Alocação do tempo para estudo e desempenho no vestibular: evidências a partir da Universidade Federal da Bahia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos em Avaliação Educacional |
Texto Completo: | https://publicacoes.fcc.org.br/eae/article/view/2154 |
Resumo: | Este artigo desenvolve um modelo teórico acerca do comportamento do vestibulando e um modelo empírico de função de produção educacional. A hipótese básica do artigo, e que se confirma empiricamente, é a de que o indivíduo realiza uma auto-seleção ao escolher o curso para o qual se candidata. Os indivíduos pobres, ou seja, aqueles que têm escassez de tempo para estudar porque trabalham, selecionam os cursos menos concorridos de modo a aumentar as suas chances de ingressar no ensino superior. Uma vez que a concorrência é maior quanto maior for a renda vitalícia promovida pela profissão escolhida, o indivíduo mais pobre perpetua a sua condição de pobreza ao tender a escolher o curso menos concorrido. Isto demonstra a discriminação do vestibular contra os pobres, configurando-se em um mecanismo de seleção bastante injusto socialmente e que promove ainda mais a desigualdade social já tão grande no País. |
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Alocação do tempo para estudo e desempenho no vestibular: evidências a partir da Universidade Federal da BahiaVestibularTempo Para EstudoProdução EducacionalOportunidades EducacionaisDesigualdade De RendaEstrutura De Classes SociaisEste artigo desenvolve um modelo teórico acerca do comportamento do vestibulando e um modelo empírico de função de produção educacional. A hipótese básica do artigo, e que se confirma empiricamente, é a de que o indivíduo realiza uma auto-seleção ao escolher o curso para o qual se candidata. Os indivíduos pobres, ou seja, aqueles que têm escassez de tempo para estudar porque trabalham, selecionam os cursos menos concorridos de modo a aumentar as suas chances de ingressar no ensino superior. Uma vez que a concorrência é maior quanto maior for a renda vitalícia promovida pela profissão escolhida, o indivíduo mais pobre perpetua a sua condição de pobreza ao tender a escolher o curso menos concorrido. Isto demonstra a discriminação do vestibular contra os pobres, configurando-se em um mecanismo de seleção bastante injusto socialmente e que promove ainda mais a desigualdade social já tão grande no País.Fundação Carlos Chagas2004-12-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://publicacoes.fcc.org.br/eae/article/view/215410.18222/eae153020042154Estudos em Avaliação Educacional; Vol. 15 No. 30 (2004); 131-162Estudos em Avaliação Educacional; Vol. 15 Núm. 30 (2004); 131-162Estudos em Avaliação Educacional; Vol. 15 No. 30 (2004); 131-162Estudos em Avaliação Educacional; V. 15 N. 30 (2004); 131-162Estudos em Avaliação Educacional; v. 15 n. 30 (2004); 131-1621984-932X0103-6831reponame:Estudos em Avaliação Educacionalinstname:Fundação Carlos Chagas (FCC)instacron:FCCporhttps://publicacoes.fcc.org.br/eae/article/view/2154/2111Avena, Cláudio Pondéinfo:eu-repo/semantics/openAccess2015-11-19T18:14:07Zoai:ojs.publicacoes.fcc.org.br:article/2154Revistahttp://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/indexONGhttp://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/oaieae@fcc.org.br||ngimenes@fcc.org.br1984-932X0103-6831opendoar:2015-11-19T18:14:07Estudos em Avaliação Educacional - Fundação Carlos Chagas (FCC)false |
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