLC), fármacos usados na clínica médica para o tratamento de infecções fúngicas invasivas. Os AcMs HC6/DD11 e AF1/CC5 foram capazes de interferir com dois dos maiores fatores de resistência a antifúngicos, a formação de biofilme e a produção do pigmento melanina. Em modelo murino de infecção por C. neoformans, a administração conjunta do AcM anti-quitooligômeros HC6/DD11 e doses subinibitórias de AmB promoveram a sobrevivência dos animais em torno de 100%. Os dados obtidos nesse estudo corroboram a hipótese de que anticorpos desenvolvidos contra quitooligômeros são potenciais ferramentas auxiliares para o diagnóstico e o tratamento de infecções causadas por C. neoformans.The search for a fast and accurate diagnosis of fungal infections is fundamental, since over one million individuals die each year due to systemic mycoses. Candida albicans, Aspergillus fumigatus, Pneumocystis jirovecii and Cryptococcus neoformans are the most prevalent fungal pathogens and they are responsible for high rates of morbi-mortality. One of the main components of the cell wall is chitin, a polymer formed by N-acetylglucosamine units linked through \03B2-1,4 bonds. Chitin is essential for the cell wall rigidity and integrity, a promising target for therapy and diagnosis, since it is not synthesized by humans or animals. In this study, monoclonal antibodies (mAb) were developed against chitin oligomers using the hybridoma technique. Functional assays characterized mAbs against chitin oligomers as potential tools for diagnosis and treatment of fungal infections ELISA assays have shown that the mAbs have affinity and specificity with chitin oligomers and its derivatives, since they did not bind to any other cell type such as protozoa, bacteria and animal cells. Immunofluorescence analyzes have shown that the mAbs bind to C. albicans. In vitro tests have shown that the mAbs increased the fungicidal capacity of amphotericin B (AmB) and fluconazole, drugs regularly used for the treatment of fungal infections. HC6/DD11 and AF1/CC5 mAbs were able to interfere with two of the major antifungal resistance factors, the biofilm formation and melanin production. In a murine model of C. neoformans infection, the combined administration of antichitin mAb HC6/DD11 and subinhibitory doses of AmB promoted animal survival around 100%. The data obtained in this work corroborate the hypothesis that chitin antibodies developed against chitooligomers are an auxiliary tool for the diagnosis and treatment of fungal infections caused by C. neoformans.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAnticorpos MonoclonaisMicosesCryptococcus neoformansTerapêuticaAnticorpos MonoclonaisMicosesCryptococcus neoformansTerapêuticaDesenvolvimento e caracterização de anticorpo monoclonal antiquitooligômeros como potencial ferramenta no tratamento de infecções fúngicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2020Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Parasitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/43250/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALalexandre_figueiredo_ioc_dout_2020.pdfalexandre_figueiredo_ioc_dout_2020.pdfapplication/pdf2303010https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/43250/2/alexandre_figueiredo_ioc_dout_2020.pdff9f4688749ac38b882f3eda2931093f9MD52TEXTalexandre_figueiredo_ioc_dout_2020.pdf.txtalexandre_figueiredo_ioc_dout_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain162131https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/43250/3/alexandre_figueiredo_ioc_dout_2020.pdf.txtadbef0ca8932a60117f30122b75b25c8MD53icict/432502022-05-09 17:28:57.001oai:www.arca.fiocruz.br:icict/43250Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-05-09T20:28:57Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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