O ethos capitalista weberiano e a afetividade no comércio mineiro
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos EBAPE.BR |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512012000200008 |
Resumo: | Este texto é fruto de uma pesquisa realizada ao longo de dois anos, que problematizou a forma como as pessoas exerciam o comércio em Minas Gerais em meados do século passado. As atividades que o comerciante desempenhava em seu trabalho, àquele tempo, eram parte constituinte de sua identidade social. Com base nisso, questionou-se o ethos capitalista weberiano no contexto do comércio mineiro de meados do século XX. Os argumentos foram construídos, em grande parte, confrontando ideias de Max Weber aos dados obtidos na pesquisa empírica. Foram realizadas 33 entrevistas semiestruturadas com pessoas entre 60 e 95 anos que atuaram no comércio volante. Os relatos foram abordados por meio da Análise de Conteúdo, com base no levantamento das temáticas identificadas ao longo dos discursos (BARDIN, 2004). Nas entrevistas, foram identificados elementos marcadamente característicos do capitalismo protestante e traços de personalismo e de "irracionalidade" herdados dos lusitanos (HOLANDA, 1995). Aparentemente, os sujeitos pesquisados valiam-se do afeto nas suas relações comerciais não apenas porque desejavam ter um cliente a mais - apesar de ser esse um fator a ser considerado -, mas porque viam sua vida e seu trabalho como circunstâncias entremeadas. Dessa forma, verifica-se neste artigo que os comerciantes estudados caracterizam-se como um tipo híbrido entre o que Weber denominou tradicional e moderno, em que aspectos afetivos, morais e racionais se entrecruzam. |
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