Participação como controle social: uma crítica das estruturas organizacionais flexíveis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RAE (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-56482004000200004 |
Resumo: | Este artigo tem por objetivo principal discutir criticamente a natureza do processo de dominação subjacente aos modelos altamente orgânicos típicos de estruturas organizacionais flexíveis. Tais modelos geralmente lidam com decisões complexas e de difícil formalização, o que para alguns autores implica a necessária e imediata democratização das organizações, que assumiriam estruturas consensuais, isentas de relações de poder. Com base no conceito de controle social, na sociologia da dominação weberiana e na idéia de racionalização do mundo da vida (HABERMAS, 1987), desenvolvemos uma definição de controle social normativo como processo de instrumentalização econômica das relações cotidianas convencionais dentro das organizações. Tal processo sugere nova ênfase sobre mecanismos informais de exercício do poder como resposta dos sistemas econômicos à potencial instabilidade em face de problemas inéditos e decisões não-estruturadas. Propõe-se assim outra via para interpretação do significado das estruturas participativas em organizações econômicas, uma interpretação que desconfia do otimismo predominante. |
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