Risco residual de transmissão por transfusão das hepatites Be C na coorte de doadores de sangue do estado do Acre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fujimoto, Denys Eiti
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27950
Resumo: A terapêutica transfusional é reconhecida como prática médica com risco de efeitos adversos, como as infecções transmissíveis por transfusão (ITT). Com a identificação do vírus da imunodeficiência humana, a ITT ganhou relevância, com consequente preocupação para estimar o risco residual de ITT. O estado do Acre (Região Norte do Brasil), apresenta alta prevalência de hepatite viral B (HBV) e hepatite viral C (HCV), com possível risco aumentado para a ITT. O objetivo desta tese é caracterizar o perfil epidemiológico, dos doadores de repetição, e resultado sorológico de HBV e HCV, estimar seu respectivo risco residual, pela modelagem matemática, utilizando valores de incidência de soroconversão e janela sorológica, em um estudo de coorte retrospectivo das doações de sangue realizadas entre janeiro de 2001 e dezembro de 2015. O método de enzimaimunoensaio (ELISA) foi utilizado em 75% das doações e em 25% foi utilizada quimioluminescência (CMIA). Foram cadastrados 80.602 doadores, dos quais 90,61% eram caucasianos brasileiros, 66,85% do sexo masculino, 55,13% solteiros e 65% tinham segundo grau completo ou mais. Foram realizadas 131.563 doações, sendo que 108.284 (82,3%), por doadores de repetição e 17,7% por doadores de primeira vez. A positividade para os doadores de repetição foi: para o antígeno de superfície do HBV (HBsAg) de 0,06% (CMIA) a 0,27% (ELISA), para o antígeno core do HBV (Anti-HBc) de 0,25% (CMIA) a 2,52% (ELISA), e para o HCV de 0,12% (CMIA) a 1,07% (ELISA). A positividade para doadores de primeira vez foi consideravelmente maior. Para o HBV, a taxa de incidência foi de 33,38/100.000 pessoas-ano, e o risco residual estimado pelo HBsAg foi de 53,9 (variando de 33,8 a 79,6) para cada 1.000.000 de doações de sangue, e para HBV total foi de 512,4 (321,3-755,5) para cada 1.000.000 de doações. Para o HCV, a taxa de incidência foi de 117,97/100.000 pessoas-ano e o risco residual de 213,3 (122,8-303,8) para cada 1.000.000 de doações. O risco residual estimado no presente estudo, foi maior, quando comparado a países desenvolvidos, sendo que a vacinação, aliado à triagem clínica dos doadores, podem ter evitado que o risco pudesse ser maior. Reconhecê-la como problema de saúde pública irá contribuir para que autoridades sanitárias e de saúde mantenham o controle da evolução com consequente prevenção de impactos negativos à população.
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O objetivo desta tese é caracterizar o perfil epidemiológico, dos doadores de repetição, e resultado sorológico de HBV e HCV, estimar seu respectivo risco residual, pela modelagem matemática, utilizando valores de incidência de soroconversão e janela sorológica, em um estudo de coorte retrospectivo das doações de sangue realizadas entre janeiro de 2001 e dezembro de 2015. O método de enzimaimunoensaio (ELISA) foi utilizado em 75% das doações e em 25% foi utilizada quimioluminescência (CMIA). Foram cadastrados 80.602 doadores, dos quais 90,61% eram caucasianos brasileiros, 66,85% do sexo masculino, 55,13% solteiros e 65% tinham segundo grau completo ou mais. Foram realizadas 131.563 doações, sendo que 108.284 (82,3%), por doadores de repetição e 17,7% por doadores de primeira vez. A positividade para os doadores de repetição foi: para o antígeno de superfície do HBV (HBsAg) de 0,06% (CMIA) a 0,27% (ELISA), para o antígeno core do HBV (Anti-HBc) de 0,25% (CMIA) a 2,52% (ELISA), e para o HCV de 0,12% (CMIA) a 1,07% (ELISA). A positividade para doadores de primeira vez foi consideravelmente maior. Para o HBV, a taxa de incidência foi de 33,38/100.000 pessoas-ano, e o risco residual estimado pelo HBsAg foi de 53,9 (variando de 33,8 a 79,6) para cada 1.000.000 de doações de sangue, e para HBV total foi de 512,4 (321,3-755,5) para cada 1.000.000 de doações. Para o HCV, a taxa de incidência foi de 117,97/100.000 pessoas-ano e o risco residual de 213,3 (122,8-303,8) para cada 1.000.000 de doações. O risco residual estimado no presente estudo, foi maior, quando comparado a países desenvolvidos, sendo que a vacinação, aliado à triagem clínica dos doadores, podem ter evitado que o risco pudesse ser maior. Reconhecê-la como problema de saúde pública irá contribuir para que autoridades sanitárias e de saúde mantenham o controle da evolução com consequente prevenção de impactos negativos à população.Transfusion therapy is recognized as medical practice with risk of adverse effects, such as transfusion-transmissible infections (TTI). With the emergence of the human immunodeficiency virus, TTI has gained relevance, with a consequent concern to estimate the residual risk of transfusion transmission. The State of Acre (Northern Region of Brazil), has high prevalence of viral hepatitis B (HBV) and viral hepatitis C (HCV), with possible increased risk for TTI. The purpose of this thesis is to characterize the epidemiological profile of frequent blood donors and serological results of HBV and HCV, estimate the residual risk, through a mathematical modeling, using seroconversion and serological window incidence values, in a retrospective cohort study of blood donations performed between January 2001 and December 2015. The enzyme immunoassay (ELISA) method was used in 75% of the donations and in 25% chemiluminescence (CMIA) was used. In the study 80,602 donors were enrolled, of which 90.61% were Brazilian Caucasians, 66.85% were male, 55.13% were single and 33.58% were secondary school students. These donors made 131,563 donations, of which 108,284 (82.3%) were performed by repeat donors and 17.7% by first-time donors. The positivity for repeat donors were: for HBV surface antigen (HBsAg) of 0.06% (CMIA) 0.27% (ELISA), for HBV core antigen (Anti-HBc) of 0.25% (CMIA) at 2.52% (ELISA), and for 0.12% HCV (CMIA) at 1.07% (ELISA). The positivity for first-time donors was considerably higher. For HBV, the incidence rate was 33.38 / 100,000 person-years, and the residual risk estimated by HBsAg was 53.9 (ranging from 33.8 to 79.6) for every 1,000,000 blood donations, and for total HBV was 512.4 (321.3-755.5) for every 1,000,000 donations. For HCV, the incidence rate was 117.97 / 100,000 person-years and the residual risk was 213.3 (122.8-303.8) for every 1,000,000 donations. The residual risk estimated in the present study was higher when compared to developed countries, considering that it is a state with high historical HBV and HCV indexes, and vaccination, combined with clinical screening of donors, may have avoided that the risk could be greater. Recognizing it as a public health problem will contribute to health and health authorities maintaining control of the evolution with consequent prevention of negative impacts to the population.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porInfecção Transmitida por TransfusãoVírus da Hepatite BVírus da Hepatite CDoadores de sangueResidual RiskTransfusion Transmitted InfectionHepatitis B VirusHepatitis C VirusCohort. Blood DonorsReação TransfusionalVírus da Hepatite BDoadores de SangueRisco residual de transmissão por transfusão das hepatites Be C na coorte de doadores de sangue do estado do AcreResidual risk of transfusion transmission of hepatitis B and C in the blood donor cohort of the state of Acreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisFundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambienteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27950/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Denys_Eiti_ENSP_2018.pdfapplication/pdf1179012https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27950/2/ve_Denys_Eiti_ENSP_2018.pdf24937e54f04eaf59699fdfd06888cc2aMD52TEXTdenys_eiti.pdf.txtdenys_eiti.pdf.txtExtracted texttext/plain171186https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27950/3/denys_eiti.pdf.txt13432d753b50cc1bfe85dc1ad9131c7aMD53ve_Denys_Eiti_ENSP_2018.pdf.txtve_Denys_Eiti_ENSP_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain171186https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27950/4/ve_Denys_Eiti_ENSP_2018.pdf.txt13432d753b50cc1bfe85dc1ad9131c7aMD54icict/279502023-01-19 14:45:16.512oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27950Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:45:16Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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