A atividade física na atenção primária em saúde como estratégia de promoção da saúde dos idosos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farias, Alexandre José de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35071
Resumo: Introdução: As projeções apontam que, em 2025, o Brasil pode chegar a ter 32 milhões de pessoas com 60 anos e mais. Ao longo das últimas cinco décadas, estudos clínicos e epidemiológicos têm evidenciado os benefícios proporcionados à saúde pela prática regular de atividade física, bem como consolidado o reconhecimento de que o sedentarismo é, antes de tudo, um grave problema de saúde pública, com repercussões adversas sobre todas as etapas do ciclo de vida do indivíduo. Embora o engajamento em um programa regular de atividade física seja, essencialmente, uma decisão individual, tem sido reconhecido que a quebra das barreiras de acesso a esses programas é uma responsabilidade social, bem como a derrubada de mitos, como a suposição de que apenas a atividade física intensa produz benefícios à saúde, ou ainda, que a mera execução das atividades da vida diária é suficiente para proporcionar tais benefícios. Objetivo: Analisar a influência da frequência/nível da prática de atividade física regular sobre a autopercepção de saúde dos idosos adscritos à Estratégia de Saúde da Família, na Clínica da Família Victor Valla, do Complexo de Manguinhos, região metropolitana do Rio de Janeiro, no ano de 2013. Material e Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 124 idosos no período entre janeiro a junho de 2013. Para estimar a associação entre frequência/nível de atividade física e a autopercepção de saúde, controlando por fatores demográficos, socioeconômicos, de saúde, estilo de vida e relações sociais foi realizado uma análise de regressão logística binária múltipla. Resultados: Da amostra considerada, os idosos eram em sua maioria mulheres, com baixo nível de renda e de escolaridade. Apresentam elevada prevalência de doenças crônicas, com destaque para hipertensão arterial, artrite/artrose/reumatismo, doenças do coração e diabetes. Outras características observadas entre os idosos foram: autopercepção favorável de seus estados de saúde, baixa prevalência de tabagismo e consumo regular de bebidas alcoólicas, além de presença de consumo de frutas e vegetais. Por outro lado, a prevalência de sedentarismo entre os idosos antes do Projeto "Academia da Saúde", era de cerca de 90%, percentual que se reduziu para 46,0%. No tocante aos modelos de regressão logística binária múltipla aplicados ao presente estudo, a atividade física e a capacidade funcional se apresentaram como fatores associados a uma percepção de saúde ruim (p<0,05). Conclusão: O presente estudo destaca a positividade da atividade física supervisionada pela Atenção Primária em Saúde para a autopercepção de saúde dos idosos. O nível de atividade física mostra-se como o fator mais fortemente relacionado com uma autopercepção positiva de saude. Ser inativo aumenta em muitas vezes a chance dos idosos perceberem a sua saúde como ruim (OR=66,66) em comparação aos ativos. Suporta-se a justificativa para a elaboração de políticas de saúde pública que incentivem a atividade física incentivada e supervisionada pelo nível primário/atenção básica em saúde.
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Embora o engajamento em um programa regular de atividade física seja, essencialmente, uma decisão individual, tem sido reconhecido que a quebra das barreiras de acesso a esses programas é uma responsabilidade social, bem como a derrubada de mitos, como a suposição de que apenas a atividade física intensa produz benefícios à saúde, ou ainda, que a mera execução das atividades da vida diária é suficiente para proporcionar tais benefícios. Objetivo: Analisar a influência da frequência/nível da prática de atividade física regular sobre a autopercepção de saúde dos idosos adscritos à Estratégia de Saúde da Família, na Clínica da Família Victor Valla, do Complexo de Manguinhos, região metropolitana do Rio de Janeiro, no ano de 2013. Material e Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 124 idosos no período entre janeiro a junho de 2013. Para estimar a associação entre frequência/nível de atividade física e a autopercepção de saúde, controlando por fatores demográficos, socioeconômicos, de saúde, estilo de vida e relações sociais foi realizado uma análise de regressão logística binária múltipla. Resultados: Da amostra considerada, os idosos eram em sua maioria mulheres, com baixo nível de renda e de escolaridade. Apresentam elevada prevalência de doenças crônicas, com destaque para hipertensão arterial, artrite/artrose/reumatismo, doenças do coração e diabetes. Outras características observadas entre os idosos foram: autopercepção favorável de seus estados de saúde, baixa prevalência de tabagismo e consumo regular de bebidas alcoólicas, além de presença de consumo de frutas e vegetais. Por outro lado, a prevalência de sedentarismo entre os idosos antes do Projeto "Academia da Saúde", era de cerca de 90%, percentual que se reduziu para 46,0%. No tocante aos modelos de regressão logística binária múltipla aplicados ao presente estudo, a atividade física e a capacidade funcional se apresentaram como fatores associados a uma percepção de saúde ruim (p<0,05). Conclusão: O presente estudo destaca a positividade da atividade física supervisionada pela Atenção Primária em Saúde para a autopercepção de saúde dos idosos. O nível de atividade física mostra-se como o fator mais fortemente relacionado com uma autopercepção positiva de saude. Ser inativo aumenta em muitas vezes a chance dos idosos perceberem a sua saúde como ruim (OR=66,66) em comparação aos ativos. Suporta-se a justificativa para a elaboração de políticas de saúde pública que incentivem a atividade física incentivada e supervisionada pelo nível primário/atenção básica em saúde.Background: The projections indicate that in 2025, Brazil can grow to be 32 million people aged 60 and more. Over the past five decades, clinical and epidemiological studies have shown the benefits of health by practicing regular physical activity, and consolidated the recognition that physical inactivity is, above all, a serious public health problem, with adverse repercussions on all stages of the life cycle of the individual. While engaging in a regular program of physical activity is essentially an individual decision, it has been recognized that breaks the barriers of access to such programs is a social responsibility as well as the overthrow of myths, such as the assumption that only intense physical activity produces health benefits, or that the mere execution of daily activities is sufficient to provide such benefits. Objective: To analyze the influence of frequency/level of regular physical activity on self-rated health of elderly ascribed to the Family Health Strategy, the Family Clinic Victor Valla, Complex Manguinhos, the metropolitan area of Rio de Janeiro, in year 2013. Material and Methods: We conducted a cross-sectional study of 124 elderly in the period January to June 2013. To estimate the association between frequency / level of physical activity and selfrated health, controlling for demographic, socioeconomic, health, lifestyle and social relations was carried out an analysis of multiple binary logistic regression. Results: For the sample considered, the elderly were mostly women with low income and education. Show a high prevalence of chronic diseases, especially hypertension, arthritis / osteoarthritis / rheumatism, heart disease and diabetes. Other characteristics were observed among the elderly: a favorable perception of their health status, low prevalence of smoking and regular consumption of alcoholic beverages, in addition to the presence of intake of fruits and vegetables. On the other hand, the prevalence of physical inactivity among the elderly before the project "Health Academy", was about 90%, that percentage dropped to 46.0%. Regarding the models of multiple binary logistic regression applied to this study, physical activity and functional capacity were factors associated with a perception of poor health (p <.05). Conclusion: This study highlights the positivity of the physical activity supervised by Primary Health Care for self-rated health among the elderly. The level of physical activity is shown to be the factor most strongly associated with a positive self-rated health. Being inactive increases several times the chance of the elderly perceive their health as poor (OR = 66.66) compared to active. Support is the rationale for the development of public health policies that encourage physical activity encouraged and supervised by the primary level / primary health care.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAutoimagemAutopercepção de SaúdeDoenças Crônicas Não-TransmíssíveisEnvelhecimento SaudávelPhysical activitySelf-rated healthChronic non-communicable diseasesHealthy agingAtividade MotoraAutoimagemDoença CrônicaEnvelhecimentoSaúde do IdosoPromoção da SaúdeA atividade física na atenção primária em saúde como estratégia de promoção da saúde dos idososPhysical activity in primary health care as a health promotion strategy for the elderlyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2013Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Fundação Oswaldo CruzFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde PúblicaMestrado ProfissionalRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35071/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Alexandre_Jose_ENSP_2014application/pdf1043521https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35071/2/ve_Alexandre_Jose_ENSP_201494dafc115e4a9719f68a137c46e873cdMD52TEXTve_Alexandre_Jose_ENSP_2014.txtve_Alexandre_Jose_ENSP_2014.txtExtracted texttext/plain139686https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35071/3/ve_Alexandre_Jose_ENSP_2014.txt5224f8ce722da22052e422eabb5d248aMD53icict/350712021-02-08 21:06:38.619oai:www.arca.fiocruz.br:icict/35071Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-02-09T00:06:38Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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