O TRABALHO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS: NARRATIVAS CONTRAPOSTAS DE AUTONOMIA, SUBORDINAÇÃO, LIBERDADE E DEPENDÊNCIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Ana Claudia Moreira
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Artur, Karen, Oliveira, Murilo Carvalho Sampaio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Valore (Online)
Texto Completo: https://revistavalore.emnuvens.com.br/valore/article/view/657
Resumo: Este ensaio trata das narrativas presentes nos discursos das empresas-plataforma digitais de trabalho e dos trabalhadores que nelas atuam, bem como na doutrina e em decisões judiciais brasileiras. Seu objetivo é mapear as visões centrais sobre a questão da autonomia, numa análise teórica sócio-jurídica. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica e analisados documentos, doutrina jurídica, ações judiciais e observações dos discursos dos trabalhadores nas mídias. Inicialmente, apresenta-se a literatura sobre as principais configurações das plataformas de trabalho e, em seguida, investiga-se como os trabalhadores têm vivenciado as condições de trabalho nessas empresas. Aborda-se como as categorias de autonomia, subordinação e dependência se manifestam no âmbito jurídico do trabalho. Então, é examinado o sentido prático das decisões judiciais brasileiras, que identificam o trabalho subordinado ou autônomo. Por fim, são apresentadas perspectivas para a regulação trabalhista. Nas considerações finais, reflete-se que, apesar das plataformas apresentarem-se como meras intermediadoras, há uma pluralidade dos discursos entre os trabalhadores e fortes disputas entre os juristas a respeito da semântica sobre subordinação, liberdade e dependência. Além disso, observa-se que esses conflitos têm ocorrido dentro de uma realidade de condições de trabalho precárias, que merece ser regulada pelo direito do trabalho.Palavras chave: plataformas digitais de trabalho; trabalhadores de plataformas; autonomia no trabalho; subordinação; dependência
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Então, é examinado o sentido prático das decisões judiciais brasileiras, que identificam o trabalho subordinado ou autônomo. Por fim, são apresentadas perspectivas para a regulação trabalhista. Nas considerações finais, reflete-se que, apesar das plataformas apresentarem-se como meras intermediadoras, há uma pluralidade dos discursos entre os trabalhadores e fortes disputas entre os juristas a respeito da semântica sobre subordinação, liberdade e dependência. Além disso, observa-se que esses conflitos têm ocorrido dentro de uma realidade de condições de trabalho precárias, que merece ser regulada pelo direito do trabalho.Palavras chave: plataformas digitais de trabalho; trabalhadores de plataformas; autonomia no trabalho; subordinação; dependênciaFaSFCardoso, Ana Claudia MoreiraArtur, KarenOliveira, Murilo Carvalho Sampaio2020-09-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistavalore.emnuvens.com.br/valore/article/view/65710.22408/reva502020657206-230Revista Valore; v. 5 (2020): Caderno Temático - Dilemas e desafios do novo mundo do trabalho; 206-2302526-043X2525-900810.22408/reva502020reponame:Revista Valore (Online)instname:Faculdade Sul Fluminense (FASF)instacron:FASFporhttps://revistavalore.emnuvens.com.br/valore/article/view/657/458/*ref*/ABÍLIO, L. C. et al. Condições de trabalho de entregadores via plataforma digital durante a Covid-19. 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