Insurgentes incendeiam a cidade da Bahia. O Quebra Bondes e a Revolução de 30
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Históricos (Rio de Janeiro) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21862020000300579 |
Resumo: | Resumo A partir da análise do Quebra Bondes, protesto ocorrido em 4 de outubro de 1930 contra as companhias Linha Circular e Energia Elétrica, firmas encarregadas dos bondes, elevadores, planos inclinados, eletricidade e telefonia de Salvador, o artigo questiona a costumeira representação da elite baiana de placidez social ou controle da população durante o processo “mudancista” - “outubrista” - em 1930. Nossa intenção estratégica é integrar a pesquisa sobre a Bahia na macronarrativa histórica com termos distantes das perspectivas que a enquadram como um lugar atrasado ou marginal no processo político brasileiro. Para nós, a Bahia aparece muito e desde o começo da Revolução de 30. Legalista no início, o estado aderiu aos vitoriosos (sem resistir). Neste artigo, a Bahia, contudo, não é vira-casaca: é, antes, lugar atravessado pela possibilidade da ação popular direta, pela presença de sertanejos armados por seus patrões, pela conspiração civil e militar e, por fim, pelas forças oligárquicas aliadas a São Paulo. Em particular, o artigo aponta para a força popular no enfrentamento de obstáculos reais, tanto as hierarquias sociais quanto as distâncias existentes entre os pontos da cidade onde agiram os insurgentes. Examina como o quebra-quebra foi percebido em termos raciais e não teve sua paternidade reivindicada por nenhuma força operante no movimento revolucionário, talvez porque tenha projetado sobre a antiga capital do Brasil a caraça de malvadezas do bicho-papão da horda negra. |
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Insurgentes incendeiam a cidade da Bahia. O Quebra Bondes e a Revolução de 30Revolução de 30BahiaMotimTrabalhadoresRacismoResumo A partir da análise do Quebra Bondes, protesto ocorrido em 4 de outubro de 1930 contra as companhias Linha Circular e Energia Elétrica, firmas encarregadas dos bondes, elevadores, planos inclinados, eletricidade e telefonia de Salvador, o artigo questiona a costumeira representação da elite baiana de placidez social ou controle da população durante o processo “mudancista” - “outubrista” - em 1930. Nossa intenção estratégica é integrar a pesquisa sobre a Bahia na macronarrativa histórica com termos distantes das perspectivas que a enquadram como um lugar atrasado ou marginal no processo político brasileiro. Para nós, a Bahia aparece muito e desde o começo da Revolução de 30. Legalista no início, o estado aderiu aos vitoriosos (sem resistir). Neste artigo, a Bahia, contudo, não é vira-casaca: é, antes, lugar atravessado pela possibilidade da ação popular direta, pela presença de sertanejos armados por seus patrões, pela conspiração civil e militar e, por fim, pelas forças oligárquicas aliadas a São Paulo. Em particular, o artigo aponta para a força popular no enfrentamento de obstáculos reais, tanto as hierarquias sociais quanto as distâncias existentes entre os pontos da cidade onde agiram os insurgentes. Examina como o quebra-quebra foi percebido em termos raciais e não teve sua paternidade reivindicada por nenhuma força operante no movimento revolucionário, talvez porque tenha projetado sobre a antiga capital do Brasil a caraça de malvadezas do bicho-papão da horda negra.Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas2020-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21862020000300579Estudos Históricos (Rio de Janeiro) v.33 n.71 2020reponame:Estudos Históricos (Rio de Janeiro)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGV10.1590/s2178-14942020000300008info:eu-repo/semantics/openAccessNegro,Antonio LuigiBrito,Jonaspor2020-09-10T00:00:00Zoai:scielo:S0103-21862020000300579Revistahttps://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rehONGhttps://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/oai||biblioteca.digital@fgv.br||eh@fgv.br2178-14940103-2186opendoar:2020-09-10T00:00Estudos Históricos (Rio de Janeiro) - Fundação Getulio Vargas (FGV)false |
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