Monitoramento de resistência de biótipos de Digitaria insularis ((L.) Fedde) aos herbicidas Glyphosate e Haloxyfop-P-Methyl na região médio-norte matogrossense.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: WOIAND, H. M. G.
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: IKEDA, F. S., CAVALIERI, S. D., CANEZIN, A. C. O., SANCHEZ, F. B., MARCON, E. F., SILVA, A. C. A. da, PRADO, R., LUDWIG, T. D.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1138892
Resumo: O último relato de resistência múltipla de Digitaria insularis (capim-amargoso) a inibidores de EPSPs e ACCase em Mato Grosso em 2020, evidenciou a necessidade de monitoramento de resistência a esses mecanismos de ação, devido à sua ampla disseminação pelo vento. Neste trabalho, objetivou-se monitorar biótipos resistentes da espécie aos herbicidas haloxyfop-p-methyl e glyphosate na região Médio-Norte de Mato Grosso. Para isso, foram coletadas sementes de plantas não controladas em lavouras de soja em 20 pontos (biótipos) na microrregião de Sinop (Cláudia, Santa Carmem e União do Sul) e do Alto Teles Pires (Ipiranga do Norte). Em seguida, foram realizados ensaios de screening para selecionar potenciais biótipos resistentes com a aplicação de doses recomendadas de glyphosate e haloxyfop-p-methyl (1.440 g e.a ha-1 e 60 g e.a ha-1, respectivamente e a testemunha) com 8 repetições. Aos 28 dias após a aplicação (DAA), classificou-se os biótipos como suscetível, tolerante ou resistente (mais de 50% das plantas com controle: >85%; entre 60% e 85% e <60%, respectivamente). Assim, todos os biótipos foram considerados suscetíveis ao haloxyfop-p-methyl, enquanto 9 foram considerados suscetíveis e 11 tolerantes/resistentes ao glyphosate. Após isso, foram realizados ensaios de curva dose-resposta para esses biótipos (7 da microrregião de Sinop e 4 do Alto Teles Pires) e 2 biótipos suscetíveis (um para cada microrregião), com a aplicação de 9 doses de glyphosate (0 D; 0,0625 D 0,125 D; 0,25 D; 0,5 D; 1 D; 2 D; 4 D; 8 D; 16 D, em que D corresponde a 1.440 g e.a.ha-1) e 6 blocos, avaliando-se a porcentagem de controle e a massa seca residual aos 28 DAA. Os dados obtidos nos ensaios de curva dose-resposta foram submetidos à análise de variância e à regressão não-linear (y=a/[1+(x/x0)b], a e b=parâmetros; x=dose; x0=dose para 50% de controle) no Sigmaplot. Por meio desses modelos, calcularam-se as doses com controle (DL50 e DL80) e redução da massa seca (GR50 e GR80) de 50% e 80% e o fator de resistência (F= GR50resistente/GR50suscetivel). Onze biótipos foram avaliados como resistentes pelo F (F>1), com valores entre 1,3 e 24,5, embora 2 biótipos da microrregião do Alto Teles Pires não tenham sido agronomicamente avaliados como resistentes (controle >80% com a dose mínima de 1.080 g e.a.ha-1). Conclui-se, que o herbicida haloxyfop-p-methyl ainda controla eficazmente as populações de D. insularis, enquanto o glyphosate pode não ser eficaz em algumas áreas na região Médio Norte de Mato Grosso.
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