O desenvolvimento de mísseis no Brasil: desafios geopolíticos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG) |
Texto Completo: | https://repositorio.esg.br/handle/123456789/1631 |
Resumo: | O desenvolvimento de mísseis passou por enorme evolução no período pós-II Guerra Mundial, processo que se acentuou durante a corrida armamentista na Guerra Fria e que continua em progresso. Desde a década de 1950, o Brasil procura desenvolver tecnologias aplicadas aos mísseis, quando a então Escola Técnica do Exército (ETE) produziu os primeiros foguetes com motores nacionais. No entanto, atualmente, observa-se que o País ainda enfrenta dificuldades para o domínio completo das tecnologias relacionadas a esses sistemas de armas. A partir do desenvolvimento completo da produção missilística, em especial daqueles considerados de longo alcance, como os mísseis balísticos e de cruzeiro, o Brasil passará a compor o pequeno grupo de países capaz de produzi-los, disponibilizando novas capacidades às suas Forças Armadas em tempos de guerra e ainda podendo participar do restrito mercado desse tipo de armamento. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar algumas das consequências, sob o enfoque da geopolítica, que podem advir ao Brasil na medida em que desenvolva sua capacidade missilística convencional, sendo realizado um estudo de caso gerador de hipótese, tendo como instrumento de pesquisa a revisão bibliográfica e documental realizada no período entre a publicação da Estratégia Nacional de Defesa em 2008 até 2022. Como resultado, o trabalho apresenta um quadro geral do desenvolvimento de mísseis convencionais do Brasil, argumentando a existência de, pelo menos, duas grandes possíveis repercussões. A primeira em nível regional, no que se refere a possíveis reações de países vizinhos, e a segunda no nível extrarregional, no que tange ao aumento do cerceamento tecnológico contra o Brasil. |
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O desenvolvimento de mísseis no Brasil: desafios geopolíticosMísseisGeopolíticaDefesa NacionalGeopolítica - BrasilO desenvolvimento de mísseis passou por enorme evolução no período pós-II Guerra Mundial, processo que se acentuou durante a corrida armamentista na Guerra Fria e que continua em progresso. Desde a década de 1950, o Brasil procura desenvolver tecnologias aplicadas aos mísseis, quando a então Escola Técnica do Exército (ETE) produziu os primeiros foguetes com motores nacionais. No entanto, atualmente, observa-se que o País ainda enfrenta dificuldades para o domínio completo das tecnologias relacionadas a esses sistemas de armas. A partir do desenvolvimento completo da produção missilística, em especial daqueles considerados de longo alcance, como os mísseis balísticos e de cruzeiro, o Brasil passará a compor o pequeno grupo de países capaz de produzi-los, disponibilizando novas capacidades às suas Forças Armadas em tempos de guerra e ainda podendo participar do restrito mercado desse tipo de armamento. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar algumas das consequências, sob o enfoque da geopolítica, que podem advir ao Brasil na medida em que desenvolva sua capacidade missilística convencional, sendo realizado um estudo de caso gerador de hipótese, tendo como instrumento de pesquisa a revisão bibliográfica e documental realizada no período entre a publicação da Estratégia Nacional de Defesa em 2008 até 2022. Como resultado, o trabalho apresenta um quadro geral do desenvolvimento de mísseis convencionais do Brasil, argumentando a existência de, pelo menos, duas grandes possíveis repercussões. A primeira em nível regional, no que se refere a possíveis reações de países vizinhos, e a segunda no nível extrarregional, no que tange ao aumento do cerceamento tecnológico contra o Brasil.Missile development has undergone tremendous development in the post-World War II period, a process that was accentuated during the Cold War arms race and continues. Brazil has sought to develop missile technologies since the 1950’s when the then Army Technical School (ETE) produced the first missiles with national engines. Currently, however, the country is still struggling to fully master the technologies associated with these weapons systems. With the full development of the production of missiles, especially long-range missiles such as ballistic missiles and cruise missiles, Brazil will be among the small group of countries able to produce such missiles and provide new capabilities to their armed forces in case of war and continue to participate in the limited market for this type of weapons. In this sense, the objective of this work is to analyze some of the consequences, from a geopolitical point of view, that could arise for Brazil from the development of its conventional missilistic capabilities, through a case study based on the bibliographic and documentary reviews carried out between the publication of the National Defense Strategy in 2008 and 2022. As a result, the work presents an overview of the development of conventional missiles in Brazil and argues the existence of at least two important potential impacts. The first at the regional level, in terms of possible reactions from neighboring countries, and the second at the supraregional level, in terms of the increase of technological constraints against Brazil.Escola Superior de Defesa (ESD)Curso de Altos Estudos em Defesa (CAED)Silva, Peterson Ferreira daGabriel, Pedro Henrique Luz2023-02-03T13:31:08Z2023-02-03T13:31:08Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://repositorio.esg.br/handle/123456789/1631porreponame:Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG)instname:Escola Superior de Guerra (ESG)instacron:ESGinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-02-04T09:25:20Zoai:repositorio.esg.br:123456789/1631Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.esg.brpatricia.ajus@esg.bropendoar:2023-02-04T09:25:20Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG) - Escola Superior de Guerra (ESG)false |
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