Câncer de mama em mulheres jovens no Rio de Janeiro: estudo de fatores de risco e sobrevida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ortega-Jácome, Guillermo Patricio
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14357
Resumo: O câncer de mama é um dos cânceres mais comuns a nível mundial e no Brasil. O câncer de mama não é comum em mulheres jovens (<36 anos) porém tem um prognóstico ruim e uma pobre sobrevida. O objetivo deste estudo é verificar fatores de risco e sobrevida em mulheres jovens diagnosticadas com câncer de mama em um centro de referência oncológica em câncer na cidade de Rio de Janeiro. Mulheres com menos de 36 anos de idade com diagnóstico histopatológico de câncer de mama no Instituto Nacional de Câncer entre 01/01/1999 e 31/12/2006 foram selecionadas para o estudo. O total de pacientes varia em cada delineamento de estudo. Cento e dez mulheres entre 20-35 anos diagnosticada com câncer de mama foram entrevistadas para determinar a freqüência de fatores de risco ambientais associados a câncer de mama.Um questionário incluindo informação pessoal (antecedentes médicos e de estilo de vida, história reprodutiva, história familiar de câncer exposições a radiação e produtos químicos) foi aplicado e os dados comparados com o grupo controle (mulheres sem câncer). Uma regressão logística na condicional foi realizada para verificar as razões de chances (OR) e seus intervalos de confiança (CI). Setenta e um por cento de casos foram de câncer esporádico, e agregação familiar (familiares de primeiro grau) foi observada em somente 3,5% (%,5% incluindo familiares de segundo grau). Quarenta (51,3%) dos casos de câncer indicaram residir a uma distância de menos de 20 metros de um transformador de energia elétrica. Análises bivariados revelaram uma OR – 5,62 (95% CI 2,63-12,0) para uso residencial de pesticidas durante a vida adulta, OR 2,15 (95% CI 1,22-3,77) para Rx. dentários diagnósticos e OR =1,53 (95% CI 0,77-3,04) para morar perto de um transformador de energia elétrica. Uma análise multivariada posterior mostrou uma OR ajustada de 3,5 (95% CI 1,11-11,0) para uso residencial de pesticidas e 2,0 (95% CI 1,24-3,23) para Rx. diagnósticos na vida adulta. Duzentas e vinte e quatro mulheres previamente diagnosticadas com câncer de mama e 246 controles de base hospitalar foram entrevistados. As razões de chances (OR) foram calculadas por regressão logística não condicional, controladas por idade e escolaridade. Para o cálculo da função de risco utilizou-se o estimador de Kaplan Méier e as diferenças comparadas pelo teste log-rank. Resultados. Das 224 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, 24,1% delas tiveram familiares com história prévia de câncer de mama, 5,4% em familiares de primeiro grau. No mesmo grupo 60,3% referiram outros tipos de câncer nos familiares. Quando comparados com o grupo controle o risco de apresentar câncer de mama aumentou em 4,3 vezes (95% IC 1,2 - 15,8) nas mulheres que referiram câncer de mama em familiares de primeiro grau; 3,2 vezes (95% IC 1,6 - 6,2) em familiares diagnosticados antes dos cinquenta anos; e 2,5 vezes (95% IC 1,5 - 4,2) nas que referiram câncer de mama em qualquer familiar. O risco de câncer de mama aumenta proporcionalmente com o número de familiares afetados com câncer de mama (p < 0,000) e também com o número de familiares afetados com outros tipos de câncer (p < 0,000). Foram investigadas 329 pacientes com idade < 36 anos diagnosticadas com câncer de mama no período 01/01/1999 a 31/12/2003 no Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro. Foram analisadas as características patológicas, terapêuticas e a sobreviva de 5 anos. A coorte foi estratificada em pacientes com idade ≤ 30 anos, e aquelas na faixa etária 31-35 anos. Resultados. A média de idade na coorte analisada foi de 31,6 anos (desvio padrão, dp = 3,1). Foi observado um percentual mais elevado de pacientes com estadiamento IV no estrato < 31 anos que 31-35 anos (22,6% vs 13,8%, p=0,065). O estrato < 31 anos apresentou percentuais mais elevados de tumores pouco diferenciados, linfonodos axilares comprometidos, e receptores hormonais negativos comparativamente com as pacientes de 31-35 anos ( P> 0,05). O tratamento cirúrgico foi realizado em 73,3% das pacientes na coorte, com cirurgia conservadora em 26,6%, quimioterapia em 84,2% (neoadjuvância em 38,3%), radioterapia em 64,1% e hormonioterapia em 50,2%. Não foi observada diferença significativa quanto ao tipo de tratamento realizados em ambos grupos etários. A sobrevida de 5 anos em mulheres com idade 31-35 anos foi de 60,1% e de 50,3% naquelas com idade <31 anos já a sobrevida de 10 anos foi da ordem de, respectivamente 47,1 e 46,5%, teste log rank, p=0,261. Nossos dados mostram que o câncer de mama em mulheres jovens tem riscos significativos diferentes, fatores prognósticos desfavoráveis e baixa sobrevida.
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O total de pacientes varia em cada delineamento de estudo. Cento e dez mulheres entre 20-35 anos diagnosticada com câncer de mama foram entrevistadas para determinar a freqüência de fatores de risco ambientais associados a câncer de mama.Um questionário incluindo informação pessoal (antecedentes médicos e de estilo de vida, história reprodutiva, história familiar de câncer exposições a radiação e produtos químicos) foi aplicado e os dados comparados com o grupo controle (mulheres sem câncer). Uma regressão logística na condicional foi realizada para verificar as razões de chances (OR) e seus intervalos de confiança (CI). Setenta e um por cento de casos foram de câncer esporádico, e agregação familiar (familiares de primeiro grau) foi observada em somente 3,5% (%,5% incluindo familiares de segundo grau). Quarenta (51,3%) dos casos de câncer indicaram residir a uma distância de menos de 20 metros de um transformador de energia elétrica. Análises bivariados revelaram uma OR – 5,62 (95% CI 2,63-12,0) para uso residencial de pesticidas durante a vida adulta, OR 2,15 (95% CI 1,22-3,77) para Rx. dentários diagnósticos e OR =1,53 (95% CI 0,77-3,04) para morar perto de um transformador de energia elétrica. Uma análise multivariada posterior mostrou uma OR ajustada de 3,5 (95% CI 1,11-11,0) para uso residencial de pesticidas e 2,0 (95% CI 1,24-3,23) para Rx. diagnósticos na vida adulta. Duzentas e vinte e quatro mulheres previamente diagnosticadas com câncer de mama e 246 controles de base hospitalar foram entrevistados. As razões de chances (OR) foram calculadas por regressão logística não condicional, controladas por idade e escolaridade. Para o cálculo da função de risco utilizou-se o estimador de Kaplan Méier e as diferenças comparadas pelo teste log-rank. Resultados. Das 224 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, 24,1% delas tiveram familiares com história prévia de câncer de mama, 5,4% em familiares de primeiro grau. No mesmo grupo 60,3% referiram outros tipos de câncer nos familiares. Quando comparados com o grupo controle o risco de apresentar câncer de mama aumentou em 4,3 vezes (95% IC 1,2 - 15,8) nas mulheres que referiram câncer de mama em familiares de primeiro grau; 3,2 vezes (95% IC 1,6 - 6,2) em familiares diagnosticados antes dos cinquenta anos; e 2,5 vezes (95% IC 1,5 - 4,2) nas que referiram câncer de mama em qualquer familiar. O risco de câncer de mama aumenta proporcionalmente com o número de familiares afetados com câncer de mama (p < 0,000) e também com o número de familiares afetados com outros tipos de câncer (p < 0,000). Foram investigadas 329 pacientes com idade < 36 anos diagnosticadas com câncer de mama no período 01/01/1999 a 31/12/2003 no Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro. Foram analisadas as características patológicas, terapêuticas e a sobreviva de 5 anos. A coorte foi estratificada em pacientes com idade ≤ 30 anos, e aquelas na faixa etária 31-35 anos. Resultados. A média de idade na coorte analisada foi de 31,6 anos (desvio padrão, dp = 3,1). Foi observado um percentual mais elevado de pacientes com estadiamento IV no estrato < 31 anos que 31-35 anos (22,6% vs 13,8%, p=0,065). O estrato < 31 anos apresentou percentuais mais elevados de tumores pouco diferenciados, linfonodos axilares comprometidos, e receptores hormonais negativos comparativamente com as pacientes de 31-35 anos ( P> 0,05). O tratamento cirúrgico foi realizado em 73,3% das pacientes na coorte, com cirurgia conservadora em 26,6%, quimioterapia em 84,2% (neoadjuvância em 38,3%), radioterapia em 64,1% e hormonioterapia em 50,2%. Não foi observada diferença significativa quanto ao tipo de tratamento realizados em ambos grupos etários. A sobrevida de 5 anos em mulheres com idade 31-35 anos foi de 60,1% e de 50,3% naquelas com idade <31 anos já a sobrevida de 10 anos foi da ordem de, respectivamente 47,1 e 46,5%, teste log rank, p=0,261. Nossos dados mostram que o câncer de mama em mulheres jovens tem riscos significativos diferentes, fatores prognósticos desfavoráveis e baixa sobrevida.Breast cancer is one of the most common cancers among women worldwide and in Brazil. Breast cancer is uncommon in young women (< 36 years) but are more likely to have a worse prognosis and poor survival. This study aimed to ascertain risks factors and survival in young women diagnosed with breast cancer in an oncological reference center in the city of Rio de Janeiro. Women < 36 years of age with a histopathological diagnosis of breast cancer at the Brazilian National Cancer Institute (INCA) between 01/01/1999 and 12/31/2006 were selected for the study. The number of patients varies with the type of study. One hundred and ten women 20–35 years old diagnosed with breast cancer were interviewed to determine the role environment plays in patients cased upon residential location. A comprehensive questionnaire including personal information (medical and lifestyle antecedents, reproductive history, family history of cancer, chemical and radiation exposure) was employed, and the obtained data were further compared with data provided by controls (women without cancer). An unconditional logistic regression was further employed to ascertain the respective odds ratios (OR) and their 95% confidence intervals (CI). Seventy-one percent of cancer cases were sporadic breast cancer, and familial aggregation (first degree relatives) was observed in just 3.5% (5.5% including second-degree relatives). Forty (51.3%) of the cancer cases were reported to have resided at a distance of less than 20 m from an electrical power transformer. Bivariate analysis revealed OR = 5.62 (95% CI 2.63–12) for residential use of pesticides during adulthood, OR = 2.15 (95% CI 1.22–3.77) for dental diagnostic x-rays, and OR= 1.53 (95% 0.77–3.04) for living nearby an electrical power transformer. Further multivariate analysis showed an adjusted OR = 3.5 (95% CI 1.11– 11.0) for residential use of pesticides, and an adjusted OR = 2 (95% CI 1.24–3.23) for dental diagnostic x-rays during adulthood. Two hundred and twenty four women diagnosed with breast cancer and 246 hospital-based controls were interviewed to determine the family history of breast and other cancers in first and second degree relatives. Odss ratio for breast cancer were calculated by non conditional logistic regression, controlled by age and scholar formation. For the risk function a Kaplan Meier statistics were calculated and differences verified by the log rank test. Results: of the 224 women with breast cancer, 24,1% reported relatives with history of breast cancer, 5,4% in first degree relatives. In the same group 60,3% reported cancer history in other relatives. When compared with the control group, breast cancer risk increases in 4.3 times (95% CI 1.2-15.8) in women with history of breast cancer in first degree relatives; 3.2 times (95% CI 1.6-6.2) in women with relatives diagnosed before 50 years of age; and 2.5 times (95% CI 1.5-4.2) in women with any relative diagnosed with cancer. Breast cancer risk increases proportionally with the number of relatives diagnosed with breast cancer (p < 0.000) and also with the number of relatives affected with other types of cancer (p < 0.000). A follow-up of a hospital-based cohort of 329 women < 36 yr. with histopathological diagnosis of breast cancer at the Brazilian National Cancer Institute (INCA) between 01/01/1999 and 12/31/2003 was carried out. Their pathological antecedents and performed therapeutics were retrieved, and their 5-yr survival ascertained. The cohort was stratified by age in < 31 yr. and 31-35 yr strata. A higher proportion of stage IV at diagnosis was observed among patients < 31 yr. (22,6% vs 13,8%, p=0,065). The stratum < 31 yr. showed a higher distribution of undifferentiated tumors, nodes invasion and negative hormonal receptors comparatively to patients 31-35 yr ( p> 0.05). Surgical treatment was performed in 73.3% of patients (26.6% conservative), chemotherapy carried out in 84.2% (neoadjuvant chemotherapy in 38.3%), radiotherapy in 64.1%, and hormonal therapy in 50.2%. No statistical significant differences were observed between both age groups according to the performed treatment. Five years survival was 60.1% among patients 31-35 yr, and 50.3% among women < 31 yr and ten years survival were, respectively, 47.1% and 46.5%, log rank test p= 0.261. Our data demonstrate that breast cancers arising in young women have a significantly different risks and unfavorable prognostic factors and poor survival.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porCâncer de mamaMulher jovemFatores de riscoPré-menopausaSobrevidaSurvivalBreast cancerYoung womenRisks factorsPremenopauseNeoplasias da MamaMulheresPré-MenopausaSobrevidaHereditariedadeCâncer de mama em mulheres jovens no Rio de Janeiro: estudo de fatores de risco e sobrevidaBreast cancer in young women in Rio de Janeiro: study of risk factors and survivalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Guillermo_Ortega_Jácome_ENSP_2013.pdfapplication/pdf2287073https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14357/1/ve_Guillermo_Ortega_J%c3%a1come_ENSP_2013.pdf3e3d1359eda7ae8c680f3824e50a4a7eMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14357/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT403.pdf.txt403.pdf.txtExtracted texttext/plain214466https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14357/3/403.pdf.txt5344747c13a056fc578d9b24a92bd5e8MD53ve_Guillermo_Ortega_Jácome_ENSP_2013.pdf.txtve_Guillermo_Ortega_Jácome_ENSP_2013.pdf.txtExtracted texttext/plain214466https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/14357/4/ve_Guillermo_Ortega_J%c3%a1come_ENSP_2013.pdf.txt18ca1084b0a7ec46e14f26678a707cb2MD54icict/143572023-01-19 11:26:07.168oai:www.arca.fiocruz.br:icict/14357Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T14:26:07Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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Sobrevida
Hereditariedade
description O câncer de mama é um dos cânceres mais comuns a nível mundial e no Brasil. O câncer de mama não é comum em mulheres jovens (<36 anos) porém tem um prognóstico ruim e uma pobre sobrevida. O objetivo deste estudo é verificar fatores de risco e sobrevida em mulheres jovens diagnosticadas com câncer de mama em um centro de referência oncológica em câncer na cidade de Rio de Janeiro. Mulheres com menos de 36 anos de idade com diagnóstico histopatológico de câncer de mama no Instituto Nacional de Câncer entre 01/01/1999 e 31/12/2006 foram selecionadas para o estudo. O total de pacientes varia em cada delineamento de estudo. Cento e dez mulheres entre 20-35 anos diagnosticada com câncer de mama foram entrevistadas para determinar a freqüência de fatores de risco ambientais associados a câncer de mama.Um questionário incluindo informação pessoal (antecedentes médicos e de estilo de vida, história reprodutiva, história familiar de câncer exposições a radiação e produtos químicos) foi aplicado e os dados comparados com o grupo controle (mulheres sem câncer). Uma regressão logística na condicional foi realizada para verificar as razões de chances (OR) e seus intervalos de confiança (CI). Setenta e um por cento de casos foram de câncer esporádico, e agregação familiar (familiares de primeiro grau) foi observada em somente 3,5% (%,5% incluindo familiares de segundo grau). Quarenta (51,3%) dos casos de câncer indicaram residir a uma distância de menos de 20 metros de um transformador de energia elétrica. Análises bivariados revelaram uma OR – 5,62 (95% CI 2,63-12,0) para uso residencial de pesticidas durante a vida adulta, OR 2,15 (95% CI 1,22-3,77) para Rx. dentários diagnósticos e OR =1,53 (95% CI 0,77-3,04) para morar perto de um transformador de energia elétrica. Uma análise multivariada posterior mostrou uma OR ajustada de 3,5 (95% CI 1,11-11,0) para uso residencial de pesticidas e 2,0 (95% CI 1,24-3,23) para Rx. diagnósticos na vida adulta. Duzentas e vinte e quatro mulheres previamente diagnosticadas com câncer de mama e 246 controles de base hospitalar foram entrevistados. As razões de chances (OR) foram calculadas por regressão logística não condicional, controladas por idade e escolaridade. Para o cálculo da função de risco utilizou-se o estimador de Kaplan Méier e as diferenças comparadas pelo teste log-rank. Resultados. Das 224 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, 24,1% delas tiveram familiares com história prévia de câncer de mama, 5,4% em familiares de primeiro grau. No mesmo grupo 60,3% referiram outros tipos de câncer nos familiares. Quando comparados com o grupo controle o risco de apresentar câncer de mama aumentou em 4,3 vezes (95% IC 1,2 - 15,8) nas mulheres que referiram câncer de mama em familiares de primeiro grau; 3,2 vezes (95% IC 1,6 - 6,2) em familiares diagnosticados antes dos cinquenta anos; e 2,5 vezes (95% IC 1,5 - 4,2) nas que referiram câncer de mama em qualquer familiar. O risco de câncer de mama aumenta proporcionalmente com o número de familiares afetados com câncer de mama (p < 0,000) e também com o número de familiares afetados com outros tipos de câncer (p < 0,000). Foram investigadas 329 pacientes com idade < 36 anos diagnosticadas com câncer de mama no período 01/01/1999 a 31/12/2003 no Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro. Foram analisadas as características patológicas, terapêuticas e a sobreviva de 5 anos. A coorte foi estratificada em pacientes com idade ≤ 30 anos, e aquelas na faixa etária 31-35 anos. Resultados. A média de idade na coorte analisada foi de 31,6 anos (desvio padrão, dp = 3,1). Foi observado um percentual mais elevado de pacientes com estadiamento IV no estrato < 31 anos que 31-35 anos (22,6% vs 13,8%, p=0,065). O estrato < 31 anos apresentou percentuais mais elevados de tumores pouco diferenciados, linfonodos axilares comprometidos, e receptores hormonais negativos comparativamente com as pacientes de 31-35 anos ( P> 0,05). O tratamento cirúrgico foi realizado em 73,3% das pacientes na coorte, com cirurgia conservadora em 26,6%, quimioterapia em 84,2% (neoadjuvância em 38,3%), radioterapia em 64,1% e hormonioterapia em 50,2%. Não foi observada diferença significativa quanto ao tipo de tratamento realizados em ambos grupos etários. A sobrevida de 5 anos em mulheres com idade 31-35 anos foi de 60,1% e de 50,3% naquelas com idade <31 anos já a sobrevida de 10 anos foi da ordem de, respectivamente 47,1 e 46,5%, teste log rank, p=0,261. Nossos dados mostram que o câncer de mama em mulheres jovens tem riscos significativos diferentes, fatores prognósticos desfavoráveis e baixa sobrevida.
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