Política monetária no Brasil em tempos de pandemia
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista de Economia Política |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572022000100150 |
Resumo: | RESUMO O artigo discute a determinação da inflação no Brasil, sobretudo a partir da grande recessão de 2015-2016, para avaliar a adequação da política de manipulação de taxas de juros para controlar a alta de preços decorrente de pressão permanente de custos. O ônus de usar a taxa de juros para combater inflação de custo é criar um nível altamente convencional da taxa de juros real, o que, em uma economia financeirizada, beneficia a classe dos rentistas. À luz da macroeconomia pós-keynesiana, a convenção de alta taxa de juros mantém a economia com baixa taxa de crescimento e baixa taxa de investimento, o que no caso da economia brasileira tem resultado em regressão da matriz produtiva e estagnação da produtividade e ambos contribuem para perpetuar as pressões de custo sobre os preços. A análise empírica corrobora a discussão de que a inflação recente teve sua origem em pressões de custos sobre as quais o impacto da taxa de juros para seu controle é limitado. Complementamos a análise empírica testando a resposta à taxa de juros SELIC das variáveis utilizadas para explicar a flutuação dos preços livres e dos preços administrados: índice de preços de commodities, taxa de câmbio e nível de atividade. Conforme esperado, o impacto da alta da taxa de juros valoriza a taxa de câmbio, favorecendo o controle da inflação e reduzindo o nível de atividade, mas não tem impacto no índice de preços das commodities. |
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