Herpetofauna da floresta do baixo rio Moa em Cruzeiro do Sul, Acre - Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bernarde,Paulo Sérgio
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Albuquerque,Saymon de, Miranda,Daniele Bazzo de, Turci,Luiz Carlos Batista
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biota Neotropica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032013000100023
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar o resultado de um levantamento herpetofaunístico realizado na floresta do baixo rio Moa, em Cruzeiro do Sul, Acre. O estudo foi realizado entre fevereiro de 2008 e setembro de 2009, sendo as espécies registradas através de armadilhas de interceptação e queda (AIQ), procura limita por tempo (PLT), busca ativa (BA), amostragem em sítios reprodutivos (ASR) e encontros ocasionais (EO). A herpetofauna foi amostrada em uma área de aproximadamente 256 hectares em áreas de propriedades particulares, incluindo área aberta antropizada, adjacente a floresta, composta principalmente por pastagens. Na área florestada a amostragem foi realizada em duas trilhas com fisionomias diferentes (Mata de Terra Firme e Mata de Várzea). Foram registradas 103 espécies, sendo 50 de anfíbios anuros e 53 de répteis (35 serpentes, 17 lagartos e um crocodiliano). A curva do coletor atingiu a assíntota para os anfíbios anuros, mas não para os lagartos, serpentes e a herpetofauna (todos os grupos). Nas áreas florestadas foi registrada a maioria das espécies de anfíbios anuros, o mesmo sendo observado para os répteis, sendo que a maioria destes foi registrada na mata de terra firme. A maioria dos anfíbios foi registrada durante a PLT e a ASR, enquanto os répteis foram através de EO e também por PLT. Espera-se um número maior de espécies de serpentes para a localidade do que a riqueza registrada (35 espécies). Salienta-se a importância da preservação de áreas florestadas particulares abrangendo tanto habitats nas margens de rios sujeitos a alagação periódica como de terra firme, uma vez que existem diferenças na composição herpetofaunística em relação a estrutura das florestas. A preservação das áreas de floresta é fundamental para manutenção da diversidade de anfíbios e répteis na Amazônia, que tem sua riqueza diminuída com a transformação de florestas em pastagens e também com a retirada de madeira e abertura de clareiras.
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