Geopolítica Polar: Geopolítica Antártica: a importância dos centros logísticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, Daniel Nogueira de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
Texto Completo: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/844941
Resumo: Em 25 de setembro de 2009, reuniram-se os prefeitos das cidades de Christchurch, Cidade do Cabo, Hobart, Punta Arenas e Ushuaia e assinaram uma declaração de intenções, que ressalta o compromisso dessas cidades de cooperar e colaborar nas questões antárticas. O objetivo geral deste trabalho foi analisar o uso da infraestrutura das cinco Cidades Gateway, de forma a verificar se é possível reforçar a influência de um Estado nas decisões sobre os rumos do Sistema do Tratado Antártico. A metodologia de pesquisa utilizada foi pesquisa exploratória. E como referencial teórico, foi utilizada a Teoria do Poder Marítimo de Mahan segundo a perspectiva de Therezinha de Castro. A maioria das pessoas que viajam para a Antártica passará por um dos Gateway Antárticos, ou seja, as cidades funcionam como um portal para a Antártica através de programas nacionais e turismo. O uso delas dependerá da geografia, reputação, experiência, decisões políticas, infraestrutura e interesse mútuo entre as partes envolvidas. A Cidade do Cabo é um importante portal aéreo para a Antártica, tanto para programas nacionais quanto para turismo de aventura; a principal conexão de Christchurch é como um centro de logística para programas nacionais, mas ainda não atraiu operações de turismo antártico; Hobart, que possui a infraestrutura mais completa de qualquer cidade de passagem, serve uma parcela relativamente pequena das atividades antárticas; Punta Arenas mostra o melhor equilíbrio entre programas nacionais e apoio ao turismo; Ushuaia é a porta de entrada mais popular para o turismo antártico, ainda não atraiu a atenção de programas nacionais. Embora a qualidade da infraestrutura seja importante, a extensão do envolvimento antártico de um gateway depende mais de uma mistura de geografia e determinação política. Dentre as principais contribuições que este trabalho oferece, destaca-se a melhor compreensão do gateway sul-africano e como aspectos logísticos similares no Brasil podem ser explorados para o desenvolvimento do Programa Antártico Brasileiro.
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