Estratégias de educação em saúde para promoção da autonomia da mulher no trabalho de parto / Health education strategies to promote women's autonomy in labor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pavani, Rhavena Gomides
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Ávila, Livia Keismanas de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (Online)
Texto Completo: http://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/view/666
Resumo: Introdução: A gestação caracteriza-se como uma vivência individual e coletiva, imbricada por experiências e saberes cientí­ficos, culturais e também pessoais. É direito das mulheres obter informações a fim de exercer autonomia em suas próprias escolhas, receber tratamento igual e livre de discriminação e ter a sua privacidade e sigilo respeitados. Objetivos: Identificar a percepção da puérpera sobre autonomia durante o trabalho de parto e parto e estabelecer uma estratégia de educação em saúde para o empoderamento da mulher neste perí­odo. Método: Pesquisa descritiva, de campo, de abordagem qualitativa, realizada na Unidade de Alojamento Conjunto da ISCMSP, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com puérperas, no mês de janeiro de 2020. Os relatos foram gravados e após transcritos submetidos a análise qualitativa por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Foi possí­vel identificar que 12,5% das mulheres não sabiam o sentido da palavra autonomia no contexto de parturição. Analisando os relatos das puérperas, foi possí­vel destacar três categorias: Informações acerca dos tipos de parto e seus benefí­cios e malefí­cios de acordo com a vontade da mulher; Uso de ocitocina durante o trabalho de parto; Realizar orientações durante o pré-natal, sobre autonomia e empoderamento da mulher com a finalidade de instrumentalizá-la para o trabalho de parto e parto. Diante dessas categorias, uma estratégia de educação em saúde que pode contribuir para a abordagem de temáticas relevantes para o empoderamento da mulher é o folder informativo que possibilita a gestante e sua famí­lia o reconhecimento de seus direitos e a busca da autonomia no trabalho de parto. Conclusão: Atualmente as mulheres estão mais informadas sobre os seus direitos no perí­odo gestacional e em relação ao processo de parturição. Ainda assim, é importante destacar a necessidade de atuação da enfermagem na educação em saúde de gestantes, parturientes e puérperas, em todos os ní­veis de assistência. Nesse sentido, estabelecer produções tecnológicas, no âmbito da tecnologia leve se constituem recursos em potencial para reforçar o ví­nculo com o profissional de saúde e desta forma proporcionar maior autonomia da usuária dos serviços de saúde. Palavras chave: Autonomia, Educação em saúde, Trabalho de parto Abstract Introduction: Pregnancy is characterized as an individual and collective experience, imbricated by scientific, cultural and also personal experiences and knowledge. It is the right of women to obtain information in order to exercise autonomy in their own choices, to receive equal treatment and free from discrimination and to have their privacy and confidentiality respected. Objectives: To identify the mother's perception of autonomy during labor and delivery and to establish a health education strategy for the empowerment of women in this period. Method: Descriptive, field research, with a qualitative approach, carried out in the Rooming-In Unit of ISCMSP, through semi-structured interviews with parturients, in January 2020. The reports were recorded and after transcripts were submitted to qualitative analysis through Bardin's content analysis technique. Results: It was possible to identify that 12.5% of women did not know the meaning of the word autonomy in the context of parturition. Analyzing the reports of the mothers, it was possible to highlight three categories: Information about the types of delivery and their benefits and harms according to the woman's will; Use of oxytocin during labor; Provide guidance during prenatal care on women's autonomy and empowerment of women in order to provide them with tools for labor and delivery. In view of these categories, a health education strategy that can contribute to addressing issues relevant to women's empowerment is the information folder that enables pregnant women and their families to recognize their rights and seek autonomy in labor. Conclusion: Currently, women are more informed about their rights during pregnancy and in relation to the parturition process. Still, it is important to highlight the need for nursing action in health education for pregnant women, parturients and puerperal women, at all levels of care. In this sense, establishing technological productions within the scope of light technology are potential resources to reinforce the bond with the health professional and thus provide greater autonomy for the user of health services. Keywords: Autonomy, Health education, Obstetric labor
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Os relatos foram gravados e após transcritos submetidos a análise qualitativa por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Foi possí­vel identificar que 12,5% das mulheres não sabiam o sentido da palavra autonomia no contexto de parturição. Analisando os relatos das puérperas, foi possí­vel destacar três categorias: Informações acerca dos tipos de parto e seus benefí­cios e malefí­cios de acordo com a vontade da mulher; Uso de ocitocina durante o trabalho de parto; Realizar orientações durante o pré-natal, sobre autonomia e empoderamento da mulher com a finalidade de instrumentalizá-la para o trabalho de parto e parto. Diante dessas categorias, uma estratégia de educação em saúde que pode contribuir para a abordagem de temáticas relevantes para o empoderamento da mulher é o folder informativo que possibilita a gestante e sua famí­lia o reconhecimento de seus direitos e a busca da autonomia no trabalho de parto. Conclusão: Atualmente as mulheres estão mais informadas sobre os seus direitos no perí­odo gestacional e em relação ao processo de parturição. Ainda assim, é importante destacar a necessidade de atuação da enfermagem na educação em saúde de gestantes, parturientes e puérperas, em todos os ní­veis de assistência. Nesse sentido, estabelecer produções tecnológicas, no âmbito da tecnologia leve se constituem recursos em potencial para reforçar o ví­nculo com o profissional de saúde e desta forma proporcionar maior autonomia da usuária dos serviços de saúde. Palavras chave: Autonomia, Educação em saúde, Trabalho de parto Abstract Introduction: Pregnancy is characterized as an individual and collective experience, imbricated by scientific, cultural and also personal experiences and knowledge. It is the right of women to obtain information in order to exercise autonomy in their own choices, to receive equal treatment and free from discrimination and to have their privacy and confidentiality respected. Objectives: To identify the mother's perception of autonomy during labor and delivery and to establish a health education strategy for the empowerment of women in this period. Method: Descriptive, field research, with a qualitative approach, carried out in the Rooming-In Unit of ISCMSP, through semi-structured interviews with parturients, in January 2020. The reports were recorded and after transcripts were submitted to qualitative analysis through Bardin's content analysis technique. Results: It was possible to identify that 12.5% of women did not know the meaning of the word autonomy in the context of parturition. Analyzing the reports of the mothers, it was possible to highlight three categories: Information about the types of delivery and their benefits and harms according to the woman's will; Use of oxytocin during labor; Provide guidance during prenatal care on women's autonomy and empowerment of women in order to provide them with tools for labor and delivery. In view of these categories, a health education strategy that can contribute to addressing issues relevant to women's empowerment is the information folder that enables pregnant women and their families to recognize their rights and seek autonomy in labor. Conclusion: Currently, women are more informed about their rights during pregnancy and in relation to the parturition process. Still, it is important to highlight the need for nursing action in health education for pregnant women, parturients and puerperal women, at all levels of care. In this sense, establishing technological productions within the scope of light technology are potential resources to reinforce the bond with the health professional and thus provide greater autonomy for the user of health services. 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