Produzir ou adquirir no mercado: estudo sobre as possibilidades de integração vertical

• Autor(a) principal: Campos, Gevair
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Bonato, Hércules Lago, Pereira, Rosimeire Fernandes Cruz
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista FATEC Zona Sul
• Texto Completo: https://www.revistarefas.com.br/RevFATECZS/article/view/556
• topic: Cadeia Láctea Produtiva; Nova Economia Institucional; Formas de Governança

A atividade de pecuária leiteira no município de Unaí-MG, assume grande relevância no desenvolvimento socioeconômico da região, pois contribui com as novas oportunidades de trabalho no campo, diminui o êxodo rural, bem como diversifica a atividade econômica e procura favorecer o desenvolvimento do agronegócio de pequenos e médio produtores. Contudo, percebe-se que neste município, existe certa dependência bilateral entre cooperativa e pecuaristas, principalmente no quesito ração nutricional, que limita uma geração de renda satisfatória. Frente a este contexto, buscou-se por meio de questionário semiestruturado, discriminar os impactos percebidos pelos produtores, a respeito da estratégia de integração vertical do agente “ração nutricional” em empreendimentos, que tem como atividade principal, a pecuária leiteira. Para tanto, foram pesquisados 12 (doze) pecuaristas leiteiros, sendo que desses, 6 (seis) produtores já possuíam uma estrutura verticalizada, não dependendo assim, da aquisição da ração por intermédio da única fábrica de ração nutricional da região. A partir das informações levantadas, considera-se que a estratégia de verticalização do agente da cadeia láctea - a fábrica de ração – impacta de forma positiva a partir do momento em que os pecuaristas integram não somente tal processo, mas também os demais elos correlacionados à fabricação de ração nutricional, isto é, os insumos (milho, soja e sorgo) provenientes para fabricação de tal concentrado. Ao contrário, os pecuaristas ficarão vulneráveis às limitações geradas pelos custos de transação, em particular, no quesito aquisição dos insumos necessários à fabricação do concentrado. Considera-se, ainda, que os impactos percebidos pelos pecuaristas leiteiros são diversos, entretanto a classe de empreendedores que não produzem tal concentrado está mais vulnerável à racionalidade limitada, incerteza, oportunismo e fragmentação do poder de barganha, perante os demais agentes da cadeia produtiva.