Fixação de nitrogênio na rizosfera de Paspalum notatum e da cana-de-açúcar

• Autor(a) principal: Döbereiner, Johanna
• Data de Publicação: 2014
• Outros Autores: Day, John M., Dart, Peter J.
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online)
• Texto Completo: https://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/17499

Fixação de nitrogênio na rizosfera de Pospalum notatum, cultivar Batatais, e de cana-de-açúcar, colhidos no campo, foi estudada pelo método de redução de acetileno que avalia a atividade da nitrogenase, enzima responsável pela fixação biológica de N2. Na associação P. notatum-Azotobacter  paspali, valores equivalentes a uma fixação de 15 a 93 kg de N/ha/ano foram obtidos e quase toda a atividade se concentrou na superfície das raízes, não sendo fixadas quantidades de N consideráveis no solo. Na cana-de-açúcar associada com Beijerinckia houve, além de fixação na superfície das raízes, ainda fixação de N2 no solo, somando a atividade do conjunto planta - solo até 50 kg de N/ha/ano. A atividade da nitrogenase de ambos os sistemas foi muito sensível à pressão parcial de oxigênio, sendo 0,04 atm de O2 o valor ótimo para raízes retiradas do solo. No sistema intato planta - solo, a pO2 da atmosfera acima do solo não teve interferência, parecendo estabelecer a planta, em torno das raízes, uma pressão parcial de oxigênio adequada à atividade da nitrogenase. No P. notatum a fixação de nitrogênio foi estreitamente ligada à fotossíntese da planta. Num ciclo diurno de 16 horas a atividade da nitrogenase continuou linearmente também durante a noite, mas quando o período escuro foi prolongado, a atividade diminuiu gradativamente. Ao retornar as plantas à luz, dentro de horas houve um aumento da atividade, sendo as taxas iniciais atingidas após 15 horas de luz.