Migração e trabalho na fronteira agrícola
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1985 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online) |
Texto Completo: | https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/1394 |
Resumo: | Este trabalho examina a mudança e a continuidade nos papéis econômicos de camponesas durante o processo de migração rural-urbana na fronteira agrícola na Amazônia brasileira. Os dados utilizados na pesquisa são baseados em entrevistas abertas com 30 mulheres migrantes de origem rural, residindo, na época da pesquisa, numa periferia urbana no Sul do Pará. As mudanças nos padrões de participação econômica das mulheres se relacionam à pressão proveniente da concentração de terras na fronteira e a redefinição de suas famílias na divisão social de trabalho. A migração feminina é intimamente ligada às necessidades da família e não pode, por essa razão, ser considerada uma forma através da qual a força de trabalho feminina responde às demandas do mercado. A definição de uma divisão sexual de trabalho mais bem delineada do que na produção de subsistência no passado é associada à migração rural-urbana. Na cidade, as mulheres tendem a trabalhar exclusivamente em atividades de cunho reprodutivo, sem remuneração. Os homens, por outro lado, são responsabilizados pela captação da renda familiar. No entanto, dentro dessa tendência geral, existem variações sutis. Mulheres casadas com trabalhadores autônomos tendem a trabalhar mais freqüentemente, enquanto as mulheres de trabalhadores assalariados dedicam todo seu tempo a trabalho doméstico não-remunerado. Pode-se pressupor que uma piora nas condições de demanda de força de trabalho masculino levará mais mulheres a se engajarem no mercado de trabalho, que, no momento, não está preparado para recebê-las. |
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