Resistência à verminose e suplementação proteica no periparto: efeito no parasitismo e no desempenho reprodutivo de ovelhas do grupamento racial pantaneiro.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FERNANDES, L. H.
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: CATTO, J. B., REIS, F. A., FEIJO, G. L. D., GUIMARAES, N. G. P., COSTA, J. A. A. da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1079135
Resumo: Resumo: Os objetivos do trabalho foram avaliar o efeito do grau de resistência à verminose e da suplementação proteica nos índices reprodutivos e no parasitismo em ovelhas do grupamento racial Pantaneiro. As ovelhas foram classificadas pelo número de ovos de nematodas por grama de fezes (OPG) como resistentes (RR), sensíveis (SS) e intermediárias (RS), e submetidas (SUPL) ou não (NSUPL) à suplementação durante o terço final da gestação e na lactação. Em dois ciclos reprodutivos, a cada 28 dias, as ovelhas foram pesadas e tratadas com anti-helmínticos quando o OPG apresentava-se ≥ 4000. O peso das ovelhas não foi influenciado pelo grau de resistência aos nematódeos e a suplementação teve efeito no peso somente no período em que foi ofertada. As taxas de natalidade e de desmame não foram influenciadas pelo grau de resistência e pela suplementação. A taxa de mortalidade de crias foi menor no grupo SUPL. A taxa de mortalidade de ovelhas foi três vezes mais elevada no grupo SS em relação ao grupo RR e o peso das crias foi menor no grupo SS em relação aos grupos RR e RS. Os três grupos mostraram picos no OPG durante o terço final da gestação, mas as médias foram sempre menores no grupo RR que, no geral, necessitaram 2,5 vezes menos tratamentos anti-helmínticos que as SS. A suplementação não apresentou correlação com o OPG e com o número de tratamentos anti-helmínticos. A classificação de ovelhas pelo OPG em resistentes aos nematodas proporcionou menor número de tratamentos anti-helmínticos, menor taxa de mortalidade de ovelhas e peso maior das crias ao nascimento. [Worm resistance and protein supplementation in peripartum: effect on parasitism and reproductive performance of sheep from pantaneiro breed group]. Abstract: The objectives of this study were to evaluate the effect of the level of worm resistance and protein supplementation on reproductive performance and parasitism in Pantaneiro sheep. Sheep were classified by the number of nematode eggs per gram of feces (EPG) as resistant (RR), sensitive (SS), and intermediate (RS), as well as submitted (SUPL) or not (NSUPL) to supplementation during the final third of pregnancy and lactation. In both reproductive cycles, sheep were weighed every 28 days and treated with anthelmintic when EPG was ≥ 4000. The weight of the sheep was not affected by the degree of resistance to nematodes and supplementation only affected weight in the period in which it was offered. Birth and weaning rates were not affected by the degree of resistance and supplementation. Offspring mortality rate was lower in the SUPL group. Sheep mortality rate was three times higher in the SS group than in the RR group and offspring weight was lower in the SS group than in RR and RS groups. The three groups showed peaks in EPG during the final third of pregnancy; however, the averages were always lower in the RR group, which, in general, required 2.5 times less anthelmintic treatments than SS group. Supplementation had no effect on EPG and on the number of anthelmintic treatments. The classification of sheep as resistant to nematodes by EPG led to fewer anthelmintic treatments, lower sheep mortality rate and higher birth weight of offspring.
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Em dois ciclos reprodutivos, a cada 28 dias, as ovelhas foram pesadas e tratadas com anti-helmínticos quando o OPG apresentava-se ≥ 4000. O peso das ovelhas não foi influenciado pelo grau de resistência aos nematódeos e a suplementação teve efeito no peso somente no período em que foi ofertada. As taxas de natalidade e de desmame não foram influenciadas pelo grau de resistência e pela suplementação. A taxa de mortalidade de crias foi menor no grupo SUPL. A taxa de mortalidade de ovelhas foi três vezes mais elevada no grupo SS em relação ao grupo RR e o peso das crias foi menor no grupo SS em relação aos grupos RR e RS. Os três grupos mostraram picos no OPG durante o terço final da gestação, mas as médias foram sempre menores no grupo RR que, no geral, necessitaram 2,5 vezes menos tratamentos anti-helmínticos que as SS. A suplementação não apresentou correlação com o OPG e com o número de tratamentos anti-helmínticos. A classificação de ovelhas pelo OPG em resistentes aos nematodas proporcionou menor número de tratamentos anti-helmínticos, menor taxa de mortalidade de ovelhas e peso maior das crias ao nascimento. [Worm resistance and protein supplementation in peripartum: effect on parasitism and reproductive performance of sheep from pantaneiro breed group]. Abstract: The objectives of this study were to evaluate the effect of the level of worm resistance and protein supplementation on reproductive performance and parasitism in Pantaneiro sheep. Sheep were classified by the number of nematode eggs per gram of feces (EPG) as resistant (RR), sensitive (SS), and intermediate (RS), as well as submitted (SUPL) or not (NSUPL) to supplementation during the final third of pregnancy and lactation. In both reproductive cycles, sheep were weighed every 28 days and treated with anthelmintic when EPG was ≥ 4000. The weight of the sheep was not affected by the degree of resistance to nematodes and supplementation only affected weight in the period in which it was offered. Birth and weaning rates were not affected by the degree of resistance and supplementation. Offspring mortality rate was lower in the SUPL group. Sheep mortality rate was three times higher in the SS group than in the RR group and offspring weight was lower in the SS group than in RR and RS groups. The three groups showed peaks in EPG during the final third of pregnancy; however, the averages were always lower in the RR group, which, in general, required 2.5 times less anthelmintic treatments than SS group. Supplementation had no effect on EPG and on the number of anthelmintic treatments. The classification of sheep as resistant to nematodes by EPG led to fewer anthelmintic treatments, lower sheep mortality rate and higher birth weight of offspring.Luis Henrique Fernandes; JOAO BATISTA CATTO, CNPGC; FERNANDO ALVARENGA REIS, CNPC; GELSON LUIS DIAS FEIJO, CNPGC; NILTON GABRIEL PAIVA GUIMARAES, CPAA; JOSE ALEXANDRE AGIOVA DA COSTA, CNPC.FERNANDES, L. H.CATTO, J. B.REIS, F. A.FEIJO, G. L. D.GUIMARAES, N. G. P.COSTA, J. A. 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FERNANDES, L. H.
Nematódeo gastrintestinal
Índices produtivos
Ovelha Pantaneira
Ovino pantaneiro
Mato Grosso do Sul
Productivity indexes
Brasil
Supplementary feeding
Helminthoses
Ganho de peso
Helminto gastrintestinal
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Eficiência reprodutiva
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Ewes
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