Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032010000100005 |
Resumo: | OBJETIVO: comparar a dor referida pelas pacientes submetidas à histeroscopia pela técnica convencional com gás carbônico (CO2) e a vaginohisteroscopia com soro fisiológico (SF 0,9%). MÉTODOS: estudo prospectivo de coorte, realizado em um serviço de histeroscopia ambulatorial. Foram incluídas 117 pacientes com indicação para realizarem o exame, alocadas aleatoriamente em dois grupos. Todas responderam a um questionário epidemiológico e quantificaram a dor esperada antes do exame e sentida após seu término em uma escala verbal de dor de 0 a 10. Para a técnica convencional, foram utilizados espéculo, tração do colo, inserção de ótica de 30º e camisa diagnóstica com diâmetro total 5 mm. A cavidade foi distendida com CO2 sob pressão de 100 mmHg controlada por histeroinsuflador e a biópsia realizada com cureta de Novak. A vaginoscopia foi realizada sem toque, por distensão da vagina com líquido, visualização direta do colo e introdução de ótica com duas camisas de fluxo contínuo com canal acessório de perfil ovalado, totalizando também 5 mm de diâmetro para o conjunto. Foi utilizado SF 0,9% como meio de distensão e a pressão, definida como a necessária para adequada visualização do canal e da cavidade com pressurizador pneumático externo. A biópsia foi realizada de forma dirigida com pinça endoscópica. Foram calculados média e desvio padrão para as variáveis quantitativas e frequência para as qualitativas. O teste t de Student foi utilizado para comparar médias e o teste do qui-quadrado ou exato de Fischer (quando n<5), para análise categórica usando o SPSS 15.0. O estudo foi desenhado para 95% de poder do teste com significância se p<0,05. RESULTADOS: os grupos foram similares quanto a: idade, paridade, cirurgia uterina prévia, estado menopausal e necessidade de biópsia. No grupo vaginoscopia, comparado ao da técnica convencional, houve menor dificuldade técnica (5,1 versus 17,2%, p=0,03), maior taxa de exames considerados satisfatórios (98,3 versus 89,7%, p=0,04) e menor índice de dor (4,8 versus 6,1; p=0,01), com diferença mais evidente em comparação a pacientes que nunca haviam tido um parto normal prévio (4,9 versus 7,1; p=0,0001). Ao estratificar a escala de dor em leve (0-4), moderada (5-7) ou intensa (8-10) a técnica por vaginoscopia foi associada à redução de 52% na frequência da dor intensa (p=0,005). CONCLUSÕES: A vaginohisteroscopia mostrou-se um procedimento menos doloroso do que a técnica com espéculo e CO2 independentemente de idade, menopausa ou paridade, com resultados mais satisfatórios e menor dificuldade técnica. |
id |
FEBRASGO-1_202c45235e7653e21b85bf1202371efc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-72032010000100005 |
network_acronym_str |
FEBRASGO-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicasHisteroscopia/métodosMedição da dorCloreto de sódioAssistência ambulatorialOBJETIVO: comparar a dor referida pelas pacientes submetidas à histeroscopia pela técnica convencional com gás carbônico (CO2) e a vaginohisteroscopia com soro fisiológico (SF 0,9%). MÉTODOS: estudo prospectivo de coorte, realizado em um serviço de histeroscopia ambulatorial. Foram incluídas 117 pacientes com indicação para realizarem o exame, alocadas aleatoriamente em dois grupos. Todas responderam a um questionário epidemiológico e quantificaram a dor esperada antes do exame e sentida após seu término em uma escala verbal de dor de 0 a 10. Para a técnica convencional, foram utilizados espéculo, tração do colo, inserção de ótica de 30º e camisa diagnóstica com diâmetro total 5 mm. A cavidade foi distendida com CO2 sob pressão de 100 mmHg controlada por histeroinsuflador e a biópsia realizada com cureta de Novak. A vaginoscopia foi realizada sem toque, por distensão da vagina com líquido, visualização direta do colo e introdução de ótica com duas camisas de fluxo contínuo com canal acessório de perfil ovalado, totalizando também 5 mm de diâmetro para o conjunto. Foi utilizado SF 0,9% como meio de distensão e a pressão, definida como a necessária para adequada visualização do canal e da cavidade com pressurizador pneumático externo. A biópsia foi realizada de forma dirigida com pinça endoscópica. Foram calculados média e desvio padrão para as variáveis quantitativas e frequência para as qualitativas. O teste t de Student foi utilizado para comparar médias e o teste do qui-quadrado ou exato de Fischer (quando n<5), para análise categórica usando o SPSS 15.0. O estudo foi desenhado para 95% de poder do teste com significância se p<0,05. RESULTADOS: os grupos foram similares quanto a: idade, paridade, cirurgia uterina prévia, estado menopausal e necessidade de biópsia. No grupo vaginoscopia, comparado ao da técnica convencional, houve menor dificuldade técnica (5,1 versus 17,2%, p=0,03), maior taxa de exames considerados satisfatórios (98,3 versus 89,7%, p=0,04) e menor índice de dor (4,8 versus 6,1; p=0,01), com diferença mais evidente em comparação a pacientes que nunca haviam tido um parto normal prévio (4,9 versus 7,1; p=0,0001). Ao estratificar a escala de dor em leve (0-4), moderada (5-7) ou intensa (8-10) a técnica por vaginoscopia foi associada à redução de 52% na frequência da dor intensa (p=0,005). CONCLUSÕES: A vaginohisteroscopia mostrou-se um procedimento menos doloroso do que a técnica com espéculo e CO2 independentemente de idade, menopausa ou paridade, com resultados mais satisfatórios e menor dificuldade técnica.Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia2010-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032010000100005Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.32 n.1 2010reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)instacron:FEBRASGO10.1590/S0100-72032010000100005info:eu-repo/semantics/openAccessDiniz,Daniela Barreto Fraguglia QuentalDepes,Daniella De BatistaPereira,Ana Maria GomesDavid,Simone DeniseLippi,Umberto GaziBaracat,Fausto FarahLopes,Reginaldo Guedes Coelhopor2010-02-23T00:00:00Zoai:scielo:S0100-72032010000100005Revistahttp://www.scielo.br/rbgohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppublicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br1806-93390100-7203opendoar:2010-02-23T00:00Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicas |
title |
Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicas |
spellingShingle |
Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicas Diniz,Daniela Barreto Fraguglia Quental Histeroscopia/métodos Medição da dor Cloreto de sódio Assistência ambulatorial |
title_short |
Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicas |
title_full |
Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicas |
title_fullStr |
Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicas |
title_full_unstemmed |
Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicas |
title_sort |
Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicas |
author |
Diniz,Daniela Barreto Fraguglia Quental |
author_facet |
Diniz,Daniela Barreto Fraguglia Quental Depes,Daniella De Batista Pereira,Ana Maria Gomes David,Simone Denise Lippi,Umberto Gazi Baracat,Fausto Farah Lopes,Reginaldo Guedes Coelho |
author_role |
author |
author2 |
Depes,Daniella De Batista Pereira,Ana Maria Gomes David,Simone Denise Lippi,Umberto Gazi Baracat,Fausto Farah Lopes,Reginaldo Guedes Coelho |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Diniz,Daniela Barreto Fraguglia Quental Depes,Daniella De Batista Pereira,Ana Maria Gomes David,Simone Denise Lippi,Umberto Gazi Baracat,Fausto Farah Lopes,Reginaldo Guedes Coelho |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Histeroscopia/métodos Medição da dor Cloreto de sódio Assistência ambulatorial |
topic |
Histeroscopia/métodos Medição da dor Cloreto de sódio Assistência ambulatorial |
description |
OBJETIVO: comparar a dor referida pelas pacientes submetidas à histeroscopia pela técnica convencional com gás carbônico (CO2) e a vaginohisteroscopia com soro fisiológico (SF 0,9%). MÉTODOS: estudo prospectivo de coorte, realizado em um serviço de histeroscopia ambulatorial. Foram incluídas 117 pacientes com indicação para realizarem o exame, alocadas aleatoriamente em dois grupos. Todas responderam a um questionário epidemiológico e quantificaram a dor esperada antes do exame e sentida após seu término em uma escala verbal de dor de 0 a 10. Para a técnica convencional, foram utilizados espéculo, tração do colo, inserção de ótica de 30º e camisa diagnóstica com diâmetro total 5 mm. A cavidade foi distendida com CO2 sob pressão de 100 mmHg controlada por histeroinsuflador e a biópsia realizada com cureta de Novak. A vaginoscopia foi realizada sem toque, por distensão da vagina com líquido, visualização direta do colo e introdução de ótica com duas camisas de fluxo contínuo com canal acessório de perfil ovalado, totalizando também 5 mm de diâmetro para o conjunto. Foi utilizado SF 0,9% como meio de distensão e a pressão, definida como a necessária para adequada visualização do canal e da cavidade com pressurizador pneumático externo. A biópsia foi realizada de forma dirigida com pinça endoscópica. Foram calculados média e desvio padrão para as variáveis quantitativas e frequência para as qualitativas. O teste t de Student foi utilizado para comparar médias e o teste do qui-quadrado ou exato de Fischer (quando n<5), para análise categórica usando o SPSS 15.0. O estudo foi desenhado para 95% de poder do teste com significância se p<0,05. RESULTADOS: os grupos foram similares quanto a: idade, paridade, cirurgia uterina prévia, estado menopausal e necessidade de biópsia. No grupo vaginoscopia, comparado ao da técnica convencional, houve menor dificuldade técnica (5,1 versus 17,2%, p=0,03), maior taxa de exames considerados satisfatórios (98,3 versus 89,7%, p=0,04) e menor índice de dor (4,8 versus 6,1; p=0,01), com diferença mais evidente em comparação a pacientes que nunca haviam tido um parto normal prévio (4,9 versus 7,1; p=0,0001). Ao estratificar a escala de dor em leve (0-4), moderada (5-7) ou intensa (8-10) a técnica por vaginoscopia foi associada à redução de 52% na frequência da dor intensa (p=0,005). CONCLUSÕES: A vaginohisteroscopia mostrou-se um procedimento menos doloroso do que a técnica com espéculo e CO2 independentemente de idade, menopausa ou paridade, com resultados mais satisfatórios e menor dificuldade técnica. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032010000100005 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032010000100005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0100-72032010000100005 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia |
publisher.none.fl_str_mv |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.32 n.1 2010 reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) instacron:FEBRASGO |
instname_str |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) |
instacron_str |
FEBRASGO |
institution |
FEBRASGO |
reponame_str |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
collection |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) |
repository.mail.fl_str_mv |
publicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br |
_version_ |
1754115940786634752 |