Emprego do babaçu (Orbignya phalerata) como fonte energética para catetos (Tayassu tajacu).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALBUQUERQUE, N. I. de
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/409112
Resumo: O objetivo deste trabalho foi estudar o emprego de babaçu integral e do seu subproduto (torta de babaçu), como fontes energéticas alternativas substituindo parte do milho na alimentação do cateto em sistemas de produção em cativeiro. Na primeira fase do trabalho, experimento -I, avaliou-se o desempenho de 12 animais, testando-se o babaçu integral como fonte energética alternativa em substituição ao milho em rações para catetos em fase inicial de reprodução. No experimento -II avaliou-se o desempenho de 12 animais, testando-se a torta de babaçu, e após a fase de terminação os mesmos foram abatidos para análise de suas carcaças e carne. Avaliaram-se parâmetros de carcaça (rendimento, composição corporal, medidas da carcaça, órgãos e glândulas e cortes comerciais). As carnes dos pernis dos animais abatidos foram avaliadas quanto as suas propriedades (perda de peso ao cozimento, força de cisalhamento, pH e capacidade de retenção de água) e o conteúdo de ácidos graxos. O Ganho diário de peso (GDP) e o consumo diário de ração (CDR) dos animais que receberam níveis crescentes da amêndoa de babaçu integral, diminuiu a medida que a proporção do babaçu integral aumentava, mas até o nível de 25% de inclusão do mesmo os animais em fase inicial de reprodução conseguiram obter CDR satisfatório. Levando-se em conta a disponibilidade e o custo reduzido do babaçu integral na Amazônia em relação ao milho, sugere-se até o nível de 25% de babaçu integral em substituição ao milho em rações de catetos em fase inicial de reprodução. Embora não tenham sido observados efeitos significativos (P> 0,05) dos níveis de torta de babaçu sobre o ganho de peso e consumo diários, os resultados sugerem que, pode-se incluir até o nível de 40% de torta de babaçu na ração de catetos em fase de terminação, obtendo desempenho satisfatório dos animais. Não foram observados efeitos significativos (P> 0,05) dos níveis de torta de babaçu para as variáveis, peso vivo, peso em jejum, carcaça quente, carcaça fria, comprimento, sangue, couro, patas traseiras e patas dianteiras, rendimento de carcaça quente e fria e cortes comerciais. Quanto aos órgãos e glândulas houve efeito quadrático da torta de babaçu no pulmão (P=0,01) e no fígado (P=0,04). Não foram observados efeitos significativos (P> 0,05) dos níveis de torta de babaçu para as propriedades da carne, e os ácidos graxos (AG) insaturados (mono e poliinsaturados) foram encontrados em maior quantidade que os ácidos graxos saturados na carne de pernil de catetos. Houve uma tendência para um maior GDP, consumo, bons rendimentos de carcaça e peso de cortes comerciais no nível de inclusão da torta de babaçu até 40%, podendo-se sugerir a mesma como alternativa energética em substituição ao milho em rações para catetos na fase de terminação. Comparando-se a carne de catetos com as carnes de bovinos, ovinos e suínos nota-se que em catetos o teor de AG insaturados (mono e poliinsaturados), foi superior ao de AG saturados, baseando-se na teoria de que os AG poliinsaturados ingeridos na dieta humana são responsáveis por uma redução nos níveis sé ricos de colesterol, sugere-se.que a carne de catetos é uma fonte alternativa excelente de proteína.
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