Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2008000100004 |
Resumo: | São relatados a epidemiologia, os sinais clínicos e aspectos macro e microscópicos de casos de harpejamento ocorridos de 2000 a 2005 em eqüinos de oito propriedades rurais de seis municípios do Rio Grande do Sul. Pelo menos 10 eqüinos foram afetados, com idades variando entre 1 e 13 anos (média de 6,2 anos) e 1-2 eqüinos foram afetados por propriedade. Dentre os fatores que podem ter influenciado o aparecimento da doença está incluída a escassez de forragem devido à seca. A presença da planta Hypochaeris radicata, freqüentemente implicada como causa de harpejamento em eqüinos, foi observada na pastagem de três entre cinco propriedades onde a ocorrência dessa planta foi investigada; em seis dessas propriedades a forragem era pouca devido à falta de chuva. A morbidade foi estimada em 17,3% e a letalidade foi perto de zero, embora dois eqüinos tenham sido submetidos à eutanásia para serem necropsiados. Os sinais clínicos característicos incluiam hiperflexão dos membros pélvicos, dificuldade de caminhar e andar com saltos tipo pulos de coelho. Foi feita uma graduação da intensidade dos sinais clínicos em um escore de números de 1 a 5, os números mais altos indicando um grau de intensidade maior. Três eqüinos foram graduados como 1, um eqüino como 2, três eqüinos como 3, um eqüino como 4 e dois eqüinos como 5. O tratamento com fenitoína em dois eqüinos e com fenitoína associada a tenectomia em um outro não resultou em melhora do quadro clínico. Quatro dos 10 cavalos com harpejamento examinados clinicamente se recuperaram sem tratamento após uma doença clínica com evolução de 2-4 meses e quatro cavalos não se recuperaram mesmo após 9-17 meses de doença clínica, quando foram examinados pela última vez. Os achados de necropsia incluíam atrofia dos músculos esqueléticos das grandes massas musculares, confirmada histologicamente. A avaliação histológica dos nervos periféricos de um eqüino afetado submetido à eutanásia revelou redução ou ausência de fibras mielinizadas. Os achados ultra-estruturais incluíam sinais de desmielinização, regeneração e remielinização de nervos periféricos. |
id |
EMBRAPA-2_df2d2212cc01401f460ed9e10d932876 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-736X2008000100004 |
network_acronym_str |
EMBRAPA-2 |
network_name_str |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do SulNeuropatianeuropatia tóxicadoenças de eqüinosSão relatados a epidemiologia, os sinais clínicos e aspectos macro e microscópicos de casos de harpejamento ocorridos de 2000 a 2005 em eqüinos de oito propriedades rurais de seis municípios do Rio Grande do Sul. Pelo menos 10 eqüinos foram afetados, com idades variando entre 1 e 13 anos (média de 6,2 anos) e 1-2 eqüinos foram afetados por propriedade. Dentre os fatores que podem ter influenciado o aparecimento da doença está incluída a escassez de forragem devido à seca. A presença da planta Hypochaeris radicata, freqüentemente implicada como causa de harpejamento em eqüinos, foi observada na pastagem de três entre cinco propriedades onde a ocorrência dessa planta foi investigada; em seis dessas propriedades a forragem era pouca devido à falta de chuva. A morbidade foi estimada em 17,3% e a letalidade foi perto de zero, embora dois eqüinos tenham sido submetidos à eutanásia para serem necropsiados. Os sinais clínicos característicos incluiam hiperflexão dos membros pélvicos, dificuldade de caminhar e andar com saltos tipo pulos de coelho. Foi feita uma graduação da intensidade dos sinais clínicos em um escore de números de 1 a 5, os números mais altos indicando um grau de intensidade maior. Três eqüinos foram graduados como 1, um eqüino como 2, três eqüinos como 3, um eqüino como 4 e dois eqüinos como 5. O tratamento com fenitoína em dois eqüinos e com fenitoína associada a tenectomia em um outro não resultou em melhora do quadro clínico. Quatro dos 10 cavalos com harpejamento examinados clinicamente se recuperaram sem tratamento após uma doença clínica com evolução de 2-4 meses e quatro cavalos não se recuperaram mesmo após 9-17 meses de doença clínica, quando foram examinados pela última vez. Os achados de necropsia incluíam atrofia dos músculos esqueléticos das grandes massas musculares, confirmada histologicamente. A avaliação histológica dos nervos periféricos de um eqüino afetado submetido à eutanásia revelou redução ou ausência de fibras mielinizadas. Os achados ultra-estruturais incluíam sinais de desmielinização, regeneração e remielinização de nervos periféricos.Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA2008-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2008000100004Pesquisa Veterinária Brasileira v.28 n.1 2008reponame:Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)instname:Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)instacron:EMBRAPA10.1590/S0100-736X2008000100004info:eu-repo/semantics/openAccessRodrigues,AlineDe La Corte,Flavio D.Graça,Dominguita L.Rissi,Daniel R.Schild,Ana L.Kommers,Glaucia D.Barros,Claudio S.L.por2008-03-27T00:00:00Zoai:scielo:S0100-736X2008000100004Revistahttp://www.pvb.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcolegio@cbpa.org.br||pvb@pvb.com.br0100-736X1678-5150opendoar:2008-03-27T00:00Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do Sul |
title |
Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do Sul |
spellingShingle |
Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do Sul Rodrigues,Aline Neuropatia neuropatia tóxica doenças de eqüinos |
title_short |
Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do Sul |
title_full |
Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do Sul |
title_fullStr |
Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do Sul |
title_full_unstemmed |
Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do Sul |
title_sort |
Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do Sul |
author |
Rodrigues,Aline |
author_facet |
Rodrigues,Aline De La Corte,Flavio D. Graça,Dominguita L. Rissi,Daniel R. Schild,Ana L. Kommers,Glaucia D. Barros,Claudio S.L. |
author_role |
author |
author2 |
De La Corte,Flavio D. Graça,Dominguita L. Rissi,Daniel R. Schild,Ana L. Kommers,Glaucia D. Barros,Claudio S.L. |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rodrigues,Aline De La Corte,Flavio D. Graça,Dominguita L. Rissi,Daniel R. Schild,Ana L. Kommers,Glaucia D. Barros,Claudio S.L. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Neuropatia neuropatia tóxica doenças de eqüinos |
topic |
Neuropatia neuropatia tóxica doenças de eqüinos |
description |
São relatados a epidemiologia, os sinais clínicos e aspectos macro e microscópicos de casos de harpejamento ocorridos de 2000 a 2005 em eqüinos de oito propriedades rurais de seis municípios do Rio Grande do Sul. Pelo menos 10 eqüinos foram afetados, com idades variando entre 1 e 13 anos (média de 6,2 anos) e 1-2 eqüinos foram afetados por propriedade. Dentre os fatores que podem ter influenciado o aparecimento da doença está incluída a escassez de forragem devido à seca. A presença da planta Hypochaeris radicata, freqüentemente implicada como causa de harpejamento em eqüinos, foi observada na pastagem de três entre cinco propriedades onde a ocorrência dessa planta foi investigada; em seis dessas propriedades a forragem era pouca devido à falta de chuva. A morbidade foi estimada em 17,3% e a letalidade foi perto de zero, embora dois eqüinos tenham sido submetidos à eutanásia para serem necropsiados. Os sinais clínicos característicos incluiam hiperflexão dos membros pélvicos, dificuldade de caminhar e andar com saltos tipo pulos de coelho. Foi feita uma graduação da intensidade dos sinais clínicos em um escore de números de 1 a 5, os números mais altos indicando um grau de intensidade maior. Três eqüinos foram graduados como 1, um eqüino como 2, três eqüinos como 3, um eqüino como 4 e dois eqüinos como 5. O tratamento com fenitoína em dois eqüinos e com fenitoína associada a tenectomia em um outro não resultou em melhora do quadro clínico. Quatro dos 10 cavalos com harpejamento examinados clinicamente se recuperaram sem tratamento após uma doença clínica com evolução de 2-4 meses e quatro cavalos não se recuperaram mesmo após 9-17 meses de doença clínica, quando foram examinados pela última vez. Os achados de necropsia incluíam atrofia dos músculos esqueléticos das grandes massas musculares, confirmada histologicamente. A avaliação histológica dos nervos periféricos de um eqüino afetado submetido à eutanásia revelou redução ou ausência de fibras mielinizadas. Os achados ultra-estruturais incluíam sinais de desmielinização, regeneração e remielinização de nervos periféricos. |
publishDate |
2008 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2008-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2008000100004 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2008000100004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0100-736X2008000100004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA |
publisher.none.fl_str_mv |
Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA |
dc.source.none.fl_str_mv |
Pesquisa Veterinária Brasileira v.28 n.1 2008 reponame:Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) instname:Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA) instacron:EMBRAPA |
instname_str |
Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA) |
instacron_str |
EMBRAPA |
institution |
EMBRAPA |
reponame_str |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
collection |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA) |
repository.mail.fl_str_mv |
colegio@cbpa.org.br||pvb@pvb.com.br |
_version_ |
1754122228729905152 |