A cultura de belezas americanas: gestão de pessoas, discurso e sujeito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meira,Fabio Bittencourt
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Meira,Mônica Birchler Vanzella
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos EBAPE.BR
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512014000100010
Resumo: O discurso organizacional parece incapaz de induzir comportamentos alinhados com as exigências e necessidades da empresa. A literatura sobre gestão de pessoas aponta essa dissociação entre discurso e prática como um paradoxo. Este artigo propõe ir além, ao considerar que ele é, na verdade, signo de uma contradição constitutiva do campo a partir da qual as ações gerenciais são produzidas. A não coincidência entre discurso e prática é a regra que propicia a regeneração e reiteração incessante do que é comunicado. Técnicas renovadas de treinamento mostram que a integração dos indivíduos é vista como um problema de aprendizagem, dependente do ensino de modos de sentir e perceber suas sensações e experiências, o que vai muito além da fronteira do discurso, apontando outros limites e antagonistas. Espera-se que os indivíduos sejam sujeitos de sua própria sujeição. Nessa perspectiva, a operação e o problema da gestão de pessoas residem na necessidade de produzir simultaneamente a completa sujeição e o sujeito pleno. Os referenciais teóricos do discurso organizacional e da teoria linguística fundamentam a crítica às práticas inovadoras de gestão de pessoas. Um dos personagens do filme Beleza americana ajuda a reordenar a reflexão anterior, propiciando a retomada do problema segundo a nova chave, com a passagem do discurso ao sujeito.
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