Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional persistente
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032005000600007 |
Resumo: | OBJETIVOS: avaliar o impacto dos fatores de riscos na evolução para doença trofoblástica gestacional persistente (DTGP) e selecionar grupos de pacientes para seguimento intensivo e os que poderiam se beneficiar de quimioterapia profilática. MÉTODOS: foram incluídas prospectivamente 214 pacientes com diagnóstico de mola hidatiforme completa (MHC) submetidas a esvaziamento uterino no período de 1980 a 2001. Todas as pacientes foram seguidas semanalmente com avaliação clínica e dosagem de bHCG. Consideramos como DTGP as pacientes que necessitaram tratamento adicional além do esvaziamento uterino para a resolução do caso. Foram analisados parâmetros epidemiológicos (idade, antecedentes obstétricos, raça e tipagem sanguínea) bem como indicadores de volume e agressividade da doença (volume uterino, presença de cistos teca-luteínicos e dosagem sérica de betaHCG). Os diversos fatores de risco foram avaliados isoladamente e em conjunto, sendo o risco expresso em odds ratio (OR). RESULTADOS: dentre os fatores epidemiológicos e características pessoais apenas a ausência do fator Rh foi significante (com OR de 2,3). Todos os sinais indicativos de hiperplasia do trofoblasto, representados pela altura uterina maior que a esperada para a idade gestacional, o volume uterino estimado pela ultra-sonografia, a presença de cistos teca-luteínicos e a dosagem sérica elevada de bHCG, estiveram associados ao risco de DTGP. A presença de pelo menos um destes achados mostrou sensibilidade de 82% e valor preditivo positivo de 35,1% (OR 4,8). A regressão logística identificou os parâmetros altura uterina maior que o esperado para a idade gestacional e os níveis séricos de betaHCG como fatores de risco para DTGP com OR de 4,1 e 5,5, respectivamente. CONCLUSÕES: os sinais de hiperplasia do trofoblasto apresentam boa sensibilidade na predição de DTGP, no entanto o baixo valor preditivo positivo impede que se empreguem estes fatores para selecionar pacientes que não necessitariam de seguimento na forma realizada atualmente e impede também a seleção com precisão de casos com indicação de quimioterapia profilática. |
id |
FEBRASGO-1_da89a8f603a88e3b5cebdba2230462ac |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-72032005000600007 |
network_acronym_str |
FEBRASGO-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional persistenteMola hidatiformeNeoplasias trofoblásticas gestacionaisQuimioterapiaFatores de riscoOBJETIVOS: avaliar o impacto dos fatores de riscos na evolução para doença trofoblástica gestacional persistente (DTGP) e selecionar grupos de pacientes para seguimento intensivo e os que poderiam se beneficiar de quimioterapia profilática. MÉTODOS: foram incluídas prospectivamente 214 pacientes com diagnóstico de mola hidatiforme completa (MHC) submetidas a esvaziamento uterino no período de 1980 a 2001. Todas as pacientes foram seguidas semanalmente com avaliação clínica e dosagem de bHCG. Consideramos como DTGP as pacientes que necessitaram tratamento adicional além do esvaziamento uterino para a resolução do caso. Foram analisados parâmetros epidemiológicos (idade, antecedentes obstétricos, raça e tipagem sanguínea) bem como indicadores de volume e agressividade da doença (volume uterino, presença de cistos teca-luteínicos e dosagem sérica de betaHCG). Os diversos fatores de risco foram avaliados isoladamente e em conjunto, sendo o risco expresso em odds ratio (OR). RESULTADOS: dentre os fatores epidemiológicos e características pessoais apenas a ausência do fator Rh foi significante (com OR de 2,3). Todos os sinais indicativos de hiperplasia do trofoblasto, representados pela altura uterina maior que a esperada para a idade gestacional, o volume uterino estimado pela ultra-sonografia, a presença de cistos teca-luteínicos e a dosagem sérica elevada de bHCG, estiveram associados ao risco de DTGP. A presença de pelo menos um destes achados mostrou sensibilidade de 82% e valor preditivo positivo de 35,1% (OR 4,8). A regressão logística identificou os parâmetros altura uterina maior que o esperado para a idade gestacional e os níveis séricos de betaHCG como fatores de risco para DTGP com OR de 4,1 e 5,5, respectivamente. CONCLUSÕES: os sinais de hiperplasia do trofoblasto apresentam boa sensibilidade na predição de DTGP, no entanto o baixo valor preditivo positivo impede que se empreguem estes fatores para selecionar pacientes que não necessitariam de seguimento na forma realizada atualmente e impede também a seleção com precisão de casos com indicação de quimioterapia profilática.Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia2005-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032005000600007Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.27 n.6 2005reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)instacron:FEBRASGO10.1590/S0100-72032005000600007info:eu-repo/semantics/openAccessTiezzi,Daniel GuimarãesAndrade,Jurandyr Moreira deReis,Francisco José Candido dosLombardi,WellingtonMarana,Heitor Ricardo Cosiskipor2005-11-11T00:00:00Zoai:scielo:S0100-72032005000600007Revistahttp://www.scielo.br/rbgohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppublicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br1806-93390100-7203opendoar:2005-11-11T00:00Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional persistente |
title |
Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional persistente |
spellingShingle |
Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional persistente Tiezzi,Daniel Guimarães Mola hidatiforme Neoplasias trofoblásticas gestacionais Quimioterapia Fatores de risco |
title_short |
Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional persistente |
title_full |
Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional persistente |
title_fullStr |
Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional persistente |
title_full_unstemmed |
Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional persistente |
title_sort |
Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional persistente |
author |
Tiezzi,Daniel Guimarães |
author_facet |
Tiezzi,Daniel Guimarães Andrade,Jurandyr Moreira de Reis,Francisco José Candido dos Lombardi,Wellington Marana,Heitor Ricardo Cosiski |
author_role |
author |
author2 |
Andrade,Jurandyr Moreira de Reis,Francisco José Candido dos Lombardi,Wellington Marana,Heitor Ricardo Cosiski |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Tiezzi,Daniel Guimarães Andrade,Jurandyr Moreira de Reis,Francisco José Candido dos Lombardi,Wellington Marana,Heitor Ricardo Cosiski |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Mola hidatiforme Neoplasias trofoblásticas gestacionais Quimioterapia Fatores de risco |
topic |
Mola hidatiforme Neoplasias trofoblásticas gestacionais Quimioterapia Fatores de risco |
description |
OBJETIVOS: avaliar o impacto dos fatores de riscos na evolução para doença trofoblástica gestacional persistente (DTGP) e selecionar grupos de pacientes para seguimento intensivo e os que poderiam se beneficiar de quimioterapia profilática. MÉTODOS: foram incluídas prospectivamente 214 pacientes com diagnóstico de mola hidatiforme completa (MHC) submetidas a esvaziamento uterino no período de 1980 a 2001. Todas as pacientes foram seguidas semanalmente com avaliação clínica e dosagem de bHCG. Consideramos como DTGP as pacientes que necessitaram tratamento adicional além do esvaziamento uterino para a resolução do caso. Foram analisados parâmetros epidemiológicos (idade, antecedentes obstétricos, raça e tipagem sanguínea) bem como indicadores de volume e agressividade da doença (volume uterino, presença de cistos teca-luteínicos e dosagem sérica de betaHCG). Os diversos fatores de risco foram avaliados isoladamente e em conjunto, sendo o risco expresso em odds ratio (OR). RESULTADOS: dentre os fatores epidemiológicos e características pessoais apenas a ausência do fator Rh foi significante (com OR de 2,3). Todos os sinais indicativos de hiperplasia do trofoblasto, representados pela altura uterina maior que a esperada para a idade gestacional, o volume uterino estimado pela ultra-sonografia, a presença de cistos teca-luteínicos e a dosagem sérica elevada de bHCG, estiveram associados ao risco de DTGP. A presença de pelo menos um destes achados mostrou sensibilidade de 82% e valor preditivo positivo de 35,1% (OR 4,8). A regressão logística identificou os parâmetros altura uterina maior que o esperado para a idade gestacional e os níveis séricos de betaHCG como fatores de risco para DTGP com OR de 4,1 e 5,5, respectivamente. CONCLUSÕES: os sinais de hiperplasia do trofoblasto apresentam boa sensibilidade na predição de DTGP, no entanto o baixo valor preditivo positivo impede que se empreguem estes fatores para selecionar pacientes que não necessitariam de seguimento na forma realizada atualmente e impede também a seleção com precisão de casos com indicação de quimioterapia profilática. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032005000600007 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032005000600007 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0100-72032005000600007 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia |
publisher.none.fl_str_mv |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.27 n.6 2005 reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) instacron:FEBRASGO |
instname_str |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) |
instacron_str |
FEBRASGO |
institution |
FEBRASGO |
reponame_str |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
collection |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) |
repository.mail.fl_str_mv |
publicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br |
_version_ |
1754115938599305216 |