Reprodução natural em laboratório de Astyanax altiparanae (Garutti & Britski, 2000).
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1150578 |
Resumo: | O Astyanax altiparanae (lambaris-do-rabo-amarelo), é nativo das bacias hidrográficas de todo o ambiente tropical, a qual povoa desde pequenos riachos a grandes rios, espécie de grande importância comercial como isca-viva e apreciado para consumo. Apresenta dimorfismo sexual visível, os machos são menores e no período reprodutivo apresentam espículas na nadadeira anal, conferindo a textura áspera ao toque. As fêmeas apresentam ventre abaulado e macio e papila urogenital avermelhada, facilitando o reconhecimento da diferenciação sexual. Outra observação importante é a estimativa da redução da idade de maturação para 4 meses de vida no sistema de cultivo. Assim, o presente trabalho teve como objetivo realizar a reprodução natural assistida em laboratório com luz solar, utilizando uma técnica adaptada do Danio rerio (zebrafish) para o A. altiparanae. A reprodução foi realizada no Laboratório de Ecotoxicologia e Biossegurança (LEB) da Embrapa Meio Ambiente localizada em Jaguariúna/SP. Foram utilizados 10 machos e 10 fêmeas, na proporção de 1:1, no LEB a proporção utilizada para o Danio rerio é de 2:1. As fêmeas estavam com peso médio 10 ± 3g com comprimento total médio 9,63 ± 0,47cm, os machos 9 ± 3g e 6,27 ± 0,13cm, distribuídos em um sistema próximo da janela, para utilização da luz solar, composto por uma caixa de polietileno com capacidade de 50 L de água, aquecedor para manter a temperatura à 28ºC, aeração constante e recirculação baixa de água, de acordo com as exigências da espécie. Colocou-se folhas de bananeira na superfície d?água, pois os lambaris possuem hábito de colocar os ovos em macrófitas aquáticas flutuantes, conhecidas como aguapé. Após 4 horas de reconhecimento, os animais estavam realizando o ritual de acasalamento com duração aproximada de 1 hora, seguido da liberação dos óvulos e espermatozóides, os ovos fertilizados ficaram aderidos no fundo da caixa, alguns na parede e grande parte na folha da bananeira (parte superior e inferior). Após 14 horas os ovos foram coletados e lavados com água deionizada para retirada de matéria orgânica. Posteriormente, os embriões viáveis foram selecionados com auxílio de uma lupa e um estereomicroscópio observando as características físicas: ausência de anomalias e mal formações craniais/faciais, torácicas, alterações nas nadadeiras e enrolamento de cauda, e para as características de desenvolvimento fisiológicas: a coagulação, formação de somitos, desprendimento de cauda e batimento. Portanto, concluiu-se que é possível realizar a reprodução natural do A. altiparanae na proporção de 1:1 com a utilização de luz solar e ambiente laboratorial. |
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O Astyanax altiparanae (lambaris-do-rabo-amarelo), é nativo das bacias hidrográficas de todo o ambiente tropical, a qual povoa desde pequenos riachos a grandes rios, espécie de grande importância comercial como isca-viva e apreciado para consumo. Apresenta dimorfismo sexual visível, os machos são menores e no período reprodutivo apresentam espículas na nadadeira anal, conferindo a textura áspera ao toque. As fêmeas apresentam ventre abaulado e macio e papila urogenital avermelhada, facilitando o reconhecimento da diferenciação sexual. Outra observação importante é a estimativa da redução da idade de maturação para 4 meses de vida no sistema de cultivo. Assim, o presente trabalho teve como objetivo realizar a reprodução natural assistida em laboratório com luz solar, utilizando uma técnica adaptada do Danio rerio (zebrafish) para o A. altiparanae. A reprodução foi realizada no Laboratório de Ecotoxicologia e Biossegurança (LEB) da Embrapa Meio Ambiente localizada em Jaguariúna/SP. Foram utilizados 10 machos e 10 fêmeas, na proporção de 1:1, no LEB a proporção utilizada para o Danio rerio é de 2:1. As fêmeas estavam com peso médio 10 ± 3g com comprimento total médio 9,63 ± 0,47cm, os machos 9 ± 3g e 6,27 ± 0,13cm, distribuídos em um sistema próximo da janela, para utilização da luz solar, composto por uma caixa de polietileno com capacidade de 50 L de água, aquecedor para manter a temperatura à 28ºC, aeração constante e recirculação baixa de água, de acordo com as exigências da espécie. Colocou-se folhas de bananeira na superfície d?água, pois os lambaris possuem hábito de colocar os ovos em macrófitas aquáticas flutuantes, conhecidas como aguapé. Após 4 horas de reconhecimento, os animais estavam realizando o ritual de acasalamento com duração aproximada de 1 hora, seguido da liberação dos óvulos e espermatozóides, os ovos fertilizados ficaram aderidos no fundo da caixa, alguns na parede e grande parte na folha da bananeira (parte superior e inferior). Após 14 horas os ovos foram coletados e lavados com água deionizada para retirada de matéria orgânica. Posteriormente, os embriões viáveis foram selecionados com auxílio de uma lupa e um estereomicroscópio observando as características físicas: ausência de anomalias e mal formações craniais/faciais, torácicas, alterações nas nadadeiras e enrolamento de cauda, e para as características de desenvolvimento fisiológicas: a coagulação, formação de somitos, desprendimento de cauda e batimento. Portanto, concluiu-se que é possível realizar a reprodução natural do A. altiparanae na proporção de 1:1 com a utilização de luz solar e ambiente laboratorial. |
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