Capacidade funcional, força muscular e estado nutricional em crianças e adolescentes com fibrose cística

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Nelbe Nesi
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25247
Resumo: A fibrose cística (FC) é uma doença genética, autossômica recessiva e multissistêmica caracterizada por doença pulmonar crônica, insuficiência pancreática e altas concentrações de cloreto no suor. Entre os sistemas acometidos estão os sistemas respiratório, o digestório e o musculoesquelético. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade funcional, a força muscular e o estado nutricional em crianças e adolescentes com FC e verificar a associação entre eles. Realizou-se um estudo transversal, observacional e descritivo com indivíduos acompanhados no Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz entre março e outubro/2016. A capacidade funcional foi avaliada pelo teste de caminhada dos 6 minutos (TC6M). Para avaliar a força muscular, a medida de força de preensão manual (FPM) foi obtida pela dinamometria. A força muscular inspiratória e expiratória foram medidas pela pressão inspiratória máxima (PImax) e pressão expiratória máxima (PEmax) respectivamente. O estado nutricional foi avaliado pelos indices de estatura/idade e de massa corporal/idade (IMC/I). Para a avaliação da composição corporal, utilizou-se a equação de Slaughter e a circunferência muscular do braço (CMB). Os testes t de student não pareado e Mann-Whitney foram utilizados para a comparação entre dois grupos, de acordo com a distribuição dos dados, paramétrico ou não paramétrico, respectivamente. A comparação entre 3 ou mais grupos foi realizada pela análise de variância de uma via (ANOVA) seguida pelo pós teste LSD (Least Significant Difference test). O teste Qui-quadrado foi usado para verificar a existência de diferenças entre proporções. A análise de correlação de Pearson foi utilizada para avaliar a intensidade da associação linear existente entre duas variáveis contínuas com distribuição normal. Foram avaliados 57 participantes entre 8 e 19 anos incompletos com idade média de 13,26±3,1 anos, sendo 42,1% do gênero masculino,caminharam em média 634,7±66,8m no TC6M (96,9±9,5% do valor previsto) e alcançaram 21,4±8,9kgf (81,6±17,8% do valor previsto) da FPM. O valor médio de PImax alcançado foi -82,3±36,1cmH2O (83,1±35,3% do previsto) e de PEmax foi 71,5±31,4cmH2O (61,1±24,9% do previsto). Ao avaliar o estado nutricional, segundo o IMC/I, 22,8% dos pacientes se mostraram desnutridos e 59,6%, em risco nutricional. Segundo a CMB, 33,3% da amostra era desnutrida. Ao comparar as médias do TC6M, FPM, PImax e PEmax de acordo com o estado nutricional, aqueles considerados desnutridos pelo IMC/I obtiveram menor distância percorrida no TC6M (p=0,027) e junto com os participantes em risco nutricional apresentaram menores valores de FPM (p=0,03). O teste Qui-quadrado foi usado para verificar a existência de diferenças entre proporções. A análise de correlação de Pearson foi utilizada para avaliar a intensidade da associação linear existente entre duas variáveis contínuas com distribuição normal. Foram avaliados 57 participantes entre 8 e 19 anos incompletos com idade média de 13,26±3,1 anos, sendo 42,1% do gênero masculino,caminharam em média 634,7±66,8m no TC6M (96,9±9,5% do valor previsto) e alcançaram 21,4±8,9kgf (81,6±17,8% do valor previsto) da FPM. O valor médio de PImax alcançado foi -82,3±36,1cmH2O (83,1±35,3% do previsto) e de PEmax foi 71,5±31,4cmH2O (61,1±24,9% do previsto). Ao avaliar o estado nutricional, segundo o IMC/I, 22,8% dos pacientes se mostraram desnutridos e 59,6%, em risco nutricional. Segundo a CMB, 33,3% da amostra era desnutrida. Ao comparar as médias do TC6M, FPM, PImax e PEmax de acordo com o estado nutricional, aqueles considerados desnutridos pelo IMC/I obtiveram menor distância percorrida no TC6M (p=0,027) e junto com os participantes em risco nutricional apresentaram menores valores de FPM (p=0,03). Segundo o CMB, só houve diferença nos valores de FPM, onde os desnutridos apresentaram valores menores (p=0,038). Observou-se também que existe correlação entre o TC6M e a gravidade da doença avaliada tanto pela prova de função pulmonar (p=0,002) quanto pelo escore de Shwachman-Kulczycki (p<0,001). Além disso, os indivíduos colonizados por Pseudomonas aeruginosa percorreram menores distâncias no TC6M (p=0,014). Esses dados sugerem a importância do estado nutricional e da função pulmonar na capacidade funcional e nas atividades diárias dos indivíduos com FC. Assim, o comprometimento nutricional deve sempre ser considerado na análise dos testes pneumofuncionais nessa população.
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Ao avaliar o estado nutricional, segundo o IMC/I, 22,8% dos pacientes se mostraram desnutridos e 59,6%, em risco nutricional. Segundo a CMB, 33,3% da amostra era desnutrida. Ao comparar as médias do TC6M, FPM, PImax e PEmax de acordo com o estado nutricional, aqueles considerados desnutridos pelo IMC/I obtiveram menor distância percorrida no TC6M (p=0,027) e junto com os participantes em risco nutricional apresentaram menores valores de FPM (p=0,03). Segundo o CMB, só houve diferença nos valores de FPM, onde os desnutridos apresentaram valores menores (p=0,038). Observou-se também que existe correlação entre o TC6M e a gravidade da doença avaliada tanto pela prova de função pulmonar (p=0,002) quanto pelo escore de Shwachman-Kulczycki (p<0,001). Além disso, os indivíduos colonizados por Pseudomonas aeruginosa percorreram menores distâncias no TC6M (p=0,014). 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