Supressividade natural de solos da região Centro-Oeste a Rhizoctonia solani Kuhn.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BOTELHO, S. A.
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: RAVA, C. A., LEANDRO, W. M., COSTA, J. L. da S.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/209656
Resumo: Rhizoctonia solani é um fungo cosmopolita que habita o solo, com vasto número de hospedeiros, e causa importantes doenças na maioria das plantas cultivadas em todo o mundo. É uma espécie complexa, com muitos biotipos que diferem quanto à patogenicidade, aos hospedeiros, à distribuição na natureza e à aparência em meio de cultura. O feijoeiro comum é suscetível a este patógeno e a sua suscetibilidade é inversamente proporcional ao desenvolvimento da planta. A atividade microbiana de alguns solos pode prevenir o estabelecimento de fungos fitopatogênicos. Solos com esta propriedade são denominados antagônicos, de longa vida, resistentes ou supressivos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis de supressividade natural a R. solani de alguns solos classificados como latossolo roxo, latossolo vermelho-escuro, areia quartzoza e latossolo roxo, respectivamente, coletados nos municípios de Itumbiara, Silvânia, Jussara e Santa Helena de Goiás, no Estado de Goiás, em três áreas contíguas com os seguintes históricos de uso: a) solo cultivado com feijão irrigado via pivô central por mais de quatro anos consecutivos; b) solo sob vegetação nativa; e c) solo sob pastagem de Brachiaria decubens. Os solos foram coletados na camada de 0-20 cm e armazenados em casa de vegetação. Para a inoculação dos solos foram utilizados grãos de sorgo, inoculados com Rhizoctonia solani, em seis densidades ? 0, 100, 500, 1.000, 5.000 e 10.000 propágulos/g de solo ? e triturados. O experimento foi conduzido sob condições de casa de vegetação, em um delineamento de blocos completos casualizados e esquema fatorial 6 x 4 x 3. A unidade experimental foi constituída de bandejas plásticas com 4 kg de solo e 40 plantas. Quinze dias após a emergência, as plantas foram arrancadas e avaliadas. Posteriormente, foi calculado o índice de McKinney. A análise de variância apresentou interação tripla significativa, e os graus de liberdade foram desdobrados em análises de regressão entre as doses de inóculo e o índice de doença em porcentagem, numa equação exponencial do tipo: ID = A x e (-B/dose do inóculo + 1). Nas regiões de Itumbiara e Silvânia, o índice de doença progrediu como aumento do número de propágulos por grama de solo, atingindo valores superiores a 70%. Porém, para ambas as regiões, não houve diferenças significativas entre os solos de mata, pastagem e feijão com relação ao índice de doença. Por outro lado, nos solos de Jussara e Santa Helena, foi observado um incremento do índice da doença com o aumento da dose de inóculo para todos os históricos, e os solos de mata e de pastagem apresentaram índice de doença semelhante em todas as doses de inóculo utilizadas. Em solos provenientes de área de feijão irrigado, da região de Santa Helena, os incrementos no índice de doença foram menores, não ultrapassando a 60%.
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