Mastocitoma cutâneo canino: estudo retrospectivo dos casos atendidos pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp, Campus Jaboticabal, de 2005 a 2015
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2018000901808 |
Resumo: | RESUMO: Este estudo teve como objetivo analisar os casos de mastocitomas cutâneos em cães atendidos no Hospital Veterinário Governador Laudo Natel da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) Unesp Câmpus Jaboticabal, no período de 2005 a 2015, além de avaliar a ocorrência dessa neoplasia em relação à raça, sexo e idade; determinar as regiões corpóreas mais acometidas e as características neoplásicas observadas, assim como, os métodos de diagnóstico mais utilizados no setor, estabelecer os principais graus histológicos diagnosticados e os tratamentos preconizados, verificar alterações de tamanho em relação aos linfonodos, à taxa de recidiva, metástase e possíveis associações entre as variáveis consideradas. Foram avaliados 192 prontuários clínicos de pacientes e observou-se que os cães sem raça definida (SRD) (n=46, 23,96%) foram os mais acometidos, seguidos por cães da raça Boxer (n=40, 20,83%) e Pit bull (n=27, 14,06%). A maioria dos cães eram fêmeas (n=107, 55,7%), e com idade de 7 a 11 anos (n=120, 62,5%). Do total, 32 pacientes apresentaram (16,7%) tumores localizados em membro pélvico, seguidos por nódulos em membro torácico (10,4%, n=20). Sessenta e cinco animais possuíam nódulos ulcerados (33,9%), sendo 96 nódulos de consistência firme (50%). Setenta e seis animais apresentavam múltiplos nódulos (39,6%) e aqueles acima de três centímetros perfaziam 39,1% da amostra (n=75). O método mais utilizado para o diagnóstico foi a punção aspirativa por agulha fina associado à histopatologia (HT), totalizando 39,8% dos nódulos (n=66), seguido pela HT com 37,3% (n=62). Em relação às variáveis histológicas, 18 pacientes apresentaram grau I (11,8%), 112 com grau II (73,7%) e 22 com grau III (14,5%) de acordo com Patnaik et al. (1984). Segundo a classificação de Kiupel et al. (2011), 37 casos foram classificados como de alto grau (35,2%) e 68 como sendo de baixo grau (64,8%). Foi observada associação estatística quando se avaliou a presença de nódulos solitários/múltiplos e o grau histológico, segundo Patnaik et al. (1984) (p=0,008) e Kiupel et al. (2011) (p=0,004), sendo que nódulos com piores características prognósticas eram mais frequentes nos animais diagnosticados com múltiplos nódulos, independente da classificação histológica empregada. Também foi observada a associação entre a presença de nódulos múltiplos com estadio II ou IV (p<0,001) e com a presença de recidiva (p=0,001). Em relação à classificação histológica de Kiupel et al. (2011) foi possível observar associação estatística entre o grau histológico e o tamanho do tumor (p=0,001), a consistência (p=0,028) e a velocidade de crescimento do nódulo (p<0,001); aumento de linfonodo (p<0,001) e o tratamento empregado (p=0,002). Nódulos com tamanho superior a três centímetros (56,8%, n=21) e de crescimento rápido (52,9%, n=36%), eram mais frequentes nos tumores de alto grau. Aumento de linfonodo (80,6%, n=25) e tratamento quimioterápico (83,3%, n=5) também estavam associados a pacientes com alto grau histológico. Em relação à classificação de Patnaik et al. (1984), as variáveis raça e sexo diferiram proporcionalmente entre os grupos histológicos (p=0,008 e 0,040 respectivamente), sendo que o aumento do linfonodo e o crescimento rápido do tumor também tiveram associação com o grau histológico (p=0,002 e 0,001). Quase a metade dos pacientes (47,4%) foi submetidas ao tratamento cirúrgico e quimioterápico (n=91), sendo que em 31,3% (n=60) dos pacientes realizou-se apenas o procedimento cirúrgico. Sessenta e um animais (31,8%) apresentaram aumento de tamanho em linfonodos regionais (31,8%), sendo que 71,9% dos nódulos avaliados tiveram crescimento rápido. O tempo de evolução clínica do tumor foi menor ou igual a um ano, em 158 pacientes (82,3%), seguido por 25 pacientes (13%) com evolução de 1 a 2 anos. Foram observados 66 casos (40,5%) de recidiva e 16 (8,3%) de metástase à distância. Com este estudo, pode-se concluir que cães sem raça definida são os mais acometidos pelo mastocitoma cutâneo, na região de Jaboticabal, seguido por cães da raça Boxer, com idade variando entre 7 e 11 anos, não sendo observada predileção sexual; os nódulos encontrados eram predominantemente não ulcerados, solitários e menores que três centímetros; a maioria dos pacientes apresentou mastocitoma grau II, segundo Patnaik et al. (1984) e baixo grau segundo Kiupel et al. (2011); não se observou recidiva, em sua maioria, nem metástase em linfonodos e/ou a distância; o diagnóstico mais utilizado foi a punção aspirativa por agulha fina associada à histopatologia; a localização dos nódulos era mais prevalente nos membros pélvicos e torácicos, seguido por cabeça e pescoço. A consistência dos nódulos era de apresentação firme ou macia; e a metade dos pacientes foi submetida ao procedimento cirúrgico associado à quimioterapia antineoplásica. |
id |
EMBRAPA-2_d5695e1469ecd41829cbe2700e560c16 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-736X2018000901808 |
network_acronym_str |
EMBRAPA-2 |
network_name_str |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Mastocitoma cutâneo canino: estudo retrospectivo dos casos atendidos pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp, Campus Jaboticabal, de 2005 a 2015Mastocitoma cutâneocaninosoncologiaJaboticabalSão Pauloneoplasiapatologia.RESUMO: Este estudo teve como objetivo analisar os casos de mastocitomas cutâneos em cães atendidos no Hospital Veterinário Governador Laudo Natel da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) Unesp Câmpus Jaboticabal, no período de 2005 a 2015, além de avaliar a ocorrência dessa neoplasia em relação à raça, sexo e idade; determinar as regiões corpóreas mais acometidas e as características neoplásicas observadas, assim como, os métodos de diagnóstico mais utilizados no setor, estabelecer os principais graus histológicos diagnosticados e os tratamentos preconizados, verificar alterações de tamanho em relação aos linfonodos, à taxa de recidiva, metástase e possíveis associações entre as variáveis consideradas. Foram avaliados 192 prontuários clínicos de pacientes e observou-se que os cães sem raça definida (SRD) (n=46, 23,96%) foram os mais acometidos, seguidos por cães da raça Boxer (n=40, 20,83%) e Pit bull (n=27, 14,06%). A maioria dos cães eram fêmeas (n=107, 55,7%), e com idade de 7 a 11 anos (n=120, 62,5%). Do total, 32 pacientes apresentaram (16,7%) tumores localizados em membro pélvico, seguidos por nódulos em membro torácico (10,4%, n=20). Sessenta e cinco animais possuíam nódulos ulcerados (33,9%), sendo 96 nódulos de consistência firme (50%). Setenta e seis animais apresentavam múltiplos nódulos (39,6%) e aqueles acima de três centímetros perfaziam 39,1% da amostra (n=75). O método mais utilizado para o diagnóstico foi a punção aspirativa por agulha fina associado à histopatologia (HT), totalizando 39,8% dos nódulos (n=66), seguido pela HT com 37,3% (n=62). Em relação às variáveis histológicas, 18 pacientes apresentaram grau I (11,8%), 112 com grau II (73,7%) e 22 com grau III (14,5%) de acordo com Patnaik et al. (1984). Segundo a classificação de Kiupel et al. (2011), 37 casos foram classificados como de alto grau (35,2%) e 68 como sendo de baixo grau (64,8%). Foi observada associação estatística quando se avaliou a presença de nódulos solitários/múltiplos e o grau histológico, segundo Patnaik et al. (1984) (p=0,008) e Kiupel et al. (2011) (p=0,004), sendo que nódulos com piores características prognósticas eram mais frequentes nos animais diagnosticados com múltiplos nódulos, independente da classificação histológica empregada. Também foi observada a associação entre a presença de nódulos múltiplos com estadio II ou IV (p<0,001) e com a presença de recidiva (p=0,001). Em relação à classificação histológica de Kiupel et al. (2011) foi possível observar associação estatística entre o grau histológico e o tamanho do tumor (p=0,001), a consistência (p=0,028) e a velocidade de crescimento do nódulo (p<0,001); aumento de linfonodo (p<0,001) e o tratamento empregado (p=0,002). Nódulos com tamanho superior a três centímetros (56,8%, n=21) e de crescimento rápido (52,9%, n=36%), eram mais frequentes nos tumores de alto grau. Aumento de linfonodo (80,6%, n=25) e tratamento quimioterápico (83,3%, n=5) também estavam associados a pacientes com alto grau histológico. Em relação à classificação de Patnaik et al. (1984), as variáveis raça e sexo diferiram proporcionalmente entre os grupos histológicos (p=0,008 e 0,040 respectivamente), sendo que o aumento do linfonodo e o crescimento rápido do tumor também tiveram associação com o grau histológico (p=0,002 e 0,001). Quase a metade dos pacientes (47,4%) foi submetidas ao tratamento cirúrgico e quimioterápico (n=91), sendo que em 31,3% (n=60) dos pacientes realizou-se apenas o procedimento cirúrgico. Sessenta e um animais (31,8%) apresentaram aumento de tamanho em linfonodos regionais (31,8%), sendo que 71,9% dos nódulos avaliados tiveram crescimento rápido. O tempo de evolução clínica do tumor foi menor ou igual a um ano, em 158 pacientes (82,3%), seguido por 25 pacientes (13%) com evolução de 1 a 2 anos. Foram observados 66 casos (40,5%) de recidiva e 16 (8,3%) de metástase à distância. Com este estudo, pode-se concluir que cães sem raça definida são os mais acometidos pelo mastocitoma cutâneo, na região de Jaboticabal, seguido por cães da raça Boxer, com idade variando entre 7 e 11 anos, não sendo observada predileção sexual; os nódulos encontrados eram predominantemente não ulcerados, solitários e menores que três centímetros; a maioria dos pacientes apresentou mastocitoma grau II, segundo Patnaik et al. (1984) e baixo grau segundo Kiupel et al. (2011); não se observou recidiva, em sua maioria, nem metástase em linfonodos e/ou a distância; o diagnóstico mais utilizado foi a punção aspirativa por agulha fina associada à histopatologia; a localização dos nódulos era mais prevalente nos membros pélvicos e torácicos, seguido por cabeça e pescoço. A consistência dos nódulos era de apresentação firme ou macia; e a metade dos pacientes foi submetida ao procedimento cirúrgico associado à quimioterapia antineoplásica.Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA2018-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2018000901808Pesquisa Veterinária Brasileira v.38 n.9 2018reponame:Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)instname:Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)instacron:EMBRAPA10.1590/1678-5150-pvb-5150info:eu-repo/semantics/openAccessSouza,Ana Carolina F.Pascoli,Ana LuciaFerreira,Marilia G.P.A.Reis Filho,Nazilton P.Silva,Izabel C.R.Santos,Rogério R.Faro,André M.Nardi,Andrigo B. Depor2018-11-01T00:00:00Zoai:scielo:S0100-736X2018000901808Revistahttp://www.pvb.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcolegio@cbpa.org.br||pvb@pvb.com.br0100-736X1678-5150opendoar:2018-11-01T00:00Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Mastocitoma cutâneo canino: estudo retrospectivo dos casos atendidos pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp, Campus Jaboticabal, de 2005 a 2015 |
title |
Mastocitoma cutâneo canino: estudo retrospectivo dos casos atendidos pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp, Campus Jaboticabal, de 2005 a 2015 |
spellingShingle |
Mastocitoma cutâneo canino: estudo retrospectivo dos casos atendidos pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp, Campus Jaboticabal, de 2005 a 2015 Souza,Ana Carolina F. Mastocitoma cutâneo caninos oncologia Jaboticabal São Paulo neoplasia patologia. |
title_short |
Mastocitoma cutâneo canino: estudo retrospectivo dos casos atendidos pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp, Campus Jaboticabal, de 2005 a 2015 |
title_full |
Mastocitoma cutâneo canino: estudo retrospectivo dos casos atendidos pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp, Campus Jaboticabal, de 2005 a 2015 |
title_fullStr |
Mastocitoma cutâneo canino: estudo retrospectivo dos casos atendidos pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp, Campus Jaboticabal, de 2005 a 2015 |
title_full_unstemmed |
Mastocitoma cutâneo canino: estudo retrospectivo dos casos atendidos pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp, Campus Jaboticabal, de 2005 a 2015 |
title_sort |
Mastocitoma cutâneo canino: estudo retrospectivo dos casos atendidos pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp, Campus Jaboticabal, de 2005 a 2015 |
author |
Souza,Ana Carolina F. |
author_facet |
Souza,Ana Carolina F. Pascoli,Ana Lucia Ferreira,Marilia G.P.A. Reis Filho,Nazilton P. Silva,Izabel C.R. Santos,Rogério R. Faro,André M. Nardi,Andrigo B. De |
author_role |
author |
author2 |
Pascoli,Ana Lucia Ferreira,Marilia G.P.A. Reis Filho,Nazilton P. Silva,Izabel C.R. Santos,Rogério R. Faro,André M. Nardi,Andrigo B. De |
author2_role |
author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Souza,Ana Carolina F. Pascoli,Ana Lucia Ferreira,Marilia G.P.A. Reis Filho,Nazilton P. Silva,Izabel C.R. Santos,Rogério R. Faro,André M. Nardi,Andrigo B. De |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Mastocitoma cutâneo caninos oncologia Jaboticabal São Paulo neoplasia patologia. |
topic |
Mastocitoma cutâneo caninos oncologia Jaboticabal São Paulo neoplasia patologia. |
description |
RESUMO: Este estudo teve como objetivo analisar os casos de mastocitomas cutâneos em cães atendidos no Hospital Veterinário Governador Laudo Natel da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) Unesp Câmpus Jaboticabal, no período de 2005 a 2015, além de avaliar a ocorrência dessa neoplasia em relação à raça, sexo e idade; determinar as regiões corpóreas mais acometidas e as características neoplásicas observadas, assim como, os métodos de diagnóstico mais utilizados no setor, estabelecer os principais graus histológicos diagnosticados e os tratamentos preconizados, verificar alterações de tamanho em relação aos linfonodos, à taxa de recidiva, metástase e possíveis associações entre as variáveis consideradas. Foram avaliados 192 prontuários clínicos de pacientes e observou-se que os cães sem raça definida (SRD) (n=46, 23,96%) foram os mais acometidos, seguidos por cães da raça Boxer (n=40, 20,83%) e Pit bull (n=27, 14,06%). A maioria dos cães eram fêmeas (n=107, 55,7%), e com idade de 7 a 11 anos (n=120, 62,5%). Do total, 32 pacientes apresentaram (16,7%) tumores localizados em membro pélvico, seguidos por nódulos em membro torácico (10,4%, n=20). Sessenta e cinco animais possuíam nódulos ulcerados (33,9%), sendo 96 nódulos de consistência firme (50%). Setenta e seis animais apresentavam múltiplos nódulos (39,6%) e aqueles acima de três centímetros perfaziam 39,1% da amostra (n=75). O método mais utilizado para o diagnóstico foi a punção aspirativa por agulha fina associado à histopatologia (HT), totalizando 39,8% dos nódulos (n=66), seguido pela HT com 37,3% (n=62). Em relação às variáveis histológicas, 18 pacientes apresentaram grau I (11,8%), 112 com grau II (73,7%) e 22 com grau III (14,5%) de acordo com Patnaik et al. (1984). Segundo a classificação de Kiupel et al. (2011), 37 casos foram classificados como de alto grau (35,2%) e 68 como sendo de baixo grau (64,8%). Foi observada associação estatística quando se avaliou a presença de nódulos solitários/múltiplos e o grau histológico, segundo Patnaik et al. (1984) (p=0,008) e Kiupel et al. (2011) (p=0,004), sendo que nódulos com piores características prognósticas eram mais frequentes nos animais diagnosticados com múltiplos nódulos, independente da classificação histológica empregada. Também foi observada a associação entre a presença de nódulos múltiplos com estadio II ou IV (p<0,001) e com a presença de recidiva (p=0,001). Em relação à classificação histológica de Kiupel et al. (2011) foi possível observar associação estatística entre o grau histológico e o tamanho do tumor (p=0,001), a consistência (p=0,028) e a velocidade de crescimento do nódulo (p<0,001); aumento de linfonodo (p<0,001) e o tratamento empregado (p=0,002). Nódulos com tamanho superior a três centímetros (56,8%, n=21) e de crescimento rápido (52,9%, n=36%), eram mais frequentes nos tumores de alto grau. Aumento de linfonodo (80,6%, n=25) e tratamento quimioterápico (83,3%, n=5) também estavam associados a pacientes com alto grau histológico. Em relação à classificação de Patnaik et al. (1984), as variáveis raça e sexo diferiram proporcionalmente entre os grupos histológicos (p=0,008 e 0,040 respectivamente), sendo que o aumento do linfonodo e o crescimento rápido do tumor também tiveram associação com o grau histológico (p=0,002 e 0,001). Quase a metade dos pacientes (47,4%) foi submetidas ao tratamento cirúrgico e quimioterápico (n=91), sendo que em 31,3% (n=60) dos pacientes realizou-se apenas o procedimento cirúrgico. Sessenta e um animais (31,8%) apresentaram aumento de tamanho em linfonodos regionais (31,8%), sendo que 71,9% dos nódulos avaliados tiveram crescimento rápido. O tempo de evolução clínica do tumor foi menor ou igual a um ano, em 158 pacientes (82,3%), seguido por 25 pacientes (13%) com evolução de 1 a 2 anos. Foram observados 66 casos (40,5%) de recidiva e 16 (8,3%) de metástase à distância. Com este estudo, pode-se concluir que cães sem raça definida são os mais acometidos pelo mastocitoma cutâneo, na região de Jaboticabal, seguido por cães da raça Boxer, com idade variando entre 7 e 11 anos, não sendo observada predileção sexual; os nódulos encontrados eram predominantemente não ulcerados, solitários e menores que três centímetros; a maioria dos pacientes apresentou mastocitoma grau II, segundo Patnaik et al. (1984) e baixo grau segundo Kiupel et al. (2011); não se observou recidiva, em sua maioria, nem metástase em linfonodos e/ou a distância; o diagnóstico mais utilizado foi a punção aspirativa por agulha fina associada à histopatologia; a localização dos nódulos era mais prevalente nos membros pélvicos e torácicos, seguido por cabeça e pescoço. A consistência dos nódulos era de apresentação firme ou macia; e a metade dos pacientes foi submetida ao procedimento cirúrgico associado à quimioterapia antineoplásica. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2018000901808 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2018000901808 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/1678-5150-pvb-5150 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA |
publisher.none.fl_str_mv |
Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA |
dc.source.none.fl_str_mv |
Pesquisa Veterinária Brasileira v.38 n.9 2018 reponame:Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) instname:Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA) instacron:EMBRAPA |
instname_str |
Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA) |
instacron_str |
EMBRAPA |
institution |
EMBRAPA |
reponame_str |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
collection |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA) |
repository.mail.fl_str_mv |
colegio@cbpa.org.br||pvb@pvb.com.br |
_version_ |
1754122238961909760 |