Potencial pedoclimático do Estado de Alagoas para a cultura da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, A. B. da
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: AMARAL, A. J. do, BARROS, A. H. C., SANTOS, J. C. P. dos, ARAUJO FILHO, J. C. de, MARQUES, F. A., OLIVEIRA NETO, M. B. de, GOMES, E. C., SILVEIRA, H. L. F. da, SILVA, D. F. da
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa (Infoteca-e)
Texto Completo: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1010117
Resumo: A interpretação das informações contidas nos levantamentos de solos permite espacializar o potencial pedológico, com base nas exigências específicas da cultura. O mesmo pode ser feito para aptidão climática e para a junção destes dois planos de informação, denominando-se potencial pedoclimático de ambientes para culturas agrícolas. A previsão de cenários climáticos, especialmente relacionados à pluviometria, é importante para auxiliar na tomada de decisão, principalmente, por parte dos produtores e de agentes financiadores. Este trabalho foi realizado por meio de parceria entre a Embrapa Solos UEP-Recife e a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Agrário do Estado de Alagoas - SEAGRIAL. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial pedoclimático do Estado de Alagoas para a cultura da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.). Na obtenção do potencial pedoclimático, as informações do levantamento de solos do estado, na escala 1:100.000, foram interpretadas considerando dois níveis tecnológicos para o manejo das terras e da cultura (média tecnologia - manejo B e alta tecnologia - manejo C) e cruzadas com as informações obtidas para a aptidão climática da cultura considerando três cenários pluviométricos: anos chuvosos, anos regulares e anos secos. O cruzamento foi realizado por meio de técnicas de geoprocessamento com o auxílio do software ArcGis, obtendo-se os mapas de potencial pedoclimático. O resultado das interpretações foi organizado em quatro classes de potencial pedoclimático: Preferencial, Médio, Baixo e Muito Baixo. Os resultados indicam que a extensão territorial das classes de potencial pedoclimático apresenta variações em função do nível de manejo adotado e do cenário pluviométrico considerado. Em geral, no manejo com alta tecnologia (manejo C) e no cenário pluviométrico de anos regulares, as áreas com potencial Preferencial localizam-se nas Mesorregiões do Leste e partes do Agreste Alagoanos, onde as condições de solo e de clima são mais favoráveis para o cultivo de cana-de-açúcar, abrangendo 6.468 km2 (23% da área estadual). Os ambientes com potencial Médio, no manejo B, ocorrem em 36% da área estadual e no manejo C ocupam 13%. Esses ambientes apresentam limitações de solo e, ou de clima. As áreas com potenciais pedoclimáticos Baixo e Muito Baixo, independentes do manejo, ocupam 61% da área estadual e apresentam limitações fortes e/ou muito fortes de solo e/ou de clima. Localizam-se, principalmente no Sertão e partes do Agreste. Esses potenciais também ocorrem na zona úmida costeira, nos ambientes onde o relevo impõe fortes restrições de uso e manejo do solo e da cultura, independentemente do nível de manejo considerado.
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