Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8329 |
Resumo: | A meningite asséptica é uma síndrome infecto-contagiosa, estabelecida após inflamação das meninges. A etiologia mais comum desta síndrome é a viral, e os enterovírus são responsáveis por mais de 80% dos casos em que o agente etiológico é identificado. Outros agentes etiológicos virais envolvidos são Arbovírus (West Nile virus, Vírus da Encefalite Japonesa e Vírus da Encefalite de Saint Louis), vírus da caxumba, herpersvírus e adenovírus, entre outros. A primeira etapa deste estudo teve como objetivo o aprimoramento do diagnóstico dos casos de meningite asséptica e meningoencefalite com a tentativa de detecção molecular de enterovírus em 267 amostras de LCR recebidas entre 2008 e 2009, negativas para o isolamento viral em culturas de células. A extração direta do LCR seguida de síntese de cDNA e PCR foi capaz de detectar enterovírus em 59 amostras de LCR (22,1%). Estes resultados foram confirmados por sequenciamento nucleotídico parcial e demonstram que a pesquisa do genoma viral diretamente dos LCRs é apropriada para um aumento na possibilidade de detecção de enterovírus neste tipo de amostra clínica. O objetivo da segunda etapa deste estudo foi analisar o potencial papel etiológico dos flavivírus em casos de meningite asséptica e meningoencefalite. As 208 amostras negativas na etapa anterior foram utilizadas nesta etapa. Para tanto, foram desenvolvidas duas abordagens moleculares para detecção de flavivírus: semi-Nested-PCR e PCR convencional. Iniciadores foram desenhados para as duas técnicas. O uso desses iniciadores possibilitou a amplificação do genoma de flavivírus utilizados como controle, mostrando serem ferramentas úteis para a detecção desses vírus. Apesar disso, nenhuma amostra de LCR foi positiva para flavivírus. Diante destes resultados, da possibilidade da circulação silenciosa de WNV ou de sua entrada iminente no país, é evidenciada a necessidade de estudos adicionais sobre este vírus e outros flavivírus nestes casos. Na terceira etapa deste estudo, foi realizada a análise da variabilidade genética de echovírus 30 envolvidos em surtos e casos esporádicos de meningite asséptica entre 1998 e 2008, através da análise filogenética do gene completo (876 nt) da VP1 de 48 E30 isolados. Além da comparação das amostras entre si, foram feitas comparações destas com a VP1 da cepa protótipo Bastianni e também com outras cepas isoladas em diversos países. Durante o período do estudo, E30 foi o principal enterovírus envolvido nos casos de meningite asséptica e meningoencefalite no Brasil (58,6% dos 302 enterovírus isolados), tendo sido o agente etiológico de seis surtos. As sequências de VP1 de E30 segregaram em três Grupos distintos e sete subgrupos, cujos agrupamentos estavam fortemente associados ao ano de isolamento. A divergência de sequências nucleotídicas entre os E30 isolados variou de 0,2-13,8%. Não foi definido um ancestral comum direto para este conjunto de isolados de E30. O isolado 39-SC-BA-07 estava geneticamente relacionado com cepas de E30 isoladas no Pará (3,2-4,6% de divergência) e pode ser originário de uma destas cepas. Os isolados do Grupo I estavam geneticamente relacionados com uma sequência de E30 isolada em 1997 nos Estados Unidos (2,4-5,7%), sendo provável que eles possuam um ancestral comum. Dois E30 isolados na Argentina em 2007 mostraram estreita relação com os isolados do Grupo III (5,8-6,0%), podendo ter sido originados a partir de um dos isolados deste Grupo III. |
id |
CRUZ_edd3fb933d817ec5a4f42fb0ade5e086 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/8329 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Santos, Gina Peres Lima dosLeite, Paola CardarelliBurlandy, Fernanda MarcicanoCavalcanti, Silvia Maria BaetaSilva, Edson Elias daSilva, Edson Elias da2014-09-09T12:30:35Z2014-09-09T12:30:35Z2012SANTOS, G. P. L. Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais. 2012. 126 f. Tese(Doutorado em Vigilância Sanitária) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Rio de Janeiro, 2012.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8329A meningite asséptica é uma síndrome infecto-contagiosa, estabelecida após inflamação das meninges. A etiologia mais comum desta síndrome é a viral, e os enterovírus são responsáveis por mais de 80% dos casos em que o agente etiológico é identificado. Outros agentes etiológicos virais envolvidos são Arbovírus (West Nile virus, Vírus da Encefalite Japonesa e Vírus da Encefalite de Saint Louis), vírus da caxumba, herpersvírus e adenovírus, entre outros. A primeira etapa deste estudo teve como objetivo o aprimoramento do diagnóstico dos casos de meningite asséptica e meningoencefalite com a tentativa de detecção molecular de enterovírus em 267 amostras de LCR recebidas entre 2008 e 2009, negativas para o isolamento viral em culturas de células. A extração direta do LCR seguida de síntese de cDNA e PCR foi capaz de detectar enterovírus em 59 amostras de LCR (22,1%). Estes resultados foram confirmados por sequenciamento nucleotídico parcial e demonstram que a pesquisa do genoma viral diretamente dos LCRs é apropriada para um aumento na possibilidade de detecção de enterovírus neste tipo de amostra clínica. O objetivo da segunda etapa deste estudo foi analisar o potencial papel etiológico dos flavivírus em casos de meningite asséptica e meningoencefalite. As 208 amostras negativas na etapa anterior foram utilizadas nesta etapa. Para tanto, foram desenvolvidas duas abordagens moleculares para detecção de flavivírus: semi-Nested-PCR e PCR convencional. Iniciadores foram desenhados para as duas técnicas. O uso desses iniciadores possibilitou a amplificação do genoma de flavivírus utilizados como controle, mostrando serem ferramentas úteis para a detecção desses vírus. Apesar disso, nenhuma amostra de LCR foi positiva para flavivírus. Diante destes resultados, da possibilidade da circulação silenciosa de WNV ou de sua entrada iminente no país, é evidenciada a necessidade de estudos adicionais sobre este vírus e outros flavivírus nestes casos. Na terceira etapa deste estudo, foi realizada a análise da variabilidade genética de echovírus 30 envolvidos em surtos e casos esporádicos de meningite asséptica entre 1998 e 2008, através da análise filogenética do gene completo (876 nt) da VP1 de 48 E30 isolados. Além da comparação das amostras entre si, foram feitas comparações destas com a VP1 da cepa protótipo Bastianni e também com outras cepas isoladas em diversos países. Durante o período do estudo, E30 foi o principal enterovírus envolvido nos casos de meningite asséptica e meningoencefalite no Brasil (58,6% dos 302 enterovírus isolados), tendo sido o agente etiológico de seis surtos. As sequências de VP1 de E30 segregaram em três Grupos distintos e sete subgrupos, cujos agrupamentos estavam fortemente associados ao ano de isolamento. A divergência de sequências nucleotídicas entre os E30 isolados variou de 0,2-13,8%. Não foi definido um ancestral comum direto para este conjunto de isolados de E30. O isolado 39-SC-BA-07 estava geneticamente relacionado com cepas de E30 isoladas no Pará (3,2-4,6% de divergência) e pode ser originário de uma destas cepas. Os isolados do Grupo I estavam geneticamente relacionados com uma sequência de E30 isolada em 1997 nos Estados Unidos (2,4-5,7%), sendo provável que eles possuam um ancestral comum. Dois E30 isolados na Argentina em 2007 mostraram estreita relação com os isolados do Grupo III (5,8-6,0%), podendo ter sido originados a partir de um dos isolados deste Grupo III.Aseptic meningitis is an infectious disease, established after infection of the meninges. The most common etiology of this syndrome is viral, and enteroviruses are responsible for more than 80% of cases in which the etiologic agent is identified. Other viral etiologic agents involved are Arboviruses such as West Nile Virus, Japanese Encephalitis Virus and St. Louis Encephalitis Virus. The first step of this study aimed at expanding the possibility of diagnosing cases of aseptic meningitis and meningoencephalitis in an attempt to molecular detection of enteroviruses in 267 CSF samples received between 2008 and 2009, negative for virus isolation in cell cultures. The direct extraction of CSF followed by cDNA synthesis and PCR was able to detect enteroviruses in 59 CSF samples (22.1%). These results were confirmed by partial nucleotide sequencing and shows that searching of the viral genome directly from CSF is appropriate for an increase in the chance of enterovirus detection in CSF samples. The goal of the second stage of this study was to analyze the potential etiologic role of flavivirus in cases of aseptic meningitis and meningoencephalitis. The 208 negative samples in the previous step were used in this part. To this end, two approaches have been developed for molecular detection of flaviviruses: semi-nested-PCR and conventional PCR. Primers were designed for both techniques. The use of these primers allowed the amplification of the genome of flaviviruses tested, shown to be useful tools for the detection of these viruses. Nevertheless, no CSF sample was positive for flavivirus. Given these results, the possibility of silent circulation of WNV or its iminent entry in the country, it is evident the need of additional studies on this virus and other flaviviruses in these cases. In the third stage of the study, was conducted the analysis of the genetic variability of echovirus 30 involved in outbreaks and sporadic cases of aseptic meningitis between 1998 and 2008, through phylogenetic analysis of the complete gene (876 nt) of the VP1 of 48 E30 isolates. Besides the comparison of samples among themselves, comparisons were made with them and the VP1 of prototype strain Bastianni and also with other strains isolated in various countries. During the study period, E30 was the main enterovirus involved in aseptic meningitis and meningoencephalitis cases in Brazil (58.6% of 302 isolated enteroviruses), being the etiological agent of six outbreaks. The VP1 sequences of E30 segregated into three distinct groups and seven subgroups, whose grouping was strongly associated with year of isolation. The divergence between the nucleotide sequences of E30 isolates ranged from 0.2 to 13.8%. It was not defined a common ancestor directly to this set of isolated E30. The isolate 39-SCBA-07 was genetically related with strains of E30 isolated in Pará (3.2 to 4.6% of divergence) and might be originated from one of these strains. Group I isolates were genetically related to a sequence of E30 isolated in the United States in 1997 (2.4 to 5.7%), and they likely have a common ancestor. Two E30 isolated in Argentina in 2007 showed a close relationship with the isolates of Group III (5.8 to 6.0%) and may have been originated from one of the Group III isolates.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porMeningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos viraisAseptic meningitis and meningoencephalitis: studies of detection and genetic variability of viral etiologic agentsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2012-02-14Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em SaúdeRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Vigilância SanitáriaMeningite AssépticaEnterovirusFlavivirusFilogeniaVigilância Sanitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8329/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL41.pdfapplication/pdf8046601https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8329/2/41.pdfe06703afffad9699a86a2084978dbe84MD52TEXT41.pdf.txt41.pdf.txtExtracted texttext/plain227068https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8329/3/41.pdf.txt055639657e19f92d3d3f0da7235b1039MD53icict/83292022-03-08 21:31:18.134oai:www.arca.fiocruz.br:icict/8329Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-03-09T00:31:18Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Aseptic meningitis and meningoencephalitis: studies of detection and genetic variability of viral etiologic agents |
title |
Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais |
spellingShingle |
Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais Santos, Gina Peres Lima dos Meningite Asséptica Enterovirus Flavivirus Filogenia Vigilância Sanitária |
title_short |
Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais |
title_full |
Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais |
title_fullStr |
Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais |
title_full_unstemmed |
Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais |
title_sort |
Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais |
author |
Santos, Gina Peres Lima dos |
author_facet |
Santos, Gina Peres Lima dos |
author_role |
author |
dc.contributor.member.pt_BR.fl_str_mv |
Leite, Paola Cardarelli Burlandy, Fernanda Marcicano Cavalcanti, Silvia Maria Baeta Silva, Edson Elias da |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Gina Peres Lima dos |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Silva, Edson Elias da |
contributor_str_mv |
Silva, Edson Elias da |
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv |
Meningite Asséptica Enterovirus Flavivirus Filogenia Vigilância Sanitária |
topic |
Meningite Asséptica Enterovirus Flavivirus Filogenia Vigilância Sanitária |
description |
A meningite asséptica é uma síndrome infecto-contagiosa, estabelecida após inflamação das meninges. A etiologia mais comum desta síndrome é a viral, e os enterovírus são responsáveis por mais de 80% dos casos em que o agente etiológico é identificado. Outros agentes etiológicos virais envolvidos são Arbovírus (West Nile virus, Vírus da Encefalite Japonesa e Vírus da Encefalite de Saint Louis), vírus da caxumba, herpersvírus e adenovírus, entre outros. A primeira etapa deste estudo teve como objetivo o aprimoramento do diagnóstico dos casos de meningite asséptica e meningoencefalite com a tentativa de detecção molecular de enterovírus em 267 amostras de LCR recebidas entre 2008 e 2009, negativas para o isolamento viral em culturas de células. A extração direta do LCR seguida de síntese de cDNA e PCR foi capaz de detectar enterovírus em 59 amostras de LCR (22,1%). Estes resultados foram confirmados por sequenciamento nucleotídico parcial e demonstram que a pesquisa do genoma viral diretamente dos LCRs é apropriada para um aumento na possibilidade de detecção de enterovírus neste tipo de amostra clínica. O objetivo da segunda etapa deste estudo foi analisar o potencial papel etiológico dos flavivírus em casos de meningite asséptica e meningoencefalite. As 208 amostras negativas na etapa anterior foram utilizadas nesta etapa. Para tanto, foram desenvolvidas duas abordagens moleculares para detecção de flavivírus: semi-Nested-PCR e PCR convencional. Iniciadores foram desenhados para as duas técnicas. O uso desses iniciadores possibilitou a amplificação do genoma de flavivírus utilizados como controle, mostrando serem ferramentas úteis para a detecção desses vírus. Apesar disso, nenhuma amostra de LCR foi positiva para flavivírus. Diante destes resultados, da possibilidade da circulação silenciosa de WNV ou de sua entrada iminente no país, é evidenciada a necessidade de estudos adicionais sobre este vírus e outros flavivírus nestes casos. Na terceira etapa deste estudo, foi realizada a análise da variabilidade genética de echovírus 30 envolvidos em surtos e casos esporádicos de meningite asséptica entre 1998 e 2008, através da análise filogenética do gene completo (876 nt) da VP1 de 48 E30 isolados. Além da comparação das amostras entre si, foram feitas comparações destas com a VP1 da cepa protótipo Bastianni e também com outras cepas isoladas em diversos países. Durante o período do estudo, E30 foi o principal enterovírus envolvido nos casos de meningite asséptica e meningoencefalite no Brasil (58,6% dos 302 enterovírus isolados), tendo sido o agente etiológico de seis surtos. As sequências de VP1 de E30 segregaram em três Grupos distintos e sete subgrupos, cujos agrupamentos estavam fortemente associados ao ano de isolamento. A divergência de sequências nucleotídicas entre os E30 isolados variou de 0,2-13,8%. Não foi definido um ancestral comum direto para este conjunto de isolados de E30. O isolado 39-SC-BA-07 estava geneticamente relacionado com cepas de E30 isoladas no Pará (3,2-4,6% de divergência) e pode ser originário de uma destas cepas. Os isolados do Grupo I estavam geneticamente relacionados com uma sequência de E30 isolada em 1997 nos Estados Unidos (2,4-5,7%), sendo provável que eles possuam um ancestral comum. Dois E30 isolados na Argentina em 2007 mostraram estreita relação com os isolados do Grupo III (5,8-6,0%), podendo ter sido originados a partir de um dos isolados deste Grupo III. |
publishDate |
2012 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-09-09T12:30:35Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2014-09-09T12:30:35Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SANTOS, G. P. L. Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais. 2012. 126 f. Tese(Doutorado em Vigilância Sanitária) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Rio de Janeiro, 2012. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8329 |
identifier_str_mv |
SANTOS, G. P. L. Meningites e meningoencefalites assépticas: estudos de detecção e variabilidade genética de agentes etiológicos virais. 2012. 126 f. Tese(Doutorado em Vigilância Sanitária) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Rio de Janeiro, 2012. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8329 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8329/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8329/2/41.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/8329/3/41.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 e06703afffad9699a86a2084978dbe84 055639657e19f92d3d3f0da7235b1039 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1813009218688516096 |