Fatores associados ao comportamento sedentário entre diabéticos e hipertensos cadastrados na Estratégia Saúde da Família em Pernambuco: estudo RedeNut

• Autor(a) principal: Oliveira, Rebeca de Castro
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Barbosa, Jessyka Mary Vasconcelos, Fontbonne, Annick, Duarte, Késia Valentim do Nascimento, Bezerra, Hassyla Maria de Carvalho, Silva, Jonatam Willian Sobral Barros da, Cesse, Eduarda Ângela Pessoa, Souza, Wayner Vieira de
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38260
• topic: Diabetes mellitus; Hipertensão arterial sistêmica; Problema de saúde pública; Fatores de risco; Comportamento sedentário

A diabetes mellitus e a hipertensão arterial sistêmica apresentam elevadas prevalências e taxas de mortalidade no Brasil, sendo um grande problema de saúde pública a ser enfrentado. Evidências recentes vêm apresentando o comportamento sedentário (CS) como um fator de risco associado à incidência dessas doenças, ao desenvolvimento de suas complicações e a mortalidade por todas as causas. Verificar fatores associados ao tempo despendido em comportamento sedentário em dias de semana (segunda a sexta) e dias de final de semana (sábado e domingo) entre diabéticos e hipertensos cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF) em Pernambuco. Estudo transversal com amostra de 391 diabéticos e hipertensos cadastrados na ESF, com mais de 20 anos, de ambos os sexos dos quatro pólos macrorregionais de saúde de Pernambuco (Recife, Caruaru, Serra Talhada e Petrolina). Através de um questionário, acessaram-se informações dos usuários referentes aos fatores demográficos, socioeconômicos e comportamentais. Foram obtidos dados relativos ao CS a partir do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), através das variáveis “tempo sentado total durante um dia de semana normal e final de semana”. Foram utilizados testes estatísticos não paramétricos e as análises dos dados foram realizadas com o pacote estatístico SPSS (versão 19). A média de idade da amostra foi de 63 anos, com maioria do sexo feminino (67,4%) e residentes da cidade do Recife (60,1%). 32,2% eram analfabetos, 40,1% tinha renda mensal de até um salário mínimo e 19,3% trabalhavam. Não houve diferença significante nas médias de tempo passado em CS entre dias da semana (3,9h) e final da semana (4,1h), ambos apresentaram uma mediana de 3h [Q1=2; Q3=5] diárias em CS. Foi observado um maior tempo em CS nos usuários acima dos 75 anos (p= 0,001); residentes no interior (p= 0,025); que não trabalhavam (p= 0,010) e que não bebiam (p= 0,045); tanto para os dias de semana como para o final de semana. Não houve associação significativa para sexo, renda e tabagismo. O estudo sugere que o CS despendido em dias de semana e em dias de final de semana pode ser um possível fator de risco para os diabéticos e hipertensos. É necessária uma maior atenção direcionada para a redução do CS entre esses usuários, especialmente entre os mais velhos (acima de 75 anos) e os residentes do interior.