Prevalência da Hepatite C em cônjuges de pacientes renais crônicos em hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bessa, Márcia Carvalho
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34619
Resumo: A hepatite C é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo e representa uma causa importante de morbidade e mortalidade. O principal meio de transmissão do VHC é a via parenteral. Evidências indicam que a transmissão sexual pode ocorrer principalmente entre aqueles com múltiplos parceiros sexuais. Embora a transmissão do VHC entre parceiros heterossexuais monogâmicos estáveis tenha sido descrita este risco é considerado pequeno. Objetivo: Determinar a prevalência de infecção pelo VHC nos cônjuges de pacientes anti-VHC positivos submetidos à hemodiálise na Clínica Senhor do Bonfim (CSB). Dos 355 pacientes em hemodiálise na Clínica Senhor de Bonfim em Feira de Santana e dos 241 pacientes em tratamento na unidade de Salvador 54 (15,21%) e 22 (9,13%), respectivamente, eram anti-VHC positivos conforme resultado de ELISA automatizado de terceira geração. Destes, 32 em Feira de Santana e 12 em Salvador eram casados ou mantinham relacionamento heterossexual estável há mais de 6 meses e foram convidados a participar do estudo. Nove casais se recusaram e nossa amostra foi constituída por 35 pacientes e seus respectivos cônjuges sendo que em um casal ambos faziam hemodiálise totalizando 34 casais para análise. As amostras de sangue foram coletadas entre os anos de 2003 e 2004. A infecção foi diagnosticada por testes imunoenzimáticos de terceira geração (ELISA e RIBA III) e pela presença da partícula viral circulante detectada pela reação em cadeia polimerase (RT-PCR). Foi realizada a genotipagem pelo método RFLP (Restriction Fragment Lenght Polimorfism). Um questionário padrão foi utilizado para entrevista e coleta de dados sobre fatores de risco para aquisição da doença e comportamento sexual. A prevalência de anti-VHC positivo entre os cônjuges foi de 5,88% (2/34). Ambos eram do sexo feminino. Um dos cônjuges soropositivos apresentava exposição a fatores de risco parenterais para aquisição do VHC (hemotransfusão e hemodiálise). Neste casal ambos apresentaram viremia detectável e a análise dos genótipos evidenciou concordância sendo os dois portadores do genótipo 3. O segundo cônjuge anti-VHC positivo em dois testes de ELISA terceira geração, apresentou RIBAIII indeterminado e viremia indetectável por RT-PCR o que poderia representar um ELISA falso positivo ou infecção pregressa com evolução para cura e persistência de anticorpos residuais. Este cônjuge não tinha antecedente de exposição parenteral ao VHC e seu parceiro apresentava viremia detectável. Os dois casais relataram compartilhamento de utensílios de higiene pessoal. Com base nos questionários pudemos observar que o tempo de convivência entre os casais foi de 16,55±13,71 anos, que a maioria dos casais (35%) mantinha em média uma relação sexual a cada dois ou três dias, que 64,70%(22/34) dos casais nunca usavam preservativo e que apenas 20,58% (7/34) não compartilhavam objetos de higiene pessoal. Em relação a práticas sexuais de risco temos que 73% dos cônjuges tiveram até cinco parceiros sexuais, 23% de 6 a 10 e 4% mais de 10, DST foi referidos por um cônjuge e dois pacientes, sexo com prostitutas por três cônjuges e três pacientes e sexo anal e relacionamento homossexual por um paciente. A prevalência de 5,88% (2/34) de anti-VHC positivo entre os cônjuges de pacientes soropositivos para o vírus C em hemodiálise dá suporte a hipótese de baixo risco de transmissão do VHC entre casais. A exposição de um dos cônjuges soropositivos a outros fatores de risco parenterais para o VHC e o resultado de RIBA indeterminado associado a viremia indetectável no outro cônjuge bem como a elevada freqüência de compartilhamento de objetos de higiene pessoal tornam difícil a interpretação dos dados em relação a transmissão sexual.
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Objetivo: Determinar a prevalência de infecção pelo VHC nos cônjuges de pacientes anti-VHC positivos submetidos à hemodiálise na Clínica Senhor do Bonfim (CSB). Dos 355 pacientes em hemodiálise na Clínica Senhor de Bonfim em Feira de Santana e dos 241 pacientes em tratamento na unidade de Salvador 54 (15,21%) e 22 (9,13%), respectivamente, eram anti-VHC positivos conforme resultado de ELISA automatizado de terceira geração. Destes, 32 em Feira de Santana e 12 em Salvador eram casados ou mantinham relacionamento heterossexual estável há mais de 6 meses e foram convidados a participar do estudo. Nove casais se recusaram e nossa amostra foi constituída por 35 pacientes e seus respectivos cônjuges sendo que em um casal ambos faziam hemodiálise totalizando 34 casais para análise. As amostras de sangue foram coletadas entre os anos de 2003 e 2004. A infecção foi diagnosticada por testes imunoenzimáticos de terceira geração (ELISA e RIBA III) e pela presença da partícula viral circulante detectada pela reação em cadeia polimerase (RT-PCR). Foi realizada a genotipagem pelo método RFLP (Restriction Fragment Lenght Polimorfism). Um questionário padrão foi utilizado para entrevista e coleta de dados sobre fatores de risco para aquisição da doença e comportamento sexual. A prevalência de anti-VHC positivo entre os cônjuges foi de 5,88% (2/34). Ambos eram do sexo feminino. Um dos cônjuges soropositivos apresentava exposição a fatores de risco parenterais para aquisição do VHC (hemotransfusão e hemodiálise). Neste casal ambos apresentaram viremia detectável e a análise dos genótipos evidenciou concordância sendo os dois portadores do genótipo 3. O segundo cônjuge anti-VHC positivo em dois testes de ELISA terceira geração, apresentou RIBAIII indeterminado e viremia indetectável por RT-PCR o que poderia representar um ELISA falso positivo ou infecção pregressa com evolução para cura e persistência de anticorpos residuais. Este cônjuge não tinha antecedente de exposição parenteral ao VHC e seu parceiro apresentava viremia detectável. Os dois casais relataram compartilhamento de utensílios de higiene pessoal. Com base nos questionários pudemos observar que o tempo de convivência entre os casais foi de 16,55±13,71 anos, que a maioria dos casais (35%) mantinha em média uma relação sexual a cada dois ou três dias, que 64,70%(22/34) dos casais nunca usavam preservativo e que apenas 20,58% (7/34) não compartilhavam objetos de higiene pessoal. Em relação a práticas sexuais de risco temos que 73% dos cônjuges tiveram até cinco parceiros sexuais, 23% de 6 a 10 e 4% mais de 10, DST foi referidos por um cônjuge e dois pacientes, sexo com prostitutas por três cônjuges e três pacientes e sexo anal e relacionamento homossexual por um paciente. A prevalência de 5,88% (2/34) de anti-VHC positivo entre os cônjuges de pacientes soropositivos para o vírus C em hemodiálise dá suporte a hipótese de baixo risco de transmissão do VHC entre casais. A exposição de um dos cônjuges soropositivos a outros fatores de risco parenterais para o VHC e o resultado de RIBA indeterminado associado a viremia indetectável no outro cônjuge bem como a elevada freqüência de compartilhamento de objetos de higiene pessoal tornam difícil a interpretação dos dados em relação a transmissão sexual.Introduction; Hepatitis C is a public health problem in Brazil and in the world and represents an important cause of morbidity and mortality. The parenteral route is main form of transmission of HCV. Evidences indicate that sexual transmission can occur especially among those with multiple sexual partners. Although the transmission of HCV among stable monogamist heterosexual partners has been described in the literature, this is considered of low risk. Objective; Determine the prevalence of infection by HCV in partners of positive anti-HCV patients submitted to hemodialysis . Material and Methods; Of the 355 patients in hemodialysis at the Cllnica Senhor de Bonfim in the district of Feira de Santana and of the 241 patients in treatment at the unity in Salvador, 54 (15,21%) and 22 (9,13%), respectively, were anti-HCV positive according to the third generation automated ELISA results. From these, 32 in Feira de Santana and 12 in Salvador were married or had a stable heterosexual relationship for more than 6 months, and were invited to participate in the study. Nine couples refused to participate, so our sample was constituted by 35 patients and their respective partners, being that in one couple both were in hemodialisis, coming to a total of 34 couples for analysis. The blood samples were collected between 2003 and 2004. The infection was diagnosed by third generation immuno- enzimatic tests (ELISA and RIBA III) and by the presence of the circulating viral particle detected through the polymerase chain reaction (RT-PCR). The genotyping was realized through the method RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism). A standard questionnaire was used for the interview and data collection about risk factors regarding the acquisition of the disease and sexual behavior. Results; The prevalence of positive anti-HCV among the partners was of 5,88% (2/34). Both were females. One of the seropositive partners demonstrated exposition to parenteral risk factors of HCV acquisition (hemo-transfusion and hemodialisis). In this couple both had detectable viremia and the analysis of the genotypes evidenced accordance, with both carriers being of genotype 3. The second anti-HCV partner in both third generation ELISA tests, presented undetermined RIBAIII and undetectable viremia by RT-PCR which could represent a false positive ELISA or previous infection with evolution for cure and persistence of residual ant-bodies. This partner did not have previous parenteral exposure to HCV and the respective partner presented detectable viremia. Both couples reported sharing of personal hygiene utensils. Based on the questionnaires we could observe that the duration of cohabiting among the couples was of 16,55±13,71 years, that the majority of the couples (35%) maintained on average one sexual intercourse each 2 or 3 days, that 64,70%(22/34) of the couples never used preservative and that only 20,58% (7/34) did not share personal hygiene utensils. Regarding risky sexual practices, 73% of the partners had up to 5 sexual partners, 23% had from 6 to 10 partners and 4% more than 10. DST was found in 1 partner and 2 patients, 3 partners had sex with prostitutes, 3 patients had anal sex and 1 patient had a homosexual relationship. Conclusion; The prevalence of 5,88% (2/34) of positive anti-HCV among the patients’ partners seropositive for C type virus in hemodialisis supports the hypothesis of the low risk of transmission of HCV among couples. The exposition of one seropositive partner to other parenteral risk factors for HCV and the result of an undetermined RIBA associated to undetectable viremia on the other partner, as well as a high frequency of sharing personal hygiene objects make it difficult to interpret the data regarding sexual transmission.Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porEscola Bahiana de Medicina e Saúde PúblicaHepatite CHemodiáliseDiálise RenalDoenças de Transmissão SexualHepacivírusHepatitis CRenal DialysisRenal DialysisSexually Transmitted DiseasesHepacivirusPrevalência da Hepatite C em cônjuges de pacientes renais crônicos em hemodiáliseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2005Coordenação de EnsinoEscola Bahiana de Saúde Pública. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz.Mestrado AcadêmicoSalvador/BAPós-Graduação em Medicina Internainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34619/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALMarcia Carvalho Bessa Prevalencia...2005.pdfMarcia Carvalho Bessa Prevalencia...2005.pdfapplication/pdf44238750https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34619/2/Marcia%20Carvalho%20Bessa%20Prevalencia...2005.pdf1c2176ce519543f82c727bd435bc8a1cMD52TEXTMarcia Carvalho Bessa Prevalencia...2005.pdf.txtMarcia Carvalho Bessa Prevalencia...2005.pdf.txtExtracted texttext/plain162230https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34619/3/Marcia%20Carvalho%20Bessa%20Prevalencia...2005.pdf.txtfaf01e7222785c81152917a54d8b813aMD53icict/346192019-08-07 02:02:41.314oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34619Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-08-07T05:02:41Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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