Prevalência de anemia e fatores associados nas aldeias Xavante de Pimentel Barbosa e Etênhiritipá, Mato Grosso, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, July Anne Mendonça de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24261
Resumo: A anemia é considerada umas das principais deficiências nutricionais no mundo. No caso dos povos indígenas no Brasil, diversos estudos indicam que se trata de uma doença que apresenta elevadas prevalências, ainda que sejam reduzidas as investigações epidemiológicas sobre o tema. O objetivo geral deste trabalho foi descrever a prevalência de anemia e os principais fatores associados entre os Xavante das aldeias de Pimentel Barbosa e Etenhiritipá, Mato Grosso, Brasil, a partir de um estudo transversal realizado em julho de 2009. A população de estudo foi composta de 584 indivíduos ≥ 6 meses de idade, 300 na aldeia de Pimentel Barbosa e 284 em Etênhiritipá. A dosagem de hemoglobina foi realizada utilizando-se aparelho portátil Hemocue. Foram também coletados dados de peso e estatura. Para a classificação de anemia, foram utilizados os pontos de corte propostos pela OMS (2001). A classificação do estado nutricional foi através dos índices P/I (peso para idade) e E/I (estatura para idade) para os indivíduos ≤10 anos e IMC (índice de massa corporal) para aqueles ≥ 10 anos. As variáveis analisadas pelo modelo logístico para crianças foram: idade, sexo, P/I; concentração de hemoglobina da mãe e do pai, número de crianças < 5 anos no domicílio, hemoglobina média dos irmãos < 10 anos, renda domiciliar, IMC da mãe e aldeia. Nos adultos e adolescentes de ambos os sexos, as variáveis analisadas foram: idade, IMC, renda domiciliar, aldeia e sexo. Para as mulheres (18 a 49 anos), foi também incluída nos modelos a variável de duração do mais recente intervalo interpartal. A prevalência geral de anemia foi 41,7%, com maior concentração nas crianças < 5 anos (58,4%) e nos adultos > 40 anos (47,5%). Nas crianças < 5 anos, a hemoglobina média dos irmãos < 10 anos (utilizando o ponto de corte <11,0g/dl) resultou em uma chance 10,70 vezes maior de ocorrência de anemia (IC 95%: 5,00 - 22,91). As crianças com idade < 2 anos apresentaram uma chance 2,86 vezes maior de desenvolver a doença (IC 95%: 1,15 - 7,12). Nos adolescentes, as meninas apresentaram uma chance 4,61 vezes maior de ter anemia comparada aos meninos (IC 95%: 1,79 - 11,90). Os indivíduos que residiam na aldeia de Pimentel Barbosa apresentaram uma menor chance de ter anemia se comparados aos residentes em Etenhiritipá (0,30, IC 95%: 0,12 - 0,77). Nos adultos (homens e mulheres, analisados separadamente), as mulheres apresentaram uma chance 3,27 maior de ter anemia do que os homens (IC 95%: 1,78 - 6,03). Nos homens e nas mulheres (analisados separadamente), nenhuma variável se mostrou associada a anemia a partir das análises logísticas. A comparação dos dados do presente inquérito com outro realizado em 1995 (quando as populações das duas comunidades residiam em uma única aldeia) evidenciou um aumento de 6,1% pontos percentuais na prevalência de anemia. Em conclusão, os resultados indicam que a anemia é um importante problema de saúde nas comunidades Xavante investigadas, além de haver diferenças importantes na distribuição da doença segundo faixa etária, sexo, presença ou não de outras pessoas anêmicas no domicílio, assim como aldeia. Investigações adicionais são necessárias para avaliar a influência de outras variáveis, como de consumo alimentar, na ocorrência de anemia nos Xavante.
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spelling Souza, July Anne Mendonça deWelch, James RobertSantos, Ricardo Ventura2018-01-31T13:37:28Z2018-01-31T13:37:28Z2011SOUZA, July Anne Mendonça de. Prevalência de anemia e fatores associados nas aldeias Xavante de Pimentel Barbosa e Etênhiritipá, Mato Grosso, Brasil. 2011. 70 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2011.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24261A anemia é considerada umas das principais deficiências nutricionais no mundo. No caso dos povos indígenas no Brasil, diversos estudos indicam que se trata de uma doença que apresenta elevadas prevalências, ainda que sejam reduzidas as investigações epidemiológicas sobre o tema. O objetivo geral deste trabalho foi descrever a prevalência de anemia e os principais fatores associados entre os Xavante das aldeias de Pimentel Barbosa e Etenhiritipá, Mato Grosso, Brasil, a partir de um estudo transversal realizado em julho de 2009. A população de estudo foi composta de 584 indivíduos ≥ 6 meses de idade, 300 na aldeia de Pimentel Barbosa e 284 em Etênhiritipá. A dosagem de hemoglobina foi realizada utilizando-se aparelho portátil Hemocue. Foram também coletados dados de peso e estatura. Para a classificação de anemia, foram utilizados os pontos de corte propostos pela OMS (2001). A classificação do estado nutricional foi através dos índices P/I (peso para idade) e E/I (estatura para idade) para os indivíduos ≤10 anos e IMC (índice de massa corporal) para aqueles ≥ 10 anos. As variáveis analisadas pelo modelo logístico para crianças foram: idade, sexo, P/I; concentração de hemoglobina da mãe e do pai, número de crianças < 5 anos no domicílio, hemoglobina média dos irmãos < 10 anos, renda domiciliar, IMC da mãe e aldeia. Nos adultos e adolescentes de ambos os sexos, as variáveis analisadas foram: idade, IMC, renda domiciliar, aldeia e sexo. Para as mulheres (18 a 49 anos), foi também incluída nos modelos a variável de duração do mais recente intervalo interpartal. A prevalência geral de anemia foi 41,7%, com maior concentração nas crianças < 5 anos (58,4%) e nos adultos > 40 anos (47,5%). Nas crianças < 5 anos, a hemoglobina média dos irmãos < 10 anos (utilizando o ponto de corte <11,0g/dl) resultou em uma chance 10,70 vezes maior de ocorrência de anemia (IC 95%: 5,00 - 22,91). As crianças com idade < 2 anos apresentaram uma chance 2,86 vezes maior de desenvolver a doença (IC 95%: 1,15 - 7,12). Nos adolescentes, as meninas apresentaram uma chance 4,61 vezes maior de ter anemia comparada aos meninos (IC 95%: 1,79 - 11,90). Os indivíduos que residiam na aldeia de Pimentel Barbosa apresentaram uma menor chance de ter anemia se comparados aos residentes em Etenhiritipá (0,30, IC 95%: 0,12 - 0,77). Nos adultos (homens e mulheres, analisados separadamente), as mulheres apresentaram uma chance 3,27 maior de ter anemia do que os homens (IC 95%: 1,78 - 6,03). Nos homens e nas mulheres (analisados separadamente), nenhuma variável se mostrou associada a anemia a partir das análises logísticas. A comparação dos dados do presente inquérito com outro realizado em 1995 (quando as populações das duas comunidades residiam em uma única aldeia) evidenciou um aumento de 6,1% pontos percentuais na prevalência de anemia. Em conclusão, os resultados indicam que a anemia é um importante problema de saúde nas comunidades Xavante investigadas, além de haver diferenças importantes na distribuição da doença segundo faixa etária, sexo, presença ou não de outras pessoas anêmicas no domicílio, assim como aldeia. Investigações adicionais são necessárias para avaliar a influência de outras variáveis, como de consumo alimentar, na ocorrência de anemia nos Xavante.Anemia is considered one of the primary nutritional deficiencies worldwide. In the case of indigenous peoples in Brazil, studies indicate high prevalence rates of anemia, even though there are few epidemiological investigations on the topic. The primary objective of this study is to describe the prevalence of anemia and the main associated factors among the Xavante of Pimentel Barbosa and Etênhiritipá villages, Mato Grosso, Brazil, based on a cross-sectional study performed in July, 2009. The total population of the study was 584 individuals ≥ 6 months of age, of which 300 resided in Pimentel Barbosa and 284 in Etênhiritipá. Hemoglobin concentration was measured using the HemoCue portable device. Weight and height data were also collected. The cut off points suggested by OMS (2001) were used to classify anemia. Nutritional status was classified using the W/A (weight for age) and H/A (height for age) ratios for individuals ≤ 10 years old and BMI for individuals ≥ 10 years old. The variables analyzed by logistic regression for children were: age, sex, W/A, hemoglobin concentration of the mother and father, number of children under 5 years old living in the house, average hemoglobin of siblings < 10 years, income, BMI of mother, and village. In adults and adolescents of both sexes, the variables analyzed were: age, BMI, income, village, and sex. For women 18-49 years of age, interpregnancy intervals were also included. The overall prevalence of anemia was 41.7%, with higher prevalence among children < 5 years old (58.4%) and in adults > 40 years old (47.5%). In children < 5 years of age, mean hemoglobin of siblings under 10 years old < 11.0 g/dl showed 10.70 times greater chance of developing anemia (95% CI: 5.00 - 22.91). Children age < 2 years showed 2.86 times greater chance of developing the disease (95% CI: 1.15 - 7.12). Among adolescents, girls showed 4.61 times greater chance of having anemia, as compared to boys (95% CI: 1.79 - 11.90). Residents of Pimentel Barbosa had a slightly smaller chance (OR 0.30) than residents of Etênhiritipá of having anemia (95% CI: 0.12 - 0.77). In adults, women had 3.27 times greater chance of having anemia than men (95% CI: 1.78 - 6.03). Among adults males and females (analyzed separately), age was the only variable that showed an association with anemia, although it was not statistically significant. Comparison of the results of the present study with another conducted in 1995 (when the populations of the villages lived in a single community) revealed an increase of 6.1% in the prevalence of anemia. In conclusion, the results show that anemia is an important health problem in the Xavante communities investigated, in addition to there being important differences in the distribution of the disease according to age bracket, sex, presence or absence of other anemic people in the household, and village. Additional investigations are necessary to evaluate the influence of other variables, such as diet, on the occurrence of anemia among the Xavante.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAnemiaSaúde IndígenaÍndiosXavanteEstudos TransversaisAnemiaIndigenous HealthIndiansXavanteCross-Sectional StudiesAnemiaPopulação IndígenaÍndios Sul-AmericanosPrevalênciaEstudos TransversaisPrevalência de anemia e fatores associados nas aldeias Xavante de Pimentel Barbosa e Etênhiritipá, Mato Grosso, BrasilPrevalence of anemia and associated factors in the villages and Xavante of Pimentel Barbosa Etênhiritipá, Mato Grosso, Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_July_Anne_ENSP_2011application/pdf1093217https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24261/1/ve_July_Anne_ENSP_2011fe65ce8530df6313865624b6080226f2MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24261/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT912.pdf.txt912.pdf.txtExtracted texttext/plain162246https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24261/3/912.pdf.txtfd04df62c0214934856d3e0b1dd9e123MD53icict/242612023-01-17 11:14:30.738oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24261Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T14:14:30Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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