Respostas de mudas de especies arboreas do cerrado a nutrientes em latossolo vermelho escuro.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MELO, J. T. de
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/545741
Resumo: O cerrado ocorre em solos onde os nutrientes geralmente sao limitantes e por isso influenciam o funcionamento do ecossistema. Os solos sao na maioria acidos e de baixa fertilidade natural. Desse modo as especies mais eficientes no aproveitamento dos nutrientes poderao ser mais produtivas. Aumentar a fertilidade por meio da adicao dos nutrientes pode contribuir para maior produtividade, entretanto ha poucos trabalhos envolvendo a fertilizacao de especies nativas. O objetivo principal deste trabalho foi determinar a resposta de algumas especies lenhosas nativas do cerrado a N,P,K, Ca e Mg em um solo distrofico para identificar os nutrientes mais limitantes. Foram estudadas as respostas de muda de quatro especies nativas lenhosas do cerrado aos macronutrientes em casa de vegetacao utilizando um experimento fatorial fracionado (1/3) 3 (elevado a cinco) com tres niveis de N,P,K, Ca e Mg inteiramente casualizado com duas repeticoes de uma planta por vaso. Foi utilizado como substrato solo coletado na camada superficial (0-15cm) de um Latossolo Vermelho Escuro de um cerrado sensu stricto no Distrito Federal. As especies foram:Eugenia dysenterica DC. (Myrtaceae), Sclerolobium paniculatum (Vog.) (Leguminosae), Dipteryx alata Vog. (Leguminosae) e Hancornia speciosa Gomez (Apocinaceae). As fontes de nutrientes utilizadas foram ureia (N), acido ortofosforico ou fosfato de sodio (P), cloreto de potassio (K), carbonato de calcio (Ca) e carbonato de magnesio (Mg). A cada 15 dias foram avaliados o diametro do solo, a altura das plantas e o numero de folhas. Ao final dos experimentos, cuja duracao variou de 170 a 340 dias entre especies, dependendo da disponibilidade de sementes em comunidades nativas e do crescimento, foram determinadas a producao de biomassa da parte aerea e raizes e a concentracao de nutrientes nesses componentes. De um modo geral, a aplicacao de cada nutriente no solo aumentou a concentracao de nutrientes nesses componentes. De um modo geral, a aplicacao de cada nutriente no solo aumentou a concentracao do próprio nutriente em todas as partes da planta. O P foi limitante para as quatro especies estudadas, promovendo maior crescimento das plantas. Todas as especies foram capazes de absorver mais P, desde que houvesse maior disponibilidade no solo. A deficiencia deste nutriente no solo pode ser um fator limitante comum para as especies nativas em solos distroficos do cerrado. As interacoes entre nutrientes variaram entre as especies. O crescimento em altura e em diametro das mudas de Eugenia dysenterica foi continuo durante os primeiros 345 dias apos a semeadura e respondeu positivamente ao P e ao Ca. O numero de folhas e a area foliar tambem aumentaram com a adicao de P e de Ca no solo. A adicao de N e de P diminuiu significativamente o peso especifico foliar. Dos nutrientes testados somente o Ca e o P aumentaram a producao de biomassa aerea. O uso de K aumentou a producao de materia seca radicular e o P diminuiu a mesma. Houve aumento da concentracao dos nutrientes em todas as partes da planta com a adicao de cada nutriente ao solo, exceto no caso de N nas folhas. A aplicacao de N provocou um decrescimo significativo na concentracao de Mg na parte area e elevou a concentracao de K nas raizes. O uso do P aumentou a concentracao de N e S na parte aerea e nas raizes. Alem disso o P teve efeito positivo sobre a concentracao de Mg nas raizes. A fertilizacao com Ca aumentou a concentracao de N foliar, e de P e S nas raizes. A concentracao foliar de N aumentou em funcao da fertilizacao com Mg e a de K caiu. O Mg causou ainda decrescimo significativo na concentracao de Ca nas raizes. O Sclerolobium paniculatum respondeu ao P aumentando o numero de folhas, a area foliar e producao de materia seca das folhas, caule e raizes. A aplicacao de cada nutriente no solo aumentou a concentracao do proprio nutriente em todas as partes da planta. O aumento da disponibilidade de N no solo aumentou a concentracao de S foliar sem influenciar a concentracao dos outros nutrientes aplicados. A adicao de P promoveu um aqueda de concentracao de N e K nas folhas, Ca no caule e S nas Folhas, caule e raizes, mostrando a importancia do P no balanco de nutrientes da planta. Entre os nutrientes estudados somente o P e o Mg tiveram efeito significativo no crescimento do Dipteryx alata. O P aumentou o crescimento em diametro, numero de folhas, area foliar e producao de materia seca das folhas, caule e raizes, enquanto o Mg aumentou o numero de folhas, a area foliar e a producao de materia seca do caule. O aumento da disponibilidade de nutrientes no solo por meio de adubacao aumentou a concentracao dos nutrientes em todas as partes da planta. O fosforo diminuiu de maneira geral o K e o N e aumentou Ca e Mg. O potassio diminuiu as concentracoes foliares de N e Mg. O calcio nao teve influencia na concentracao dos nutrientes nas folhas e no caule, mas diminuiu a concentracao de N e Mg nas raizes e aumentou a de K. O magnesio diminuiu a concentracao de N e K nas folhas e de Ca nas raizes. Os nutrientes mais importantes para a Hancornia speciosa foram o P e o K aumentando o numero, a area e o peso seco das folhas, porem sem alterar o crescimento das outras partes da planta. A aplicacao de cada nutriente no solo aumentou a concentracao do próprio nutriente em todas as parte da planta. A adicao de N nao alterou a concentracao de nenhuma parte da planta. O fosforo teve papel importantissimo na concentracao dos outros nutrientes nos tecidos da planta aumentando a concentracao de N,K, Ca e Mg na parte aerea e de N, Ca e S nas raizes.
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O objetivo principal deste trabalho foi determinar a resposta de algumas especies lenhosas nativas do cerrado a N,P,K, Ca e Mg em um solo distrofico para identificar os nutrientes mais limitantes. Foram estudadas as respostas de muda de quatro especies nativas lenhosas do cerrado aos macronutrientes em casa de vegetacao utilizando um experimento fatorial fracionado (1/3) 3 (elevado a cinco) com tres niveis de N,P,K, Ca e Mg inteiramente casualizado com duas repeticoes de uma planta por vaso. Foi utilizado como substrato solo coletado na camada superficial (0-15cm) de um Latossolo Vermelho Escuro de um cerrado sensu stricto no Distrito Federal. As especies foram:Eugenia dysenterica DC. (Myrtaceae), Sclerolobium paniculatum (Vog.) (Leguminosae), Dipteryx alata Vog. (Leguminosae) e Hancornia speciosa Gomez (Apocinaceae). As fontes de nutrientes utilizadas foram ureia (N), acido ortofosforico ou fosfato de sodio (P), cloreto de potassio (K), carbonato de calcio (Ca) e carbonato de magnesio (Mg). A cada 15 dias foram avaliados o diametro do solo, a altura das plantas e o numero de folhas. Ao final dos experimentos, cuja duracao variou de 170 a 340 dias entre especies, dependendo da disponibilidade de sementes em comunidades nativas e do crescimento, foram determinadas a producao de biomassa da parte aerea e raizes e a concentracao de nutrientes nesses componentes. De um modo geral, a aplicacao de cada nutriente no solo aumentou a concentracao de nutrientes nesses componentes. De um modo geral, a aplicacao de cada nutriente no solo aumentou a concentracao do próprio nutriente em todas as partes da planta. O P foi limitante para as quatro especies estudadas, promovendo maior crescimento das plantas. Todas as especies foram capazes de absorver mais P, desde que houvesse maior disponibilidade no solo. A deficiencia deste nutriente no solo pode ser um fator limitante comum para as especies nativas em solos distroficos do cerrado. As interacoes entre nutrientes variaram entre as especies. O crescimento em altura e em diametro das mudas de Eugenia dysenterica foi continuo durante os primeiros 345 dias apos a semeadura e respondeu positivamente ao P e ao Ca. O numero de folhas e a area foliar tambem aumentaram com a adicao de P e de Ca no solo. A adicao de N e de P diminuiu significativamente o peso especifico foliar. Dos nutrientes testados somente o Ca e o P aumentaram a producao de biomassa aerea. O uso de K aumentou a producao de materia seca radicular e o P diminuiu a mesma. Houve aumento da concentracao dos nutrientes em todas as partes da planta com a adicao de cada nutriente ao solo, exceto no caso de N nas folhas. A aplicacao de N provocou um decrescimo significativo na concentracao de Mg na parte area e elevou a concentracao de K nas raizes. 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Cagaita
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Foi utilizado como substrato solo coletado na camada superficial (0-15cm) de um Latossolo Vermelho Escuro de um cerrado sensu stricto no Distrito Federal. As especies foram:Eugenia dysenterica DC. (Myrtaceae), Sclerolobium paniculatum (Vog.) (Leguminosae), Dipteryx alata Vog. (Leguminosae) e Hancornia speciosa Gomez (Apocinaceae). As fontes de nutrientes utilizadas foram ureia (N), acido ortofosforico ou fosfato de sodio (P), cloreto de potassio (K), carbonato de calcio (Ca) e carbonato de magnesio (Mg). A cada 15 dias foram avaliados o diametro do solo, a altura das plantas e o numero de folhas. Ao final dos experimentos, cuja duracao variou de 170 a 340 dias entre especies, dependendo da disponibilidade de sementes em comunidades nativas e do crescimento, foram determinadas a producao de biomassa da parte aerea e raizes e a concentracao de nutrientes nesses componentes. De um modo geral, a aplicacao de cada nutriente no solo aumentou a concentracao de nutrientes nesses componentes. De um modo geral, a aplicacao de cada nutriente no solo aumentou a concentracao do próprio nutriente em todas as partes da planta. O P foi limitante para as quatro especies estudadas, promovendo maior crescimento das plantas. Todas as especies foram capazes de absorver mais P, desde que houvesse maior disponibilidade no solo. A deficiencia deste nutriente no solo pode ser um fator limitante comum para as especies nativas em solos distroficos do cerrado. As interacoes entre nutrientes variaram entre as especies. O crescimento em altura e em diametro das mudas de Eugenia dysenterica foi continuo durante os primeiros 345 dias apos a semeadura e respondeu positivamente ao P e ao Ca. O numero de folhas e a area foliar tambem aumentaram com a adicao de P e de Ca no solo. A adicao de N e de P diminuiu significativamente o peso especifico foliar. Dos nutrientes testados somente o Ca e o P aumentaram a producao de biomassa aerea. O uso de K aumentou a producao de materia seca radicular e o P diminuiu a mesma. Houve aumento da concentracao dos nutrientes em todas as partes da planta com a adicao de cada nutriente ao solo, exceto no caso de N nas folhas. A aplicacao de N provocou um decrescimo significativo na concentracao de Mg na parte area e elevou a concentracao de K nas raizes. O uso do P aumentou a concentracao de N e S na parte aerea e nas raizes. Alem disso o P teve efeito positivo sobre a concentracao de Mg nas raizes. A fertilizacao com Ca aumentou a concentracao de N foliar, e de P e S nas raizes. A concentracao foliar de N aumentou em funcao da fertilizacao com Mg e a de K caiu. O Mg causou ainda decrescimo significativo na concentracao de Ca nas raizes. O Sclerolobium paniculatum respondeu ao P aumentando o numero de folhas, a area foliar e producao de materia seca das folhas, caule e raizes. 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