Resistência de clones de cajueiro à mosca-branca-do-cajueiro aleurodicus cocois (curtis, 1846) (hemiptera: aleyrodidae) e aspectos biológicos do inseto.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, E. S.
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1102026
Resumo: A cultura do cajueiro, Anacardium occidentale L. é uma das mais importantes fontes de emprego e renda no Nordeste brasileiro. Entre os principais problemas que reduzem o potencial dessa cultura está a mosca-branca-do-cajueiro, Aleurodicus cocois (Curtis, 1846) (Hemiptera: Aleyrodidae), que se encontra disseminada por todas as regiões produtoras, no Brasil. Para minimizar os impactos dessa praga, tem se utilizado produtos químicos de forma indiscriminada, o que aumenta o risco de desenvolvimento de populações resistentes. Assim, é evidente a necessidade de pesquisas que busquem o desenvolvimento de métodos de controle que ofereçam uma solução prática e segura. Dessa forma, objetivou-se estudar os aspectos biológicos de A. cocois e a resistência de clones de cajueiro-anão frente ao seu ataque. A duração média do ciclo biológico (ovo-adulto) da mosca-branca-do-cajueiro, no clone CCP76, foi de 33,1 dias, e a praga leva em torno de seis meses para atingir o nível máximo de infestação, colonizando toda a folha. A resistência foi avaliada em condições de campo (Campo experimental em Pacajus-CE) para 25 clones e, em condições de laboratório para os clones CCP 76, BRS 226, EMBRAPA 51, BRS 274 e PRO 143/7. Não houve diferenças estatísticas significativas entre os clones, quanto à infestação de mosca-branca-do- cajueiro, no campo. Em laboratório, o clone PRO 143/7 destacou-se por atrair um menor número de adultos, em relação aos demais clones, além de ter sido menos ovipositado, no teste sem chance de escolha. Na avaliação de oviposição, sob livre escolha, o clone CCP 76 foi o mais preferido. Para a caracterização da resistência morfológica e química dos clones, realizou-se a quantificação de tricomas, estrias cuticulares entre estômatos, espessura foliar, espessura da epiderme nas duas faces foliares, em Microscópio Eletrônico de Varredura, além da detecção histoquímica de compostos fenólicos totais das folhas de cajueiro, por meio de Microscopia Confocal e Ótica. Houve correlação negativa entre o número de tricomas e o número de ovos, revelando que os tricomas glandulares interferem negativamente na oviposição de A. cocois. O clone PRO 143/7 destacou-se por apresentar a maior média de número de tricomas glandulares na face abaxial e forte detecção de compostos fenólicos nos dois estudos com microscopia, indicando novamente que esse clone pode possuir fatores de resistência a A. cocois.
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