O paradigma da complexidade no século XXI: da filosofia e ética da biologia a uma evolução antropológica e psicoafetiva em curso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aleksandrowicz, Ana Maria Coutinho
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4372
Resumo: Esta tese foi-se constituindo, organicamente, ao longo dos artigos e capítulos de livros que a compõem. Nela, prossigo meu projeto de mestrado (ENSP-Fiocruz, 2001), em torno da obra de Henri Atlan, biofísico e filósofo espinosista francês contemporâneo, acompanhando seus desenvolvimentos e adicionando-lhe elaborações pessoais. Em consonância com o objetivo de contribuir para os fundamentos epistemológicos e metodológicos que alicerçam projetos e estratégias em Saúde Pública, procedo à revisão do paradigma da complexidade, no qual as idéias de Atlan se inserem, na passagem do século XX ao XXI. Neste sentido, atualizo a ‘intercrítica’ entre as racionalidades científica e mítica, proposta por Atlan sob a égide da filosofia spinozista, tanto no que diz respeito a questões de biologia reprodutiva e clonagem, quanto em suas repercussões culturais em mulheres e homens. Exploro, por diferentes vieses, a abrangência das audazes e multifacetadas hipóteses atlanianas sobre a evolução da natureza humana em curso, inclusive aplicando sua teoria de auto-organização a contextos práticos. Progressivamente me aproximo do questionamento da dimensão psicoafetiva desta evolução, que não é tão investigada no pensamento atlaniano, por vias das neurociências, psicanálise e filosofia da mente. Aliada ao revigoramento recente de conceitos como verdade e razão, convergentes com a vocação iluminista de Atlan, esboço releituras do paradigma da complexidade que possam melhor atender às novas premências culturais e societárias – assim como a suas necessidades afetivas subterrâneas negligenciadas – e às suas reverberações na ética e na política. Desta forma, reitero a relevância deste paradigma para a pesquisa de fundamentos em Saúde Pública, em particular para a Promoção de Saúde. A amplitude, diversidade e entrelaçamentos de perspectivas que ele pressupõe e incentiva são respaldados por diversas vertentes do conhecimento, zelosas de sua especificidade disciplinar, mas que porfiam em concretizar no mundo uma aspiração em comum, positiva e democrática.
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spelling Aleksandrowicz, Ana Maria CoutinhoMinayo, Maria Cecília de Souza2012-09-05T18:23:45Z2012-09-05T18:23:45Z2007ALEKSANDROWICZ, Ana Maria Coutinho. O paradigma da complexidade no século XXI: da filosofia e ética da biologia a uma evolução antropológica e psicoafetiva em curso. 2007. 316 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4372Esta tese foi-se constituindo, organicamente, ao longo dos artigos e capítulos de livros que a compõem. Nela, prossigo meu projeto de mestrado (ENSP-Fiocruz, 2001), em torno da obra de Henri Atlan, biofísico e filósofo espinosista francês contemporâneo, acompanhando seus desenvolvimentos e adicionando-lhe elaborações pessoais. Em consonância com o objetivo de contribuir para os fundamentos epistemológicos e metodológicos que alicerçam projetos e estratégias em Saúde Pública, procedo à revisão do paradigma da complexidade, no qual as idéias de Atlan se inserem, na passagem do século XX ao XXI. Neste sentido, atualizo a ‘intercrítica’ entre as racionalidades científica e mítica, proposta por Atlan sob a égide da filosofia spinozista, tanto no que diz respeito a questões de biologia reprodutiva e clonagem, quanto em suas repercussões culturais em mulheres e homens. Exploro, por diferentes vieses, a abrangência das audazes e multifacetadas hipóteses atlanianas sobre a evolução da natureza humana em curso, inclusive aplicando sua teoria de auto-organização a contextos práticos. Progressivamente me aproximo do questionamento da dimensão psicoafetiva desta evolução, que não é tão investigada no pensamento atlaniano, por vias das neurociências, psicanálise e filosofia da mente. Aliada ao revigoramento recente de conceitos como verdade e razão, convergentes com a vocação iluminista de Atlan, esboço releituras do paradigma da complexidade que possam melhor atender às novas premências culturais e societárias – assim como a suas necessidades afetivas subterrâneas negligenciadas – e às suas reverberações na ética e na política. Desta forma, reitero a relevância deste paradigma para a pesquisa de fundamentos em Saúde Pública, em particular para a Promoção de Saúde. A amplitude, diversidade e entrelaçamentos de perspectivas que ele pressupõe e incentiva são respaldados por diversas vertentes do conhecimento, zelosas de sua especificidade disciplinar, mas que porfiam em concretizar no mundo uma aspiração em comum, positiva e democrática.This thesis has been organically constituted through the articles and book chapters composing it. Here I pursue my Master’s Degree project about the work of Atlan, a contemporary French biophysicist and Spinozist philosopher, following its development and adding my own elaborations to it. In harmony with the purpose of contributing to the methodological and epistemological groundwork underpinning Public Health projects and strategies, I perform a review of the complexity paradigm, wherein Atlan’s ideas are inserted, at the turn of the twenty-first century. In this sense, I update the ‘intercritique’ between the scientific and mythical rationales, proposed by Atlan under the aegis of Spinozist philosophy, concerning issues of reproductive biology and cloning, as well as their cultural repercussions on women and men. From different angles, I explore the scope of the bold and multifaceted Atlanian hypotheses about the ongoing evolution of human nature, also applying his theory of self-organization to practical contexts. I gradually approach the questioning of the psychoaffective dimension of this evolution, into which Atlanian thought has not delved so much, through the paths of the neurosciences, psychoanalysis and philosophy of mind. In unison with the late restrengthening of concepts such as truth and reason, converging with Atlan’s enlightened stance, I outline rereadings of the complexity paradigm which may better meet the new cultural and societal urgencies – as well as their neglected unsurfaced affective needs – and their reverberations on ethics and politics. Thus, I reiterate the importance of this paradigm for the research of fundamentals in Public Health, especially for Health Promotion. The breadth, diversity and interweaving of perspectives that it assumes and encourages are buttressed by various currents of knowledge, all earnest about their disciplinary specificity, but insisting on materializing a common, positive and democratic aspiration in the world.Cette thèse a été constituée organiquement au long des articles et chapitres de livres qui la composent. J’y conduis mon projet de DEA ( ENSP - Fiocruz, 2001) autour de l’oeuvre de Henri Atlan, biophysicien et philosophe spinosiste français contemporain, guidée par ses développements et en y ajoutant des élaborations personnelles. De concert avec le but de contribuer aux fondements épistémologiques et méthodologiques sur lesquels se basent les projets et stratégies en santé publique, je procède à la révision du paradigme de la complexité dans lequel les idées d’Atlan s’insèrent au tournant de l’entre deux derniers siècles. En ce sens, j’actualise « l’intercritique » proposée par Atlan, entre les rationalités scientifique et mythique, sous l’égide de la philosophie spinosiste, tant en ce qui concerne des questions de biologie reproductive et de clonage que dans leurs répercussions culturelles sur les femmes et les hommes. J’explore par différents biais l’étendue des audacieuses hypothèses atlaniennes, et leurs multiples facettes, sur l’évolution en cours de la nature humaine en appliquant par ailleurs sa théorie de l’auto-organisation à des contextes pratiques. Progressivement, j’approche la remise en cause de la dimension psychoaffective de cette évolution qui n’est pas tellement examinée dans la pensée atlanienne par les voies des neurosciences, de la psychanalyse et de la philosophie de l’esprit. Aidée de la récente revigoration de concepts comme vérité et raison, qui convergent vers une vocation d’Atlan digne des Lumières, j’ébauche des relectures du paradigme de la complexité qui pourraient mieux répondre aux nouvelles urgences culturelles et sociétales – de même que leurs nécessités affectives et souterraines négligées – et leurs répercussions sur l’éthique et la politique. C’est ainsi que je répète l’importance de ce paradigme pour la recherche de fondements en santé publique et en particulier pour la promotion de la santé. L’ampleur, la diversité et l’entrecroisement de perspectives qu’il présuppose et éveille, sont soutenus par divers versants de la connaissance, soucieuses de leur spécificité disciplinaire, mais qui rivalisent dans la réalisation d’une aspiration commune, positive et démocratique dans le monde.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porFilosofiaBioéticaAntropologiaPromoção da SaúdeQualidade de VidaO paradigma da complexidade no século XXI: da filosofia e ética da biologia a uma evolução antropológica e psicoafetiva em cursoComplexity paradigm in the century XXI: of the philosophy and ethics of the biology to an anthropology evolution and psychoaffective in courseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4372/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Ana_Maria_Aleksandrowicz_ENSP_2007.pdfapplication/pdf1736658https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4372/2/ve_Ana_Maria_Aleksandrowicz_ENSP_2007.pdf2e16994673fb88156b20fac740269712MD52TEXT282.pdf.txt282.pdf.txtExtracted texttext/plain835179https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4372/5/282.pdf.txt5b6f9af5bfbe21828ab3abb79194def6MD55ve_Ana_Maria_Aleksandrowicz_ENSP_2007.pdf.txtve_Ana_Maria_Aleksandrowicz_ENSP_2007.pdf.txtExtracted texttext/plain835163https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4372/6/ve_Ana_Maria_Aleksandrowicz_ENSP_2007.pdf.txtd5f7c4bf7cfd0dec772e4ad996755fbbMD56THUMBNAIL282.pdf.jpg282.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1231https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4372/4/282.pdf.jpg5281c4490003bb022a27010ad752b044MD54icict/43722023-01-19 14:33:51.883oai:www.arca.fiocruz.br:icict/4372Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:33:51Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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