Mudanças tecnológicas em pequenas propriedades que utilizam sistemas de regeneração de capoeira: microrregião Bragantina-PA.

• Autor(a) principal: CONTO, A. J. de
• Data de Publicação: 1999
• Outros Autores: GALVÃO, E. U. P., HOMMA, A. K. O., CARVALHO, R. de A., FERREIRA, C. A. P., OLIVEIRA, R. F. de, MENEZES, A. E. A. de
• Tipo de documento: Capítulo de livro
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
• Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/395166
• topic: Nordeste paraense; Brasil; Agricultura Familiar; Cultivo Anual; Pequeno Produtor; Renda Familiar; Sistema de Cultivo; Amazonia; annuals; cropping systems; family farms; farm income; small farms

O estudo foi realizado visando identificar o processo de mudanças nos sistemas produtivos junto a pequenos produtores que tradicionalmente utilizam o sistema de capoeiras no processo produtivo. Esses sistemas são considerados como sistemas agroflorestais na medida em que se valem de espécies florestais como fatores de recuperação das áreas após um ou mais ciclo de cultivos. As propriedades visitadas para a coleta dos dados fazem parte de um grupo ligado à Associação de Produtores do Araial São João, na região Bragantina, PA, que tradicionalmente cultivam caupi e mandioca. Nos últimos anos esse grupo de produtores passou a conviver com sistemas de cultivos, em especial na cultura de caupi, que envolviam o uso de equipamentos não tradicionais (tratores e trilhadeiras) e o uso de fertilizantes químicos. Pela análise dos dados foi possível observar que o processo tecnológico usado no cultivo de caupi, tendo como base a introdução da mecanização no preparo do solo e uso de fertilizantes, não proporcionam margens suficientes de lucros para justificar seu emprego. No entanto, pode-se observar que entre as razões que levam os produtores a adotarem essas alternativas tecnológicas ao invés de se manterem no sistema tradicional, que em muitos casos era economicamente mais viável, está associado ao menor esforço físico exigido pelo sistema introduzido. Esse fato era mais relevante no caso das pessoas mais idosas, que podiam se manter na atividade sem depender tanto de serviços braçais. Ficou evidenciado, nas propriedades analisadas, que a disponibilidade de terra não foi um fator restritivo à renda familiar, embora o estudo mostre que os produtores que dispunham de menos terra tenham buscado complementar sua renda em atividades fora da propriedade.