Biologia de Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera: Tephritidae) em frutos de caquizeiro, macieira e videira e efeito de iscas tóxicas para o seu controle e sobre o parasitoide Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead, 1905) (Hymenoptera: Braconidae) em laboratório.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ZANARDI, O. Z.
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/894900
Resumo: A mosca-do-mediterrâneo Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera: Tephritidae) é uma das pragas de maior importância da fruticultura. Neste trabalho foi estudada a biologia de C. capitata em frutos de caquizeiro, macieira e videira e avaliado o efeito de iscas tóxicas no controle da espécie e sobre o parasitoide D. longicaudata em laboratório. No experimento de biologia foi observado que a maior duração do estágio larval ocorreu em maçã ?Gala? (21,07 dias), seguido por uva ?Itália? (18,20 dias) e caqui ?Fuyu? (16,97 dias). Larvas que alimentaram-se de caqui apresentaram maior peso médio de pupa em comparação com uva e maçã. A maior viabilidade pupal foi observada em insetos que utilizaram uva (82,30%) e caqui (80,76%) como hospedeiro, diferindo de maçã (70,78%). A maior duração do período ovo-adulto foi observada em maçã (35,14 dias), seguido por uva (32,55 dias) e caqui (29,36 dias). O período de pré-oviposição foi de 10,43 e 11,74 dias para fêmeas provenientes de uva e maçã, respectivamente, enquanto que em caqui este período foi de apenas 4,90 dias. A maior fecundidade média diária e total foi observada em fêmeas provenientes de frutos de caqui (11,52 e 363,87 ovos/fêmea), diferindo de uva (8,17 e 206,78 ovos/fêmea) e maçã (6,03 e 192,22 ovos/fêmea). A duração e a viabilidade da fase de ovo, duração do estágio pupal, razão sexual, período de oviposição e longevidade de machos e fêmeas não foram afetados pelos hospedeiros. O caquizeiro foi o hospedeiro mais adequado para o desenvolvimento de C. capitata em comparação com macieira e videira, no entanto, estes permitem a sobrevivência e a multiplicação do inseto. As formulações SPLAT® - Specialized Pheromone and Lure Application Technology (EmbØ6, EmbØ7, EmbØ8 e EmbØ9) contendo o inseticida espinosade (0,1 a 0,2%) e atrativos vegetais foram eficientes (>85% de mortalidade) no controle de C. capitata. Estas formulações foram equivalentes ao Success 0,02 CB® e a isca com malationa associado ao melaço de cana (7%) ou proteína hidrolisada (Biofruit® a 3%). A isca tóxica SPLAT® EmbØ8 apresentou o menor TL50 (7,64 horas), semelhante às iscas com malationa, além de causar reduzido efeito sobre o parasitoide D. longicaudata, sendo equivalente a isca comercial Success 0,02 CB®. As iscas tóxicas contendo proteína hidrolisada ou melaço de cana associado ao inseticida malationa causaram mortalidade do parasitoide de 60,87 e 95,65%, respectivamente. Na ausência de chuva, as formulações SPLAT® e malationa + proteína hidrolisada proporcionaram mortalidade de C. capitata de 63,25% até sete dias após a aplicação (DAA). O Success 0,02 CB® proporcionou um controle de 64,52% até 14DAA e o malathion + melaço resultou num controle de 75,00% somente por dois dias. Na presença de chuva simulada, a formulação SPLAT® EmbØ8 proporcionou maior controle de adultos de C. capitata, sendo de 81,25 e 54,35% para as lâminas de 20 e 40 mm de chuva, respectivamente. O Success 0,02 CB® e as formulações contendo o inseticida malationa não apresentaram atividade biológica após chuva simulada, sendo equivalente a testemunha sem controle.
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ZANARDI, O. Z.
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