O Modelo de Racionamento de Crédito e a Política Monetária Novo-Keynesiana: Uma Análise Crítica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Economia Política |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572000000200242 |
Resumo: | RESUMO O artigo discute e critica o modelo de racionamento de crédito (CRM) e seu uso para apoiar a abordagem nova-Keynesiana da política monetária. Após analisar o funcionamento do modelo nas diferentes fases do ciclo de negócios, conclui-se que: (i) na fase ascendente, o equilíbrio do racionamento da demanda - que é uma condição para a recomendação da política monetária anticíclica no âmbito do CRM - não é plausível como um fenômeno macroeconômico, mas apenas no nível microeconômico; (ii) na fase descendente, embora o racionamento da demanda seja um equilíbrio plausível, não ocorre pela razão alegada pelo CRM (rigidez da taxa de juros), nem atua a favor do mecanismo de transmissão da política monetária. Essas conclusões implicam a rejeição do CRM como base teórica para a análise da política monetária, bem como da nova abordagem Keynesiana sobre esse tema. Finalmente, argumenta-se que, no nível macroeconômico, a contribuição teórica única do CRM é justificar intervenções “verticais” do governo nos mercados financeiros, por meio de políticas de financiamento para setores ou projetos cujos riscos são mais difíceis de estimar, notadamente, em infraestrutura. setores de infraestrutura, P&D e novas tecnologias. |
id |
EDITORA_34-1_3c9b054f8b8c7814074775a3285b3fc4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0101-31572000000200242 |
network_acronym_str |
EDITORA_34-1 |
network_name_str |
Revista de Economia Política |
repository_id_str |
|
spelling |
O Modelo de Racionamento de Crédito e a Política Monetária Novo-Keynesiana: Uma Análise CríticaModelo de racionamento de créditopolítica monetáriapolítica anticíclicamercado de créditoRESUMO O artigo discute e critica o modelo de racionamento de crédito (CRM) e seu uso para apoiar a abordagem nova-Keynesiana da política monetária. Após analisar o funcionamento do modelo nas diferentes fases do ciclo de negócios, conclui-se que: (i) na fase ascendente, o equilíbrio do racionamento da demanda - que é uma condição para a recomendação da política monetária anticíclica no âmbito do CRM - não é plausível como um fenômeno macroeconômico, mas apenas no nível microeconômico; (ii) na fase descendente, embora o racionamento da demanda seja um equilíbrio plausível, não ocorre pela razão alegada pelo CRM (rigidez da taxa de juros), nem atua a favor do mecanismo de transmissão da política monetária. Essas conclusões implicam a rejeição do CRM como base teórica para a análise da política monetária, bem como da nova abordagem Keynesiana sobre esse tema. Finalmente, argumenta-se que, no nível macroeconômico, a contribuição teórica única do CRM é justificar intervenções “verticais” do governo nos mercados financeiros, por meio de políticas de financiamento para setores ou projetos cujos riscos são mais difíceis de estimar, notadamente, em infraestrutura. setores de infraestrutura, P&D e novas tecnologias.Centro de Economia Política2000-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572000000200242Brazilian Journal of Political Economy v.20 n.2 2000reponame:Revista de Economia Políticainstname:EDITORA 34instacron:EDITORA_3410.1590/0101-31572000-1091info:eu-repo/semantics/openAccessHERMANN,JENNIFERpor2022-02-21T00:00:00Zoai:scielo:S0101-31572000000200242Revistahttps://centrodeeconomiapolitica.org.br/repojs/index.php/journalONGhttps://centrodeeconomiapolitica.org.br/repojs/index.php/journal/oai||cecilia.heise@bjpe.org.br1809-45380101-3157opendoar:2022-02-21T00:00Revista de Economia Política - EDITORA 34false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O Modelo de Racionamento de Crédito e a Política Monetária Novo-Keynesiana: Uma Análise Crítica |
title |
O Modelo de Racionamento de Crédito e a Política Monetária Novo-Keynesiana: Uma Análise Crítica |
spellingShingle |
O Modelo de Racionamento de Crédito e a Política Monetária Novo-Keynesiana: Uma Análise Crítica HERMANN,JENNIFER Modelo de racionamento de crédito política monetária política anticíclica mercado de crédito |
title_short |
O Modelo de Racionamento de Crédito e a Política Monetária Novo-Keynesiana: Uma Análise Crítica |
title_full |
O Modelo de Racionamento de Crédito e a Política Monetária Novo-Keynesiana: Uma Análise Crítica |
title_fullStr |
O Modelo de Racionamento de Crédito e a Política Monetária Novo-Keynesiana: Uma Análise Crítica |
title_full_unstemmed |
O Modelo de Racionamento de Crédito e a Política Monetária Novo-Keynesiana: Uma Análise Crítica |
title_sort |
O Modelo de Racionamento de Crédito e a Política Monetária Novo-Keynesiana: Uma Análise Crítica |
author |
HERMANN,JENNIFER |
author_facet |
HERMANN,JENNIFER |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
HERMANN,JENNIFER |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Modelo de racionamento de crédito política monetária política anticíclica mercado de crédito |
topic |
Modelo de racionamento de crédito política monetária política anticíclica mercado de crédito |
description |
RESUMO O artigo discute e critica o modelo de racionamento de crédito (CRM) e seu uso para apoiar a abordagem nova-Keynesiana da política monetária. Após analisar o funcionamento do modelo nas diferentes fases do ciclo de negócios, conclui-se que: (i) na fase ascendente, o equilíbrio do racionamento da demanda - que é uma condição para a recomendação da política monetária anticíclica no âmbito do CRM - não é plausível como um fenômeno macroeconômico, mas apenas no nível microeconômico; (ii) na fase descendente, embora o racionamento da demanda seja um equilíbrio plausível, não ocorre pela razão alegada pelo CRM (rigidez da taxa de juros), nem atua a favor do mecanismo de transmissão da política monetária. Essas conclusões implicam a rejeição do CRM como base teórica para a análise da política monetária, bem como da nova abordagem Keynesiana sobre esse tema. Finalmente, argumenta-se que, no nível macroeconômico, a contribuição teórica única do CRM é justificar intervenções “verticais” do governo nos mercados financeiros, por meio de políticas de financiamento para setores ou projetos cujos riscos são mais difíceis de estimar, notadamente, em infraestrutura. setores de infraestrutura, P&D e novas tecnologias. |
publishDate |
2000 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2000-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572000000200242 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572000000200242 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/0101-31572000-1091 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Economia Política |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Economia Política |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Political Economy v.20 n.2 2000 reponame:Revista de Economia Política instname:EDITORA 34 instacron:EDITORA_34 |
instname_str |
EDITORA 34 |
instacron_str |
EDITORA_34 |
institution |
EDITORA_34 |
reponame_str |
Revista de Economia Política |
collection |
Revista de Economia Política |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Economia Política - EDITORA 34 |
repository.mail.fl_str_mv |
||cecilia.heise@bjpe.org.br |
_version_ |
1754122479391997952 |