Pelos caminhos que me formei: pesquisa autobiográfica sobre a vida na periferia de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Rubens Paulo
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório do Centro Universitário Braz Cubas
Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/308
Resumo: I am a son of the public school, from the lower classes. I was, for some time, part of the failure and dropout rates of the late 1980s and early 1990s, however, I escaped the statistics of that time that pointed out that school failure reached (and still affects) a large part of the individuals who belong to the less favored classes. This work bets on the importance of biography to understand how individuals trace their paths, give meaning to their experiences and shape their subjective constitution processes. In this perspective it proposes as its main objective: to elaborate a documentary that portrays the social mobility and improbable trajectory of a music teacher from the Elementary School. For this, it is guided by the (auto) biographical research described, among others, by Marie Christine Josso, Gaston Pineau, Maria da Conceição Passeggi. Upon completing the work, I realize that, when narrating my trajectory, I was no longer as a spectator, but as the author of my story. During the course of the documentary's construction, I experienced sensitive listening and through different dialogues I appropriated the notion of emancipation that translates as man's ability to admire, operate and transform the world, not only in him, but with him. This movement triggered a reflexive process that culminated in a process of self-training that made me return to school more clearly about my professional choices and more committed to a liberating practice.
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spelling Pelos caminhos que me formei: pesquisa autobiográfica sobre a vida na periferia de São PauloHistória de vidaFormação de professoresAutobiografia - PesquisaDocumentárioCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOI am a son of the public school, from the lower classes. I was, for some time, part of the failure and dropout rates of the late 1980s and early 1990s, however, I escaped the statistics of that time that pointed out that school failure reached (and still affects) a large part of the individuals who belong to the less favored classes. This work bets on the importance of biography to understand how individuals trace their paths, give meaning to their experiences and shape their subjective constitution processes. In this perspective it proposes as its main objective: to elaborate a documentary that portrays the social mobility and improbable trajectory of a music teacher from the Elementary School. For this, it is guided by the (auto) biographical research described, among others, by Marie Christine Josso, Gaston Pineau, Maria da Conceição Passeggi. Upon completing the work, I realize that, when narrating my trajectory, I was no longer as a spectator, but as the author of my story. During the course of the documentary's construction, I experienced sensitive listening and through different dialogues I appropriated the notion of emancipation that translates as man's ability to admire, operate and transform the world, not only in him, but with him. This movement triggered a reflexive process that culminated in a process of self-training that made me return to school more clearly about my professional choices and more committed to a liberating practice.Sou filho da escola pública, originário das classes populares. Fui, durante algum tempo, parte dos índices do fracasso e da evasão escolar do final da década de 1980 e início de 1990, entretanto, escapei das estatísticas dessa época que apontavam que o fracasso escolar atingia (e ainda atinge) grande parte dos indivíduos que pertencem às classes menos favorecidas. Este trabalho aposta na importância da biografização para compreender como os indivíduos traçam seus caminhos, atribuem sentido às suas experiências e dão forma aos seus processos de constituição subjetiva. Nessa perspectiva propõe como objetivo principal: elaborar um documentário que retrate a mobilidade social e trajetória improvável de um professor de música do Ensino Fundamental. Para isso, pauta-se na pesquisa (auto)biográfica descrita, entre outros, por Marie Christine Josso, Gaston Pineau, Maria da Conceição Passeggi. Ao concluir o trabalho, percebo que, ao narrar minha trajetória, me situei não mais como um espectador, mas como autor da minha história. Durante o percurso de construção do documentário, experimentei a escuta sensível e por meio de diferentes diálogos me apropriei da noção de emancipação que se traduz como a capacidade do homem admirar, operar e transformar o mundo, não apenas nele, mas com ele. Esse movimento desencadeou um processo reflexivo que culminou em um processo de autoformação que me faz retornar à escola com mais clareza a respeito de minhas escolhas profissionais e mais comprometido com uma prática libertadora.Universidade Cidade de São PauloBrasilPós-GraduaçãoPrograma de Mestrado Profissional em Formação de Gestores EducacionaisUNICIDEcleide Cunico Furlanettohttp://lattes.cnpq.br/5482444929146466Possato, Beatris Cristinahttp://lattes.cnpq.br/5369786207096446Santos, Rubens Paulo2020-01-31T20:00:33Z2020-01-31T20:00:33Z2018-06-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, Rubens Paulo. Pelos caminhos que me formei: pesquisa autobiográfica sobre a vida na periferia de São Paulo. Orientadora: Profa. Dra. Ecleide Cunico Furlanetto. 2018. 63f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Cidade de São Paulo. 2018.https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/308porARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Antônio de Castro Caeiro. São Paulo: Atlas, 2009. BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 2001. BENJAMIN, W. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. v. 1. São Paulo: Brasiliense, 1987. BERKENBROCK-ROSITO M.M. Interdisciplinaridade: Uma epistemologia de fronteiras. Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade políticas e práticas de formação de professores. Rio de Janeiro: Wak, 2014. BOURDIEU, P. Espaço social e espaço simbólico. In: Razões prática: sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus, 1996. ______. O capital social: notas provisórias. In: NOGUEIRA, M.A.; CATANI, A. (Orgs.). Escritos de educação. 3. Ed. Petrópolis: Vozes, 2003. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.9.394, de 20 de dez. de 1996.Brasília, DF: Senado, 1996. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado, 2014. Disponível em: <http://www.presidencia.gov.br>. Acesso em: 10 maio. 2017. CARRAHER, T.; SCHLIEMAN, A. Fracasso escolar: uma questão social. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, n. 45, p. 3-19, mai.1983. CHARLOT, B. A construção social da noção de fracasso escolar: do objeto sociomediático ao objeto da pesquisa. In: ARROYO, M. G.;ABRAMOWICZ, A. (Orgs.) A reconfiguração da escola. Campinas: Papirus, 2009. CYRULNIK, B. Os patinhos feios. São Paulo: Martins Fontes, 2004. CUNHA, L.A. Educação e desenvolvimento sócial no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1981. DOMINICÉ, P. A biografia educativa: instrumento de investigação para a educação de adultos. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: MS/DRHS/CFAP, 1988. DUBET, F. A escola e a exclusão. Trad. Neide Luiza de Rezende. Cadernos de Pesquisa, nº. 119, p. 29-45, julho/2008. FAO. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Disponível em: <http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4792836,00.html>. Acesso em: ago.2017. FREIRE, P. Introdução. In: SNYDERS, G. Alunos felizes: reflexão sobre a alegria na escola a partir de textos literários. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. ______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004 (Coleção leitura). FREITAS, L. A. Internalização da exclusão. Educação e Sociedade,.Campinas, v. 23, n. 80, p. 299-325, 2002. FURLANETTO, E.C. Como nasce um professor: Uma reflexão sobre o processo de individuação e formação.São Paulo. Editora Paulus, 2003. GALEANO, E. O Livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM,2005. INEP. Situação da educação Básica no Brasil /Organização: Maria Helena Guimarães Castro, Áurea Maria Queiroz Davanzo. Brasília. 1999. JESUS, C.M. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo.:Ática, 2014. JOSSO, M.C. História de vida e projeto: a história de vida como projeto e as “histórias de vida” a serviço de projetos. Educação e Pesquisa. São Paulo,v. 25 n.2.jul./dez.1999. ______. Caminhar para si. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2010. LAHIRE, B. Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável. São Paulo: Ática, 1997. LARROSA, J. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n.19, p.21, 2002. LOUZANO, P. Fracasso escolar: evolução das oportunidades educacionais de estudantes de diferentes grupos raciais. Cadernos Cenpec.São Paulo, v.3, n.1, p. 111-133,/jun.2013. MONÇÃO, M.A. G. Gestão democrática na educação infantil: o compartilhamento da educação da criança pequena. 2013. Tese (doutorado em educação) Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013. NIETZSCHE, F.W. Assim falou Zaratustra. Disponível em: <http://pt.wikisource.org/wiki/Assim_falou_Zaratustra>Acesso em: set. 2017. NÓVOA, A. Os professores e as Histórias da sua vida. In: NÓVOA. A. (org.). Vidas de professores. Portugal: Porto Editora, 1992. OECD, PISA 2015 Results: Students’Well-Being. PISA, Volume III. Paris: OCDE Publishing, 2017. OLIVEIRA, Dimas C. Marx e o Despontar do Socialismo. São Paulo: Discovery, 2015. PARO, V.H. Estrutura da escola e prática educacional democrática. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 30, 2007. PASSEGGI, M.C. A experiência em formação. Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 2, p. 149, maio/ago. 2011. ______; SOUZA, E.C.; VICENTINI, P.P. Entre a vida e a formação: pesquisa (auto)biográfica, docência e profissionalização. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 27, n. 1,p. 369-386,abril, 2011,. PATTO, M. H.S. Produção do fracasso escolar. São Paulo: T.A. Queiroz, 1991. ______. Para uma crítica da razão psicométrica. Revista de Psicologia USP. São Paulo, v. 8, n. 1, p. 47-62, 1997. PORTAL BRASIL. Violência doméstica é a causa de dois terços das denúncias de agressões contra a mulher. <http://www.brasil.gov.br/cidadaniaejustica/2016/11/violencia-domestica-e-causa-de-dois-tercos-das-denuncias-deagressoes-contra-a-mulher>. Acesso em: jan. 2018. RAWLS, J. Justiça como equidade: uma reformulação. São Paulo: Martins Fontes, 2003. RIBEIRO, D.F.; ANDRADE, A. dos S.A assimetria na relação entre famílias e escola pública. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 16, n. 35, p. 386, jan.2006. RIBEIRO, S.C. A pedagogia da repetência. Revista de Estudos Avançados . São Paulo, v.5n.12 mai/ago.1991. RIBEIRO, V.M. Igualdade de base: fundamentos de um princípio de justiça para políticas de Educação Básica. II JORNADAS LATINOAMERICANAS DE ESTUDIOS EPISTEMOLÓGICOS EM POLÍTICA EDUCATIVA. Curitiba, p.28, ago. 2014. ______. Que princípio de justiça para a educação básica? Cadernos de Pesquisa, São Paulo v.44, n. 154, 2015. ROCHA, A. Contribuição das revisões de pesquisa internacionais ao tema evasão e repetência no primeiro grau. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 45, p. 57-65, 1983. ROSA, J.G. Primeiras estórias. 15. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. SAINT-EXUPÉRY, A. Terra dos homen.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016. SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000. ______. Encontro com Milton Santos. Caliban Produções Cinematográficas. Direção de Silvio Tendler, DVD (89 min.) 2006. SARTI, C.A. A família como espelho: um estudo sobre a moral dos pobres. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2010. SARTRE, J.P. Saint Genet: comédien et martyr. Paris: Gallimard, 1952. XAVIER, I. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório do Centro Universitário Braz Cubasinstname:Centro Universitário Braz Cubas (CUB)instacron:CUB2020-03-30T14:51:23Zoai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/308Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.brazcubas.edu.br/oai/requestbibli@brazcubas.edu.bropendoar:2020-03-30T14:51:23Repositório do Centro Universitário Braz Cubas - Centro Universitário Braz Cubas (CUB)false
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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado, 2014. Disponível em: <http://www.presidencia.gov.br>. Acesso em: 10 maio. 2017. CARRAHER, T.; SCHLIEMAN, A. Fracasso escolar: uma questão social. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, n. 45, p. 3-19, mai.1983. CHARLOT, B. A construção social da noção de fracasso escolar: do objeto sociomediático ao objeto da pesquisa. In: ARROYO, M. G.;ABRAMOWICZ, A. (Orgs.) A reconfiguração da escola. Campinas: Papirus, 2009. CYRULNIK, B. Os patinhos feios. São Paulo: Martins Fontes, 2004. CUNHA, L.A. Educação e desenvolvimento sócial no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1981. DOMINICÉ, P. A biografia educativa: instrumento de investigação para a educação de adultos. In: NÓVOA, A.; FINGER, M. O método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: MS/DRHS/CFAP, 1988. DUBET, F. A escola e a exclusão. Trad. Neide Luiza de Rezende. Cadernos de Pesquisa, nº. 119, p. 29-45, julho/2008. FAO. 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In: NÓVOA. A. (org.). Vidas de professores. Portugal: Porto Editora, 1992. OECD, PISA 2015 Results: Students’Well-Being. PISA, Volume III. Paris: OCDE Publishing, 2017. OLIVEIRA, Dimas C. Marx e o Despontar do Socialismo. São Paulo: Discovery, 2015. PARO, V.H. Estrutura da escola e prática educacional democrática. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 30, 2007. PASSEGGI, M.C. A experiência em formação. Educação, Porto Alegre, v. 34, n. 2, p. 149, maio/ago. 2011. ______; SOUZA, E.C.; VICENTINI, P.P. Entre a vida e a formação: pesquisa (auto)biográfica, docência e profissionalização. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 27, n. 1,p. 369-386,abril, 2011,. PATTO, M. H.S. Produção do fracasso escolar. São Paulo: T.A. Queiroz, 1991. ______. Para uma crítica da razão psicométrica. Revista de Psicologia USP. São Paulo, v. 8, n. 1, p. 47-62, 1997. PORTAL BRASIL. 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