Mercados e racionalidades: a perspectiva de Alberto Guerreiro Ramos e Cornelius Castoriadis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos EBAPE.BR |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512013000400005 |
Resumo: | Mercados e racionalidades são duas categorias das Ciências Sociais bastante discutidas na academia. Considera-se Max Weber um dos pioneiros no estudo da categoria racionalidades, da qual teria se originado grande parte das interpretações dominantes nas Ciências Sociais, em particular da Sociologia. Os autores que descrevem o mercado enfatizam diferentes aspectos, e os relatos sobre seu aparecimento histórico são também divergentes. Não existe, portanto, nas Ciências Sociais, uma interpretação única sobre as funções e a historicidade do mercado, bem como não há unanimidade em relação às formas de racionalidades dominantes. Este ensaio teórico traz a perspectiva de dois autores sobre mercados e racionalidades, sem a intenção de absolutizar seu pensamento ou limitar suas contribuições aos temas. Ramos (1981) concebe a razão como uma força inerente ao indivíduo, a qual denomina razão substantiva, assinalando que, com Thomas Hobbes, a razão configura um cálculo utilitário de consequências. Adicionalmente, Ramos (1981) vê o mercado como uma ameaça à liberdade e autonomia dos indivíduos. Para Castoriadis (1992b, 1996, 1999b), a razão está presente em um coletivo social anônimo, sendo homem e sociedade inseparáveis do contexto sócio-histórico. Já o mercado, bem ou mal, funciona, apesar da manipulação dos consumidores e da violência contra os trabalhadores. Em comum, os autores defendem a liberdade e a autonomia dos indivíduos. Conclui-se o ensaio corroborando a visão de Alves (2007), pois as elucidações apresentadas ao longo do texto indicam que as divergências não estão nas teorias e nos métodos, mas na natureza do objeto estudado. |
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