Aspectos ecológicos de vetores putativos do Vírus Mayaro e Vírus Oropuche em estratificação vertical e horizontal em ambientes florestais e antropizados em uma comunidade rural no Amazonas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23337 |
Resumo: | O assentamento rural de Rio Pardo está localizado no município de Presidente Figueiredo, no Estado do Amazonas, Brasil, e é uma área endêmica para vírus Mayaro (MAYV) e vírus Oropouche (OROV). MAYV e OROV causam febre de Mayaro e febre de Oropouche, respectivamente, doenças infecciosas febris agudas e são responsáveis por pequenos surtos na população rural. MAYV e OROV estão relacionados primariamente a ambientes silvestres, no entanto, estudos realizados em Rio Pardo sugeriram uma possível adaptação a outros vetores e a consequente introdução do MAYV em ambiente não-florestal. Este trabalho teve como objetivo estudar as espécies de mosquitos encontradas no assentamento rural de Rio Pardo, avaliar seu papel no ciclo de transmissão de MAYV e OROV, e os fatores de risco a esses vetores na população humana do assentamento. Os mosquitos foram coletados durante os meses de junho, julho, novembro e dezembro de 2016. As coletas por estratificação horizontal foram realizadas usando armadilhas luminosas HP instaladas a 1.5m do solo em três ambientes diferentes, peridomicílio, borda da floresta e floresta. Para avaliar a estratificação vertical, as coletas foram realizadas em áreas de floresta, no dossel e no solo, usando armadilhas luminosas HP e atração humana. No total 3.750 mosquitos foram capturados, sendo que 3.139 espécimes foram coletados nas plataformas. Os espécimes coletados foram classificados em 46 espécies distribuídos em 17 gêneros. As espécies mais abundantes foram Psorophora ferox (740 indivíduos – 23.5%), Ochlerotatus serratus (576 – 18.3%) e Ps. cingulata (258 – 8.2%). O índice de Shannon-Weaver (H') para os mosquitos coletados no dossel foi H=2.86 e no solo foi H' = 2.53; houve diferença estatisticamente significativa em relação a riqueza de espécies coletadas por atração humana no solo e dossel (p=0.0465), porém não foi observado diferença estatisticamente significativa por armadilhas HP (p=0.2342). Os mosquitos em estratificação horizontal foram coletados apenas por armadilhas HP; sendo coletados 611 espécimes, divididos em 13 espécies. A espécie mais abundante no peridomicílio foi Culex quinquefasciatus (149 – 48.8%), na borda de floresta Cx. quinquefasciatus (29 – 22.8%) e na floresta Cx. nigripalpus (6 – 3.3%). O índice H' para mosquitos coletados no peridomicílio foi H' = 0.91, borda de floresta H'=1.73 e floresta H'=1.53 não houve diferença significativa em relação a riqueza de espécies (p=0.6353). Em relação aos métodos de coleta o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H') por atração humana foi H'=2.62 e por armadilhas HP H'=2.16. Dos 671 pools analisados por RT-qPCR, três foram positivos para OROV e nenhuma amostra foi positiva para o MAYV. Quanto à taxa mínima de infecção dos mosquitos avaliados, observou-se TM de 0.8%. As espécies de mosquitos positivas para OROV foram: Oc. serratus, Ps. cingulata e Hg. tropicalis, as duas últimas espécies correspondem ao primeiro registro na literatura de infecção natural por OROV. Para descrever fatores de risco foram entrevistadas 490 pessoas em 141 domicílios, 260 (53,06%) pertencem ao sexo masculino e 230 (46,94%) do sexo feminino. A agricultura correspondeu a 204 (41,6%) das atividades desenvolvidas pelos moradores. Em relação ao destino do lixo 124 domicílios (87,9%) queimam o lixo no próprio terreno. Dos 141 domicílios, 85% moram perto da floresta, 63% perto do igarapé e 45% perto da roça. Em relação as características dos domicílios, 83% são feitas de madeira, 88% não possuem telas nas portas e janelas, 86% possuem cozinha interna e 53% possuem banheiro interno. Nossos resultados mostram a circulação de importantes vetores de arbovírus e arboviroses emergentes que são fortemente influenciados pelas transformações nos ambientes como desmatamento, construção de estradas e criação de assentamentos. E registramos a infecção de mosquitos com o OROV no ambiente de floresta, isso é importante pois a população tem contato direto e frequente com esse ambiente, aumentando o risco de adquirir o vírus, e desenvolver síndrome febril que não é de notificação compulsória. |
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Silva, Jordam William PereiraLuz, Sérgio Luiz BessaFigueiredo, Regina Maria Pinto dePessoa, Felipe Arley Costa2017-11-23T20:17:34Z2017-11-23T20:17:34Z2017SILVA, Jordam Wlliam Pereira. Aspectos ecológicos de vetores putativos do vírus Mayaro e vírus Oropouche em estratificação vertical e horizontal em ambientes florestais e antropizados em uma comunidade rural no Amazonas. 2017. 97 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Leônidas e Maria Deane, Manaus, AM, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23337O assentamento rural de Rio Pardo está localizado no município de Presidente Figueiredo, no Estado do Amazonas, Brasil, e é uma área endêmica para vírus Mayaro (MAYV) e vírus Oropouche (OROV). MAYV e OROV causam febre de Mayaro e febre de Oropouche, respectivamente, doenças infecciosas febris agudas e são responsáveis por pequenos surtos na população rural. MAYV e OROV estão relacionados primariamente a ambientes silvestres, no entanto, estudos realizados em Rio Pardo sugeriram uma possível adaptação a outros vetores e a consequente introdução do MAYV em ambiente não-florestal. Este trabalho teve como objetivo estudar as espécies de mosquitos encontradas no assentamento rural de Rio Pardo, avaliar seu papel no ciclo de transmissão de MAYV e OROV, e os fatores de risco a esses vetores na população humana do assentamento. Os mosquitos foram coletados durante os meses de junho, julho, novembro e dezembro de 2016. As coletas por estratificação horizontal foram realizadas usando armadilhas luminosas HP instaladas a 1.5m do solo em três ambientes diferentes, peridomicílio, borda da floresta e floresta. Para avaliar a estratificação vertical, as coletas foram realizadas em áreas de floresta, no dossel e no solo, usando armadilhas luminosas HP e atração humana. No total 3.750 mosquitos foram capturados, sendo que 3.139 espécimes foram coletados nas plataformas. Os espécimes coletados foram classificados em 46 espécies distribuídos em 17 gêneros. As espécies mais abundantes foram Psorophora ferox (740 indivíduos – 23.5%), Ochlerotatus serratus (576 – 18.3%) e Ps. cingulata (258 – 8.2%). O índice de Shannon-Weaver (H') para os mosquitos coletados no dossel foi H=2.86 e no solo foi H' = 2.53; houve diferença estatisticamente significativa em relação a riqueza de espécies coletadas por atração humana no solo e dossel (p=0.0465), porém não foi observado diferença estatisticamente significativa por armadilhas HP (p=0.2342). Os mosquitos em estratificação horizontal foram coletados apenas por armadilhas HP; sendo coletados 611 espécimes, divididos em 13 espécies. A espécie mais abundante no peridomicílio foi Culex quinquefasciatus (149 – 48.8%), na borda de floresta Cx. quinquefasciatus (29 – 22.8%) e na floresta Cx. nigripalpus (6 – 3.3%). O índice H' para mosquitos coletados no peridomicílio foi H' = 0.91, borda de floresta H'=1.73 e floresta H'=1.53 não houve diferença significativa em relação a riqueza de espécies (p=0.6353). Em relação aos métodos de coleta o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H') por atração humana foi H'=2.62 e por armadilhas HP H'=2.16. Dos 671 pools analisados por RT-qPCR, três foram positivos para OROV e nenhuma amostra foi positiva para o MAYV. Quanto à taxa mínima de infecção dos mosquitos avaliados, observou-se TM de 0.8%. As espécies de mosquitos positivas para OROV foram: Oc. serratus, Ps. cingulata e Hg. tropicalis, as duas últimas espécies correspondem ao primeiro registro na literatura de infecção natural por OROV. Para descrever fatores de risco foram entrevistadas 490 pessoas em 141 domicílios, 260 (53,06%) pertencem ao sexo masculino e 230 (46,94%) do sexo feminino. A agricultura correspondeu a 204 (41,6%) das atividades desenvolvidas pelos moradores. 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E registramos a infecção de mosquitos com o OROV no ambiente de floresta, isso é importante pois a população tem contato direto e frequente com esse ambiente, aumentando o risco de adquirir o vírus, e desenvolver síndrome febril que não é de notificação compulsória.Rio Pardo settlement is located in the municipality of President Figueiredo, Amazonas State, Brazil, is an endemic area to Mayaro virus (MAYV) and Oropouche virus (OROV). MAYV and OROV cause Mayaro and Oropouche fever, respectively, two acute febrile infectious diseases that are responsible for small outbreaks in rural populations. MAYV and OROV are related to wild environments, however, studies carried out in Rio Pardo showed a possible adaptation to other vectors and introduction of the MAYV in non-forested environments. This work aims to study mosquito species in a rural settlement in the Brazilian Amazon, and their roll in arbovirus transmission cycles, and evaluate the exposure factors of human population to these vectors in the rural settlement of Rio Pardo. Mosquitoes were collected during June, July, November and December of 2016. The horizontal stratification was performed using HP light traps installed at 1.5 m in three different environments, peridomicile, forest edge and forest. For vertical stratification, the collection was performed by HP light traps and human attraction in canopy and soil environments. At all, 3.750 mosquitoes were captured, 3.139 specimens were collected from platform, distributed in 46 species. The most abundant species were Psorophora ferox (740 individuals - 23.5%), Aedes serratus (576 - 18.3%) and Psorophora cingulata (258 - 8.2%). The Shannon-Weaver index (H ') for the mosquitoes collected in the canopy was H’=2.86 and in the soil was H’=2.53, there was a statistically significant difference in relation to the richness of species collected by human attraction (p = 0.0465), but no statistically significant difference was observed for HP traps (p = 0.2342). The mosquitoes in horizontal stratification were collected only by HP traps; 611 specimens were collected, distributed in 13 species. The most abundant species in peridomicile was Culex quinquefasciatus (149 - 48.8%), in forest edge was Culex quinquefasciatus (29 - 22.8%) and in forest was Culex nigripalpus (6 - 3.3%). The H’ index to mosquitoes collected in the peridomicile was H’=0.91, forest edge H’=1.73 and forest H’=1.53, there was no significant difference in relation to species richness (p = 0.6353). The diversity index of Shannon-Weaver (H') was significantly different between the methods of collection by Human Attraction H'=2.62 and HP light traps H'=2.16. From the 671 pools analyzed by RT-qPCR, three were positive for OROV and no samples were positive for MAYV. As regards the minimum infection rate of the mosquitoes evaluated, an TM of 0.8% was observed. The mosquito species positive for OROV were: Ochlerotatus serratus, Psorophora cingulata and Haemagogus tropicalis, the last two species are being registered by the first time as found naturally infected by OROV. To evaluate risk factors, 490 people were interviewed in 141 domiciles, 260 (53.06%) were male and 230 (46.94%) were female. Agriculture accounted for 204 (41.6%) of the activities carried out by residents. Regarding the destination of the waste, 124 households (87.9%) burn the garbage on the land. Of the 141 households, 85% live near the forest, 63% near the stream and 45% near the countryside. Regarding the house characteristics, 83% are made of wood, 88% do not have screens on the doors and windows, 86% have internal kitchen and 53% have internal bathrooms. Our results suggest that the circulation of important vectors of arbovirus and emergent arboviruses can be strongly influenced by the transformations in the environments by deforestation, road construction and settlement creation. And we recorded mosquito infection with OROV in the forest environment, this is important because the population has direct and frequent contact with this environment, increasing the risk of acquiring the virus, and developing febrile syndrome that is not of compulsory notification.Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas - FAPEAMFundação Oswaldo Cruz. Instituto Leônidas e Maria Deane. Manaus, AM, Brasil.porMosquitos vetoresAntropizaçãoEcologiaVírus MayaroVírus OropoucheMosquito vectorsAnthropizationEcologyMayaro virusOropouche virusAspectos ecológicos de vetores putativos do Vírus Mayaro e Vírus Oropuche em estratificação vertical e horizontal em ambientes florestais e antropizados em uma comunidade rural no Amazonasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017-08-23Instituto Leônidas e Maria Deane - ILMDMestrado AcadêmicoManaus, AmazonasPrograma de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia - PPGVIDAinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23337/1/license.txt43cf57123dace9a28c9f6b2c996fa81bMD51ORIGINALDissertação Jordam Silva 2017.pdfDissertação Jordam Silva 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O assentamento rural de Rio Pardo está localizado no município de Presidente Figueiredo, no Estado do Amazonas, Brasil, e é uma área endêmica para vírus Mayaro (MAYV) e vírus Oropouche (OROV). MAYV e OROV causam febre de Mayaro e febre de Oropouche, respectivamente, doenças infecciosas febris agudas e são responsáveis por pequenos surtos na população rural. MAYV e OROV estão relacionados primariamente a ambientes silvestres, no entanto, estudos realizados em Rio Pardo sugeriram uma possível adaptação a outros vetores e a consequente introdução do MAYV em ambiente não-florestal. Este trabalho teve como objetivo estudar as espécies de mosquitos encontradas no assentamento rural de Rio Pardo, avaliar seu papel no ciclo de transmissão de MAYV e OROV, e os fatores de risco a esses vetores na população humana do assentamento. Os mosquitos foram coletados durante os meses de junho, julho, novembro e dezembro de 2016. As coletas por estratificação horizontal foram realizadas usando armadilhas luminosas HP instaladas a 1.5m do solo em três ambientes diferentes, peridomicílio, borda da floresta e floresta. Para avaliar a estratificação vertical, as coletas foram realizadas em áreas de floresta, no dossel e no solo, usando armadilhas luminosas HP e atração humana. No total 3.750 mosquitos foram capturados, sendo que 3.139 espécimes foram coletados nas plataformas. Os espécimes coletados foram classificados em 46 espécies distribuídos em 17 gêneros. As espécies mais abundantes foram Psorophora ferox (740 indivíduos – 23.5%), Ochlerotatus serratus (576 – 18.3%) e Ps. cingulata (258 – 8.2%). O índice de Shannon-Weaver (H') para os mosquitos coletados no dossel foi H=2.86 e no solo foi H' = 2.53; houve diferença estatisticamente significativa em relação a riqueza de espécies coletadas por atração humana no solo e dossel (p=0.0465), porém não foi observado diferença estatisticamente significativa por armadilhas HP (p=0.2342). Os mosquitos em estratificação horizontal foram coletados apenas por armadilhas HP; sendo coletados 611 espécimes, divididos em 13 espécies. A espécie mais abundante no peridomicílio foi Culex quinquefasciatus (149 – 48.8%), na borda de floresta Cx. quinquefasciatus (29 – 22.8%) e na floresta Cx. nigripalpus (6 – 3.3%). O índice H' para mosquitos coletados no peridomicílio foi H' = 0.91, borda de floresta H'=1.73 e floresta H'=1.53 não houve diferença significativa em relação a riqueza de espécies (p=0.6353). Em relação aos métodos de coleta o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H') por atração humana foi H'=2.62 e por armadilhas HP H'=2.16. Dos 671 pools analisados por RT-qPCR, três foram positivos para OROV e nenhuma amostra foi positiva para o MAYV. Quanto à taxa mínima de infecção dos mosquitos avaliados, observou-se TM de 0.8%. As espécies de mosquitos positivas para OROV foram: Oc. serratus, Ps. cingulata e Hg. tropicalis, as duas últimas espécies correspondem ao primeiro registro na literatura de infecção natural por OROV. Para descrever fatores de risco foram entrevistadas 490 pessoas em 141 domicílios, 260 (53,06%) pertencem ao sexo masculino e 230 (46,94%) do sexo feminino. A agricultura correspondeu a 204 (41,6%) das atividades desenvolvidas pelos moradores. Em relação ao destino do lixo 124 domicílios (87,9%) queimam o lixo no próprio terreno. Dos 141 domicílios, 85% moram perto da floresta, 63% perto do igarapé e 45% perto da roça. Em relação as características dos domicílios, 83% são feitas de madeira, 88% não possuem telas nas portas e janelas, 86% possuem cozinha interna e 53% possuem banheiro interno. Nossos resultados mostram a circulação de importantes vetores de arbovírus e arboviroses emergentes que são fortemente influenciados pelas transformações nos ambientes como desmatamento, construção de estradas e criação de assentamentos. E registramos a infecção de mosquitos com o OROV no ambiente de floresta, isso é importante pois a população tem contato direto e frequente com esse ambiente, aumentando o risco de adquirir o vírus, e desenvolver síndrome febril que não é de notificação compulsória. |
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SILVA, Jordam Wlliam Pereira. Aspectos ecológicos de vetores putativos do vírus Mayaro e vírus Oropouche em estratificação vertical e horizontal em ambientes florestais e antropizados em uma comunidade rural no Amazonas. 2017. 97 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Leônidas e Maria Deane, Manaus, AM, 2017. |
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