Uma nota sobre o prêmio salarial em empresas exportadoras brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Wallace Patrick Santos de Farias
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Ziegelmann, Flávio Augusto, Figueiredo, Erik Alencar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Economia (Online)
Texto Completo: https://periodicos.fgv.br/rbe/article/view/76287
Resumo: Este estudo apresenta dois objetivos complementares. O primeiro consiste em investigara relação entre o status de exportação das empresas e o salário pago aos trabalhadores.Mais especificamente será testado se a exportação leva a um prêmio salarial para os empregados das empresas do setor externo ou se as empresas exportadoras já pagam um salário maior antes de começar a exportar. Dado isso, o segundo objetivo é decompor esse diferencial nos efeitos composição e estrutural, observando ainda a contribuição de cada característica dos grupos nesse diferencial. Pra isso, utilizou-se um painel de dados empregador-empregado do Brasil para os anos de 2003 a 2013, fornecidos pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) no qual contém informações sobre trabalhadores e firmas, além do status de exportação da rma (variável de interesse) oriundo da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Foi empregado o método de Guimarães e Portugal (2009) para as estimativas na média com a inclusão de efeitos fixos para os empregados e as empresas e regressão quantílica para dados em painel presente em Koenker (2004). Para a decomposição, foi utilizado o método desenvolvido por Firpo et al (2007). Os resultados indicam que já existe um diferencial de salário para os trabalhadores das empresas exportadoras mesmo antes dessas entrarem no mercado externo, ao passo que o uso das regressões quantílicas corrobora que esse efeito é maior para os estratos superiores da distribuição de salários. Existe, portanto, uma autosseleção onde as empresas pagam maiores salários por serem mais produtivas e consequentemente começam a exportar. Por fim, a decomposição confirma que os atributos pessoais são mais importantes para esse diferencial, corroborando que estes trabalhadores são mais produtivos.
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