Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bazzi,Talissa
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Melo,Stella Maris P. de, Fighera,Rafael A., Kommers,Glaucia D.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2016000400303
Resumo: Resumo Esporotricose é uma infecção fúngica causada por espécies do complexo Sporothrix, vista com maior frequência em gatos, equinos e cães. Os principais objetivos deste estudo retrospectivo foram caracterizar os aspectos histomorfológicos e histoquímicos da esporotricose em 10 gatos, além de avaliar os aspectos epidemiológicos, clínicos e os achados macroscópicos desses 10 casos, obtidos dos protocolos de biópsias e necropsias dos arquivos do Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria. A doença acometeu predominantemente gatos machos, sem raça definida e apresentou-se principalmente na forma cutânea disseminada. As lesões macroscópicas caracterizaram-se como nódulos cutâneos (ulcerados ou não) e como massas e placas ulceradas. Na histopatologia observou-se uma relação entre a quantidade de leveduras observada e dois padrões de resposta inflamatória. O primeiro padrão caracterizou-se por numerosas leveduras que se encontravam, na sua maioria, no interior de numerosos macrófagos com citoplasma abundante e muitas vezes vacuolizado. Nesse padrão, a quantidade de neutrófilos variava de leve a moderada. O segundo padrão caracterizava-se por numerosas células epitelioides, infiltrado predominantemente acentuado de neutrófilos e a quantidade de leveduras era leve e estas eram observadas geralmente livres no espaço extracelular. As leveduras eram redondas, ovais ou alongadas (em forma de charuto). Foram utilizadas várias técnicas histoquímicas como a impregnação pela prata de Grocott, ácido periódico de Schiff e azul Alciano que facilitaram a visualização, caracterização da morfologia e quantificação dos organismos. A coloração de Giemsa permitiu a visualização do agente, porém não permitiu destacá-los nitidamente de outros elementos intralesionais. Os organismos foram negativos para grânulos de melanina pela coloração de Fontana-Masson em todos os casos. O estudo histomorfológico e histoquímico permitiu demonstrar características fúngicas determinantes para o estabelecimento do diagnóstico de esporotricose através dessa ferramenta diagnóstica.
id EMBRAPA-2_52830bd8c121bb0ab0a501c8b9f548c3
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-736X2016000400303
network_acronym_str EMBRAPA-2
network_name_str Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
repository_id_str
spelling Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felinaEsporotricose felinacomplexo Sporothrix sppdoenças de gatosmicose subcutâneaResumo Esporotricose é uma infecção fúngica causada por espécies do complexo Sporothrix, vista com maior frequência em gatos, equinos e cães. Os principais objetivos deste estudo retrospectivo foram caracterizar os aspectos histomorfológicos e histoquímicos da esporotricose em 10 gatos, além de avaliar os aspectos epidemiológicos, clínicos e os achados macroscópicos desses 10 casos, obtidos dos protocolos de biópsias e necropsias dos arquivos do Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria. A doença acometeu predominantemente gatos machos, sem raça definida e apresentou-se principalmente na forma cutânea disseminada. As lesões macroscópicas caracterizaram-se como nódulos cutâneos (ulcerados ou não) e como massas e placas ulceradas. Na histopatologia observou-se uma relação entre a quantidade de leveduras observada e dois padrões de resposta inflamatória. O primeiro padrão caracterizou-se por numerosas leveduras que se encontravam, na sua maioria, no interior de numerosos macrófagos com citoplasma abundante e muitas vezes vacuolizado. Nesse padrão, a quantidade de neutrófilos variava de leve a moderada. O segundo padrão caracterizava-se por numerosas células epitelioides, infiltrado predominantemente acentuado de neutrófilos e a quantidade de leveduras era leve e estas eram observadas geralmente livres no espaço extracelular. As leveduras eram redondas, ovais ou alongadas (em forma de charuto). Foram utilizadas várias técnicas histoquímicas como a impregnação pela prata de Grocott, ácido periódico de Schiff e azul Alciano que facilitaram a visualização, caracterização da morfologia e quantificação dos organismos. A coloração de Giemsa permitiu a visualização do agente, porém não permitiu destacá-los nitidamente de outros elementos intralesionais. Os organismos foram negativos para grânulos de melanina pela coloração de Fontana-Masson em todos os casos. O estudo histomorfológico e histoquímico permitiu demonstrar características fúngicas determinantes para o estabelecimento do diagnóstico de esporotricose através dessa ferramenta diagnóstica.Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA2016-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2016000400303Pesquisa Veterinária Brasileira v.36 n.4 2016reponame:Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)instname:Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)instacron:EMBRAPA10.1590/S0100-736X2016000400009info:eu-repo/semantics/openAccessBazzi,TalissaMelo,Stella Maris P. deFighera,Rafael A.Kommers,Glaucia D.por2016-07-15T00:00:00Zoai:scielo:S0100-736X2016000400303Revistahttp://www.pvb.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcolegio@cbpa.org.br||pvb@pvb.com.br0100-736X1678-5150opendoar:2016-07-15T00:00Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)false
dc.title.none.fl_str_mv Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina
title Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina
spellingShingle Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina
Bazzi,Talissa
Esporotricose felina
complexo Sporothrix spp
doenças de gatos
micose subcutânea
title_short Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina
title_full Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina
title_fullStr Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina
title_full_unstemmed Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina
title_sort Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina
author Bazzi,Talissa
author_facet Bazzi,Talissa
Melo,Stella Maris P. de
Fighera,Rafael A.
Kommers,Glaucia D.
author_role author
author2 Melo,Stella Maris P. de
Fighera,Rafael A.
Kommers,Glaucia D.
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Bazzi,Talissa
Melo,Stella Maris P. de
Fighera,Rafael A.
Kommers,Glaucia D.
dc.subject.por.fl_str_mv Esporotricose felina
complexo Sporothrix spp
doenças de gatos
micose subcutânea
topic Esporotricose felina
complexo Sporothrix spp
doenças de gatos
micose subcutânea
description Resumo Esporotricose é uma infecção fúngica causada por espécies do complexo Sporothrix, vista com maior frequência em gatos, equinos e cães. Os principais objetivos deste estudo retrospectivo foram caracterizar os aspectos histomorfológicos e histoquímicos da esporotricose em 10 gatos, além de avaliar os aspectos epidemiológicos, clínicos e os achados macroscópicos desses 10 casos, obtidos dos protocolos de biópsias e necropsias dos arquivos do Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria. A doença acometeu predominantemente gatos machos, sem raça definida e apresentou-se principalmente na forma cutânea disseminada. As lesões macroscópicas caracterizaram-se como nódulos cutâneos (ulcerados ou não) e como massas e placas ulceradas. Na histopatologia observou-se uma relação entre a quantidade de leveduras observada e dois padrões de resposta inflamatória. O primeiro padrão caracterizou-se por numerosas leveduras que se encontravam, na sua maioria, no interior de numerosos macrófagos com citoplasma abundante e muitas vezes vacuolizado. Nesse padrão, a quantidade de neutrófilos variava de leve a moderada. O segundo padrão caracterizava-se por numerosas células epitelioides, infiltrado predominantemente acentuado de neutrófilos e a quantidade de leveduras era leve e estas eram observadas geralmente livres no espaço extracelular. As leveduras eram redondas, ovais ou alongadas (em forma de charuto). Foram utilizadas várias técnicas histoquímicas como a impregnação pela prata de Grocott, ácido periódico de Schiff e azul Alciano que facilitaram a visualização, caracterização da morfologia e quantificação dos organismos. A coloração de Giemsa permitiu a visualização do agente, porém não permitiu destacá-los nitidamente de outros elementos intralesionais. Os organismos foram negativos para grânulos de melanina pela coloração de Fontana-Masson em todos os casos. O estudo histomorfológico e histoquímico permitiu demonstrar características fúngicas determinantes para o estabelecimento do diagnóstico de esporotricose através dessa ferramenta diagnóstica.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-04-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2016000400303
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2016000400303
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-736X2016000400009
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA
publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA
dc.source.none.fl_str_mv Pesquisa Veterinária Brasileira v.36 n.4 2016
reponame:Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
instname:Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)
instacron:EMBRAPA
instname_str Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)
instacron_str EMBRAPA
institution EMBRAPA
reponame_str Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
collection Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
repository.name.fl_str_mv Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)
repository.mail.fl_str_mv colegio@cbpa.org.br||pvb@pvb.com.br
_version_ 1754122235971371008