Além da letalidade: a engenharia da responsabilização policial na justiça militar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Poliana da Silva
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/35418
Resumo: Essa tese tem por objeto a responsabilização policial no âmbito da Justiça Militar Estadual, num país em que a alta letalidade das ações policiais tem repercutido política e academicamente. A valorização de episódios letais nas pesquisas, também fruto desta conjuntura, ao mesmo tempo em que contribuiu para a descrição do fenômeno, produziu a invisibilização de condutas lesivas com resultados diferentes de morte, assim como das respostas institucionais às mesmas. Diante desse contexto, a tese propõe responder à seguinte questão: quais são e como foram construídas as escolhas institucionais do Brasil em matéria de responsabilização de policiais militares? Metodologicamente, foram desenhadas estratégias de coleta e tratamento de dados nas quais buscou-se utilizar documentos públicos, observação de audiências judiciais e entrevistas, formais e informais, com atores jurídico-processuais, notadamente policiais militares e magistrados. Ao buscar compreender a maneira segundo a qual um desenho institucional específico de responsabilização foi progressivamente construído e operacionalizado, do começo da República à década de 2020, a pesquisa revela que, tanto os policiais militares, sujeitos nos processos judiciais, quanto a polícia militar, organização pública, têm trajetórias próprias diante da Justiça Militar, cujo desenho institucional traduz uma engenharia jurídica que é produto de disputas e acordos políticos. A invenção, produto dessa engenharia, é capaz de produzir imputação, processos e sanções às condutas abusivas e/ou ilegais de policiais militares, por um lado, e racismo institucional, por outro lado, mostrando que no Brasil podemos ter diversidade de sentidos de controle, transparência pública, e responsabilização de policiais militares e, ao mesmo tempo, um sofisticado sistema de desigualdade racial institucionalizado.
id FGV_185422c2257afce2946c24fa1918a2e2
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/35418
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str 3974
spelling Ferreira, Poliana da SilvaEscolas::DIREITO SPLima, Renato Sérgio deChalhoub, SidneyLima, MarciaFreitas, Felipe da SilvaGonzález, Yanilda MaríaMachado, Maíra Rocha2024-06-10T16:51:54Z2024-06-10T16:51:54Z2024-06-10https://hdl.handle.net/10438/35418Essa tese tem por objeto a responsabilização policial no âmbito da Justiça Militar Estadual, num país em que a alta letalidade das ações policiais tem repercutido política e academicamente. A valorização de episódios letais nas pesquisas, também fruto desta conjuntura, ao mesmo tempo em que contribuiu para a descrição do fenômeno, produziu a invisibilização de condutas lesivas com resultados diferentes de morte, assim como das respostas institucionais às mesmas. Diante desse contexto, a tese propõe responder à seguinte questão: quais são e como foram construídas as escolhas institucionais do Brasil em matéria de responsabilização de policiais militares? Metodologicamente, foram desenhadas estratégias de coleta e tratamento de dados nas quais buscou-se utilizar documentos públicos, observação de audiências judiciais e entrevistas, formais e informais, com atores jurídico-processuais, notadamente policiais militares e magistrados. Ao buscar compreender a maneira segundo a qual um desenho institucional específico de responsabilização foi progressivamente construído e operacionalizado, do começo da República à década de 2020, a pesquisa revela que, tanto os policiais militares, sujeitos nos processos judiciais, quanto a polícia militar, organização pública, têm trajetórias próprias diante da Justiça Militar, cujo desenho institucional traduz uma engenharia jurídica que é produto de disputas e acordos políticos. A invenção, produto dessa engenharia, é capaz de produzir imputação, processos e sanções às condutas abusivas e/ou ilegais de policiais militares, por um lado, e racismo institucional, por outro lado, mostrando que no Brasil podemos ter diversidade de sentidos de controle, transparência pública, e responsabilização de policiais militares e, ao mesmo tempo, um sofisticado sistema de desigualdade racial institucionalizado.This thesis focuses on police accountability within the scope of the Military Justice of Brazilian states, in a country where the high lethality of police actions has had political and academic repercussions. The valorization of lethal episodes in scientific production, also a result of this scenario, while contributing to the description of the phenomenon, produced the invisibility of harmful conduct with results other than death, as well as institutional responses to them. Given this context, the thesis proposes to answer the following question: what are and how were Brazil's institutional choices regarding the accountability of military police officers constructed? Methodologically, data collection and processing strategies were designed in which we sought to use public documents, observation of court hearings, and interviews, formal and informal, with legal-procedural actors, notably military police officers and magistrates. When seeking to understand the way in which a specific institutional design of accountability was progressively constructed and operationalized, from the beginning of the Republic to the 2020s, the research reveals that both the military police, subjects in judicial processes, and the military police, an organization public, have their own trajectories in relation to Military Justice, whose institutional design reflects a legal engineering that is the product of political disputes and agreements. The invention, a product of this engineering, is capable of producing accusations, processes and sanctions for abusive and/or illegal conduct by military police officers, on the one hand, and institutional racism, on the other hand, showing that in Brazil we can have a diversity of senses of control, public transparency, and accountability of military police officers and, at the same time, a sophisticated system of institutionalized racial inequality.porJustiça militarPolícia militarDireito penal militarRacismo institucionalMilitary justiceMilitary policeMilitary criminal lawPolice accountabilityInstitutional racismDireitoJustiça militarPolícia militarDireito militarResponsabilidade (Direito)Violência policial - Estudo de casosAlém da letalidade: a engenharia da responsabilização policial na justiça militarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85112https://repositorio.fgv.br/bitstreams/80026d82-4419-485f-868a-b85e0b19566f/download2a4b67231f701c416a809246e7a10077MD51ORIGINALTESE POLIANA FERREIRA 10062024.pdfTESE POLIANA FERREIRA 10062024.pdfPDFapplication/pdf5613628https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0dba2e61-8361-45fa-ab88-5fe376dd1e4e/download68ac40e0f76f06276b1962e4cca51c45MD52TEXTTHUMBNAILTESE POLIANA FERREIRA 10062024.pdf.jpgTESE POLIANA FERREIRA 10062024.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2309https://repositorio.fgv.br/bitstreams/189aa1cc-bec1-48d1-a4cd-be2581352ef1/downloadb9bb0d2cbe8294a71ab61338f7d658eaMD5310438/354182024-06-13 13:51:11.235open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/35418https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742024-06-13T13:51:11Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVGVybW8gZGUgTGljZW5jaWFtZW50bwpIw6EgdW0gw7psdGltbyBwYXNzbzogcGFyYSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciBlIGRpc3RyaWJ1aXIgc3VhIHN1Ym1pc3PDo28gZW0gdG9kbyBvIG11bmRvLCB2b2PDqiBkZXZlIGNvbmNvcmRhciBjb20gb3MgdGVybW9zIGEgc2VndWlyLgoKQ29uY29yZGFyIGNvbSBvIFRlcm1vIGRlIExpY2VuY2lhbWVudG8sIHNlbGVjaW9uYW5kbyAiRXUgY29uY29yZG8gY29tIG8gVGVybW8gZGUgTGljZW5jaWFtZW50byIgZSBjbGlxdWUgZW0gIkZpbmFsaXphciBzdWJtaXNzw6NvIi4KClRFUk1PUyBMSUNFTkNJQU1FTlRPIFBBUkEgQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIMOAIEJJQkxJT1RFQ0EgVklSVFVBTCBGR1YgKHZlcnPDo28gMS4yKQoKMS4gVm9jw6osIHVzdcOhcmlvLWRlcG9zaXRhbnRlIGRhIEJpYmxpb3RlY2EgVmlydHVhbCBGR1YsIGFzc2VndXJhLCBubyBwcmVzZW50ZSBhdG8sIHF1ZSDDqSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AgdG90YWxpZGFkZSBkYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCwgYmVtIGNvbW8gZGUgc2V1cyBjb21wb25lbnRlcyBtZW5vcmVzLCBlbSBzZSB0cmF0YW5kbyBkZSBvYnJhIGNvbGV0aXZhLCBjb25mb3JtZSBvIHByZWNlaXR1YWRvIHBlbGEgTGVpIDkuNjEwLzk4IGUvb3UgTGVpIDkuNjA5Lzk4LiBOw6NvIHNlbmRvIGVzdGUgbyBjYXNvLCB2b2PDqiBhc3NlZ3VyYSB0ZXIgb2J0aWRvLCBkaXJldGFtZW50ZSBkb3MgZGV2aWRvcyB0aXR1bGFyZXMsIGF1dG9yaXphw6fDo28gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIHBhcmEgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZGEgT2JyYSwgYWJyYW5nZW5kbyB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmV4b3MgYWZldGFkb3MgcGVsYSBhc3NpbmF0dXJhIGRvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIGRlIGxpY2VuY2lhbWVudG8sIGRlIG1vZG8gYSBlZmV0aXZhbWVudGUgaXNlbnRhciBhIEZ1bmRhw6fDo28gR2V0dWxpbyBWYXJnYXMgZSBzZXVzIGZ1bmNpb27DoXJpb3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBwZWxvIHVzbyBuw6NvLWF1dG9yaXphZG8gZG8gbWF0ZXJpYWwgZGVwb3NpdGFkbywgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYSBxdWFpc3F1ZXIgc2VydmnDp29zIGRlIGJ1c2NhIGUgZGlzdHJpYnVpw6fDo28gZGUgY29udGXDumRvIHF1ZSBmYcOnYW0gdXNvIGRhcyBpbnRlcmZhY2VzIGUgZXNwYcOnbyBkZSBhcm1hemVuYW1lbnRvIHByb3ZpZGVuY2lhZG9zIHBlbGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBwb3IgbWVpbyBkZSBzZXVzIHNpc3RlbWFzIGluZm9ybWF0aXphZG9zLgoKMi4gQSBhc3NpbmF0dXJhIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIHRlbSBjb21vIGNvbnNlccO8w6puY2lhIGEgdHJhbnNmZXLDqm5jaWEsIGEgdMOtdHVsbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBlIG7Do28tb25lcm9zbywgaXNlbnRhIGRvIHBhZ2FtZW50byBkZSByb3lhbHRpZXMgb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgY29udHJhcHJlc3Rhw6fDo28sIHBlY3VuacOhcmlhIG91IG7Do28sIMOgIEZ1bmRhw6fDo28gR2V0dWxpbyBWYXJnYXMsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhcm1hemVuYXIgZGlnaXRhbG1lbnRlLCByZXByb2R1emlyIGUgZGlzdHJpYnVpciBuYWNpb25hbCBlIGludGVybmFjaW9uYWxtZW50ZSBhIE9icmEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvIHNldSByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QsIHBvciBtZWlvcyBlbGV0csO0bmljb3MsIG5vIHNpdGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYW8gcMO6YmxpY28gZW0gZ2VyYWwsIGVtIHJlZ2ltZSBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgoKMy4gQSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSB0YW1iw6ltIGFicmFuZ2UsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgcXVhbHF1ZXIgZGlyZWl0byBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIGNhYsOtdmVsIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLCBpbmNsdWluZG8tc2Ugb3MgdXNvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHJlcHJlc2VudGHDp8OjbyBww7pibGljYSBlL291IGV4ZWN1w6fDo28gcMO6YmxpY2EsIGJlbSBjb21vIHF1YWxxdWVyIG91dHJhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBxdWUgZXhpc3RhIG91IHZlbmhhIGEgZXhpc3Rpciwgbm9zIHRlcm1vcyBkbyBhcnRpZ28gNjggZSBzZWd1aW50ZXMgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LCBuYSBleHRlbnPDo28gcXVlIGZvciBhcGxpY8OhdmVsIGFvcyBzZXJ2acOnb3MgcHJlc3RhZG9zIGFvIHDDumJsaWNvIHBlbGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHVi4KCjQuIEVzdGEgbGljZW7Dp2EgYWJyYW5nZSwgYWluZGEsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgY29uZXhvcyBkZSBhcnRpc3RhcyBpbnTDqXJwcmV0ZXMgb3UgZXhlY3V0YW50ZXMsIHByb2R1dG9yZXMgZm9ub2dyw6FmaWNvcyBvdSBlbXByZXNhcyBkZSByYWRpb2RpZnVzw6NvIHF1ZSBldmVudHVhbG1lbnRlIHNlamFtIGFwbGljw6F2ZWlzIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBvYnJhIGRlcG9zaXRhZGEsIGVtIGNvbmZvcm1pZGFkZSBjb20gbyByZWdpbWUgZml4YWRvIG5vIFTDrXR1bG8gViBkYSBMZWkgOS42MTAvOTguCgo1LiBTZSBhIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBmb2kgb3Ugw6kgb2JqZXRvIGRlIGZpbmFuY2lhbWVudG8gcG9yIGluc3RpdHVpw6fDtWVzIGRlIGZvbWVudG8gw6AgcGVzcXVpc2Egb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgc2VtZWxoYW50ZSwgdm9jw6ogb3UgbyB0aXR1bGFyIGFzc2VndXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHRvZGFzIGFzIG9icmlnYcOnw7VlcyBxdWUgbGhlIGZvcmFtIGltcG9zdGFzIHBlbGEgaW5zdGl0dWnDp8OjbyBmaW5hbmNpYWRvcmEgZW0gcmF6w6NvIGRvIGZpbmFuY2lhbWVudG8sIGUgcXVlIG7Do28gZXN0w6EgY29udHJhcmlhbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc3Bvc2nDp8OjbyBjb250cmF0dWFsIHJlZmVyZW50ZSDDoCBwdWJsaWNhw6fDo28gZG8gY29udGXDumRvIG9yYSBzdWJtZXRpZG8gw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHVi4KCjYuIENhc28gYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVuY29udHJlLXNlIGxpY2VuY2lhZGEgc29iIHVtYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zIChxdWFscXVlciB2ZXJzw6NvKSwgc29iIGEgbGljZW7Dp2EgR05VIEZyZWUgRG9jdW1lbnRhdGlvbiBMaWNlbnNlIChxdWFscXVlciB2ZXJzw6NvKSwgb3Ugb3V0cmEgbGljZW7Dp2EgcXVhbGlmaWNhZGEgY29tbyBsaXZyZSBzZWd1bmRvIG9zIGNyaXTDqXJpb3MgZGEgRGVmaW5pdGlvbiBvZiBGcmVlIEN1bHR1cmFsIFdvcmtzIChkaXNwb27DrXZlbCBlbTogaHR0cDovL2ZyZWVkb21kZWZpbmVkLm9yZy9EZWZpbml0aW9uKSBvdSBGcmVlIFNvZnR3YXJlIERlZmluaXRpb24gKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vd3d3LmdudS5vcmcvcGhpbG9zb3BoeS9mcmVlLXN3Lmh0bWwpLCBvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbSBjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcyBsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIgYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEgaW50ZWdyYWwuCgpBbyBjb25jbHVpciBhIHByZXNlbnRlIGV0YXBhIGUgYXMgZXRhcGFzIHN1YnNlccO8ZW50ZXMgZG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbyBkZSBhcnF1aXZvcyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCB2b2PDqiBhdGVzdGEgcXVlIGxldSBlIGNvbmNvcmRhIGludGVncmFsbWVudGUgY29tIG9zIHRlcm1vcyBhY2ltYSBkZWxpbWl0YWRvcywgYXNzaW5hbmRvLW9zIHNlbSBmYXplciBxdWFscXVlciByZXNlcnZhIGUgbm92YW1lbnRlIGNvbmZpcm1hbmRvIHF1ZSBjdW1wcmUgb3MgcmVxdWlzaXRvcyBpbmRpY2Fkb3Mgbm8gaXRlbSAxLCBzdXByYS4KCkhhdmVuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzY29yZMOibmNpYSBlbSByZWxhw6fDo28gYW9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3Mgb3UgbsOjbyBzZSB2ZXJpZmljYW5kbyBvIGV4aWdpZG8gbm8gaXRlbSAxLCBzdXByYSwgdm9jw6ogZGV2ZSBpbnRlcnJvbXBlciBpbWVkaWF0YW1lbnRlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8Ojby4gQSBjb250aW51aWRhZGUgZG8gcHJvY2Vzc28gZXF1aXZhbGUgw6AgYXNzaW5hdHVyYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbSB0b2RhcyBhcyBjb25zZXHDvMOqbmNpYXMgbmVsZSBwcmV2aXN0YXMsIHN1amVpdGFuZG8tc2UgbyBzaWduYXTDoXJpbyBhIHNhbsOnw7VlcyBjaXZpcyBlIGNyaW1pbmFpcyBjYXNvIG7Do28gc2VqYSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBjb25leG9zIGFwbGljw6F2ZWlzIMOgIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBkdXJhbnRlIGVzdGUgcHJvY2Vzc28sIG91IGNhc28gbsOjbyB0ZW5oYSBvYnRpZG8gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIGF1dG9yaXphw6fDo28gZG8gdGl0dWxhciBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgdG9kb3Mgb3MgdXNvcyBkYSBPYnJhIGVudm9sdmlkb3MuCgpQYXJhIGEgc29sdcOnw6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIGTDunZpZGEgcXVhbnRvIGFvcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50byBlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbywgY2xpcXVlIG5vIGxpbmsgIkZhbGUgY29ub3NjbyIuCgpTZSB2b2PDqiB0aXZlciBkw7p2aWRhcyBzb2JyZSBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBwb3IgZmF2b3IgZW50cmUgZW0gY29udGF0byBjb20gb3MgYWRtaW5pc3RyYWRvcmVzIGRvIFJlcG9zaXTDs3Jpby4K
dc.title.por.fl_str_mv Além da letalidade: a engenharia da responsabilização policial na justiça militar
title Além da letalidade: a engenharia da responsabilização policial na justiça militar
spellingShingle Além da letalidade: a engenharia da responsabilização policial na justiça militar
Ferreira, Poliana da Silva
Justiça militar
Polícia militar
Direito penal militar
Racismo institucional
Military justice
Military police
Military criminal law
Police accountability
Institutional racism
Direito
Justiça militar
Polícia militar
Direito militar
Responsabilidade (Direito)
Violência policial - Estudo de casos
title_short Além da letalidade: a engenharia da responsabilização policial na justiça militar
title_full Além da letalidade: a engenharia da responsabilização policial na justiça militar
title_fullStr Além da letalidade: a engenharia da responsabilização policial na justiça militar
title_full_unstemmed Além da letalidade: a engenharia da responsabilização policial na justiça militar
title_sort Além da letalidade: a engenharia da responsabilização policial na justiça militar
author Ferreira, Poliana da Silva
author_facet Ferreira, Poliana da Silva
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::DIREITO SP
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Lima, Renato Sérgio de
Chalhoub, Sidney
Lima, Marcia
Freitas, Felipe da Silva
González, Yanilda María
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferreira, Poliana da Silva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Machado, Maíra Rocha
contributor_str_mv Machado, Maíra Rocha
dc.subject.por.fl_str_mv Justiça militar
Polícia militar
Direito penal militar
Racismo institucional
topic Justiça militar
Polícia militar
Direito penal militar
Racismo institucional
Military justice
Military police
Military criminal law
Police accountability
Institutional racism
Direito
Justiça militar
Polícia militar
Direito militar
Responsabilidade (Direito)
Violência policial - Estudo de casos
dc.subject.eng.fl_str_mv Military justice
Military police
Military criminal law
Police accountability
Institutional racism
dc.subject.area.por.fl_str_mv Direito
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv Justiça militar
Polícia militar
Direito militar
Responsabilidade (Direito)
Violência policial - Estudo de casos
description Essa tese tem por objeto a responsabilização policial no âmbito da Justiça Militar Estadual, num país em que a alta letalidade das ações policiais tem repercutido política e academicamente. A valorização de episódios letais nas pesquisas, também fruto desta conjuntura, ao mesmo tempo em que contribuiu para a descrição do fenômeno, produziu a invisibilização de condutas lesivas com resultados diferentes de morte, assim como das respostas institucionais às mesmas. Diante desse contexto, a tese propõe responder à seguinte questão: quais são e como foram construídas as escolhas institucionais do Brasil em matéria de responsabilização de policiais militares? Metodologicamente, foram desenhadas estratégias de coleta e tratamento de dados nas quais buscou-se utilizar documentos públicos, observação de audiências judiciais e entrevistas, formais e informais, com atores jurídico-processuais, notadamente policiais militares e magistrados. Ao buscar compreender a maneira segundo a qual um desenho institucional específico de responsabilização foi progressivamente construído e operacionalizado, do começo da República à década de 2020, a pesquisa revela que, tanto os policiais militares, sujeitos nos processos judiciais, quanto a polícia militar, organização pública, têm trajetórias próprias diante da Justiça Militar, cujo desenho institucional traduz uma engenharia jurídica que é produto de disputas e acordos políticos. A invenção, produto dessa engenharia, é capaz de produzir imputação, processos e sanções às condutas abusivas e/ou ilegais de policiais militares, por um lado, e racismo institucional, por outro lado, mostrando que no Brasil podemos ter diversidade de sentidos de controle, transparência pública, e responsabilização de policiais militares e, ao mesmo tempo, um sofisticado sistema de desigualdade racial institucionalizado.
publishDate 2024
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-06-10T16:51:54Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-06-10T16:51:54Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2024-06-10
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10438/35418
url https://hdl.handle.net/10438/35418
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/80026d82-4419-485f-868a-b85e0b19566f/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0dba2e61-8361-45fa-ab88-5fe376dd1e4e/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/189aa1cc-bec1-48d1-a4cd-be2581352ef1/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 2a4b67231f701c416a809246e7a10077
68ac40e0f76f06276b1962e4cca51c45
b9bb0d2cbe8294a71ab61338f7d658ea
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802749933553451008