Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico feminino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bezerra,Leonardo Robson Pinheiro Sobreira
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Oliveira,Emerson de, Bortolini,Maria Augusta Tezelli, Hamerski,Maria Gorete, Baracat,Edmund Chada, Sartori,Marair Gracio Ferreira, Girão,Manoel João Bastista Castello
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032004000600004
Resumo: OBJETIVO: comparar a classificação de Baden e Walker (BW) para o prolapso pélvico feminino e a preconizada pela Sociedade Internacional de Continência (ICS). MÉTODOS: em trabalho retrospectivo foram analisadas as informações sobre 101 pacientes atendidas no setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal do Departamento de Ginecologia da UNIFESP/EPM durante investigação uroginecológica. As pacientes foram selecionadas a partir da revisão do prontuário médico, onde foram identificadas aquelas que submeteram-se a exame padronizado pela ICS a fim de quantificar o prolapso pélvico feminino. Conforme preconiza a ICS, o prolapso foi analisado por um sistema padrão de referência que relaciona a carúncula himenal (ponto fixo) à posição anatômica de seis pontos definidos: 2 na parede vaginal anterior, 2 no ápice vaginal e 2 na parede vaginal posterior. A máxima protrusão do prolapso foi visualizada e registrada durante a manobra de Valsalva solicitada à paciente. Realizou-se a medida do ponto mais externo do prolapso (pontos Ba, Bp e C) comparando-o com a classificação de BW. A medida adotada para avaliar a concordância entre as duas terminologias foi a estatística kappa. RESULTADOS: observou-se correspondência de 100% somente para o prolapso de parede vaginal posterior estádio IV (1 paciente) e para o prolapso uterino estádio zero (29 pacientes), segundo Baden e Walker, com retocele severa e ausência de prolapso, respectivamente. Para os três tipos de prolapsos examinados, os valores da estatística kappa estavam abaixo de 0,4, indicando fraca concordância entre as duas terminologias. Concluímos que existe uma ampla variação nas medidas do ponto mais externo do prolapso ao se realizar a classificação de BW. Para um determinado grau de prolapso na classificação de BW encontramos mais de um estádio na classificação da ICS. CONCLUSÕES: existe fraca concordância entre as classificações de Baden e Walker e a da Sociedade Internacional de Continência para as distopias genitais.
id FEBRASGO-1_18bfbc60bf48ea212e67a7872150b4fe
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-72032004000600004
network_acronym_str FEBRASGO-1
network_name_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository_id_str
spelling Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico femininoProlapso genitalAssoalho pélvicoIncontinência urináriaOBJETIVO: comparar a classificação de Baden e Walker (BW) para o prolapso pélvico feminino e a preconizada pela Sociedade Internacional de Continência (ICS). MÉTODOS: em trabalho retrospectivo foram analisadas as informações sobre 101 pacientes atendidas no setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal do Departamento de Ginecologia da UNIFESP/EPM durante investigação uroginecológica. As pacientes foram selecionadas a partir da revisão do prontuário médico, onde foram identificadas aquelas que submeteram-se a exame padronizado pela ICS a fim de quantificar o prolapso pélvico feminino. Conforme preconiza a ICS, o prolapso foi analisado por um sistema padrão de referência que relaciona a carúncula himenal (ponto fixo) à posição anatômica de seis pontos definidos: 2 na parede vaginal anterior, 2 no ápice vaginal e 2 na parede vaginal posterior. A máxima protrusão do prolapso foi visualizada e registrada durante a manobra de Valsalva solicitada à paciente. Realizou-se a medida do ponto mais externo do prolapso (pontos Ba, Bp e C) comparando-o com a classificação de BW. A medida adotada para avaliar a concordância entre as duas terminologias foi a estatística kappa. RESULTADOS: observou-se correspondência de 100% somente para o prolapso de parede vaginal posterior estádio IV (1 paciente) e para o prolapso uterino estádio zero (29 pacientes), segundo Baden e Walker, com retocele severa e ausência de prolapso, respectivamente. Para os três tipos de prolapsos examinados, os valores da estatística kappa estavam abaixo de 0,4, indicando fraca concordância entre as duas terminologias. Concluímos que existe uma ampla variação nas medidas do ponto mais externo do prolapso ao se realizar a classificação de BW. Para um determinado grau de prolapso na classificação de BW encontramos mais de um estádio na classificação da ICS. CONCLUSÕES: existe fraca concordância entre as classificações de Baden e Walker e a da Sociedade Internacional de Continência para as distopias genitais.Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia2004-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032004000600004Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.26 n.6 2004reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)instacron:FEBRASGO10.1590/S0100-72032004000600004info:eu-repo/semantics/openAccessBezerra,Leonardo Robson Pinheiro SobreiraOliveira,Emerson deBortolini,Maria Augusta TezelliHamerski,Maria GoreteBaracat,Edmund ChadaSartori,Marair Gracio FerreiraGirão,Manoel João Bastista Castellopor2004-09-02T00:00:00Zoai:scielo:S0100-72032004000600004Revistahttp://www.scielo.br/rbgohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppublicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br1806-93390100-7203opendoar:2004-09-02T00:00Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)false
dc.title.none.fl_str_mv Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico feminino
title Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico feminino
spellingShingle Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico feminino
Bezerra,Leonardo Robson Pinheiro Sobreira
Prolapso genital
Assoalho pélvico
Incontinência urinária
title_short Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico feminino
title_full Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico feminino
title_fullStr Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico feminino
title_full_unstemmed Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico feminino
title_sort Comparação entre as terminologias padronizadas por Baden e Walker e pela ICS para o prolapso pélvico feminino
author Bezerra,Leonardo Robson Pinheiro Sobreira
author_facet Bezerra,Leonardo Robson Pinheiro Sobreira
Oliveira,Emerson de
Bortolini,Maria Augusta Tezelli
Hamerski,Maria Gorete
Baracat,Edmund Chada
Sartori,Marair Gracio Ferreira
Girão,Manoel João Bastista Castello
author_role author
author2 Oliveira,Emerson de
Bortolini,Maria Augusta Tezelli
Hamerski,Maria Gorete
Baracat,Edmund Chada
Sartori,Marair Gracio Ferreira
Girão,Manoel João Bastista Castello
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Bezerra,Leonardo Robson Pinheiro Sobreira
Oliveira,Emerson de
Bortolini,Maria Augusta Tezelli
Hamerski,Maria Gorete
Baracat,Edmund Chada
Sartori,Marair Gracio Ferreira
Girão,Manoel João Bastista Castello
dc.subject.por.fl_str_mv Prolapso genital
Assoalho pélvico
Incontinência urinária
topic Prolapso genital
Assoalho pélvico
Incontinência urinária
description OBJETIVO: comparar a classificação de Baden e Walker (BW) para o prolapso pélvico feminino e a preconizada pela Sociedade Internacional de Continência (ICS). MÉTODOS: em trabalho retrospectivo foram analisadas as informações sobre 101 pacientes atendidas no setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal do Departamento de Ginecologia da UNIFESP/EPM durante investigação uroginecológica. As pacientes foram selecionadas a partir da revisão do prontuário médico, onde foram identificadas aquelas que submeteram-se a exame padronizado pela ICS a fim de quantificar o prolapso pélvico feminino. Conforme preconiza a ICS, o prolapso foi analisado por um sistema padrão de referência que relaciona a carúncula himenal (ponto fixo) à posição anatômica de seis pontos definidos: 2 na parede vaginal anterior, 2 no ápice vaginal e 2 na parede vaginal posterior. A máxima protrusão do prolapso foi visualizada e registrada durante a manobra de Valsalva solicitada à paciente. Realizou-se a medida do ponto mais externo do prolapso (pontos Ba, Bp e C) comparando-o com a classificação de BW. A medida adotada para avaliar a concordância entre as duas terminologias foi a estatística kappa. RESULTADOS: observou-se correspondência de 100% somente para o prolapso de parede vaginal posterior estádio IV (1 paciente) e para o prolapso uterino estádio zero (29 pacientes), segundo Baden e Walker, com retocele severa e ausência de prolapso, respectivamente. Para os três tipos de prolapsos examinados, os valores da estatística kappa estavam abaixo de 0,4, indicando fraca concordância entre as duas terminologias. Concluímos que existe uma ampla variação nas medidas do ponto mais externo do prolapso ao se realizar a classificação de BW. Para um determinado grau de prolapso na classificação de BW encontramos mais de um estádio na classificação da ICS. CONCLUSÕES: existe fraca concordância entre as classificações de Baden e Walker e a da Sociedade Internacional de Continência para as distopias genitais.
publishDate 2004
dc.date.none.fl_str_mv 2004-07-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032004000600004
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032004000600004
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-72032004000600004
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.26 n.6 2004
reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron:FEBRASGO
instname_str Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron_str FEBRASGO
institution FEBRASGO
reponame_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
collection Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
repository.mail.fl_str_mv publicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br
_version_ 1754115938168340480