Ensino para o imaginar no antropoceno: uma abordagem pedagógica ancorada no imaginário radical
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/35230 |
Resumo: | Por décadas, diversos campos das ciências naturais debatem sobre esse novo tempo – Antropoceno - em que a interferência humana na Terra adquiriu tamanha força que foi capaz de alterar significativamente os sistemas terrestres, com consequências para todas as espécies que coabitam conosco o planeta. O Antropoceno nos coloca diante de algo até agora inimaginável, que põe em xeque o paradigma dominante originado no Iluminismo, de que a realidade está ancorada na razão e na racionalidade, no utilitarismo, no pensamento (tecno)cientificista - as bases da modernidade, do capitalismo e do ensino de gestão (EG). Ao mesmo tempo, ele traz a necessidade de imaginarmos outras formas humanas de organizar e viver para lidarmos com o imprevisível e o ingerenciável. Para isso, precisaremos de pessoas capazes de imaginar e de um ensino comprometido com a criação de novos imaginários e futuros possíveis. Na contramão, o EG, que desde sua gênese ancora-se no racionalismo científico, instrumental, utilitarista e está voltado a servir e reproduzir o capitalismo, dá pouco espaço e legitimidade à imaginação, contribuindo para o agravamento da crise ecológica. Diante disso, apresento uma proposta de um Ensino para o Imaginar no Antropoceno, que emerge da experimentação pedagógica conduzida, durante dezoito meses, em três turmas de uma disciplina de sustentabilidade de uma escola de negócios brasileira. Ancorada na concepção de imaginário radical de Cornelius Castoriadis, a abordagem pedagógica realizada por meio da metodologia Design-Based Research apresenta como componentes pedagógicos as linguagens e os disparadores de imaginários, mostrando ser uma resposta promissora para o (re)ligar da subjetividade, da nossa potência criadora humana, capaz de criar o capitalismo e uma saída a ele. A abordagem propõe sete Princípios de Design que, entrelaçados, fazem a ponte entre teoria e prática, e materializam a compreensão de que um Ensino para o Imaginar no Antropoceno deve (i) cultivar o imaginário radical a partir da inseparabilidade da psique e do sócio-histórico; (ii) ter intencionalidade e, por isso, propor uma imaginação política que nos leve contestar e ressignificar o que está instituído; (iii) promover a autonomia de alunos e docentes ao mesmo tempo em que se mantém aberto, instituinte. Este trabalho é, antes de tudo, um convite à imaginação, à criação de imaginários sociais e a um esperançar em face ao inimaginável Antropoceno. |
id |
FGV_5714b8e88020c42fc82ca098588a98d8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.fgv.br:10438/35230 |
network_acronym_str |
FGV |
network_name_str |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
repository_id_str |
3974 |
spelling |
Carreira, Fernanda CassabEscolas::EAESPBrunstein, JanetteCaldana, Adriana Cristina FerreiraBarros, Amon Narciso deFontenelle, Isleide Arruda2024-04-22T15:26:13Z2024-04-22T15:26:13Z2024-03-25https://hdl.handle.net/10438/35230Por décadas, diversos campos das ciências naturais debatem sobre esse novo tempo – Antropoceno - em que a interferência humana na Terra adquiriu tamanha força que foi capaz de alterar significativamente os sistemas terrestres, com consequências para todas as espécies que coabitam conosco o planeta. O Antropoceno nos coloca diante de algo até agora inimaginável, que põe em xeque o paradigma dominante originado no Iluminismo, de que a realidade está ancorada na razão e na racionalidade, no utilitarismo, no pensamento (tecno)cientificista - as bases da modernidade, do capitalismo e do ensino de gestão (EG). Ao mesmo tempo, ele traz a necessidade de imaginarmos outras formas humanas de organizar e viver para lidarmos com o imprevisível e o ingerenciável. Para isso, precisaremos de pessoas capazes de imaginar e de um ensino comprometido com a criação de novos imaginários e futuros possíveis. Na contramão, o EG, que desde sua gênese ancora-se no racionalismo científico, instrumental, utilitarista e está voltado a servir e reproduzir o capitalismo, dá pouco espaço e legitimidade à imaginação, contribuindo para o agravamento da crise ecológica. Diante disso, apresento uma proposta de um Ensino para o Imaginar no Antropoceno, que emerge da experimentação pedagógica conduzida, durante dezoito meses, em três turmas de uma disciplina de sustentabilidade de uma escola de negócios brasileira. Ancorada na concepção de imaginário radical de Cornelius Castoriadis, a abordagem pedagógica realizada por meio da metodologia Design-Based Research apresenta como componentes pedagógicos as linguagens e os disparadores de imaginários, mostrando ser uma resposta promissora para o (re)ligar da subjetividade, da nossa potência criadora humana, capaz de criar o capitalismo e uma saída a ele. A abordagem propõe sete Princípios de Design que, entrelaçados, fazem a ponte entre teoria e prática, e materializam a compreensão de que um Ensino para o Imaginar no Antropoceno deve (i) cultivar o imaginário radical a partir da inseparabilidade da psique e do sócio-histórico; (ii) ter intencionalidade e, por isso, propor uma imaginação política que nos leve contestar e ressignificar o que está instituído; (iii) promover a autonomia de alunos e docentes ao mesmo tempo em que se mantém aberto, instituinte. Este trabalho é, antes de tudo, um convite à imaginação, à criação de imaginários sociais e a um esperançar em face ao inimaginável Antropoceno.For decades, various fields of the natural sciences have debated this new epoch - the Anthropocene - in which human interference on Earth has acquired such force that it has been able to significantly alter Earth's systems, with consequences for all species that cohabit the planet with us. The Anthropocene places us face to face with something hitherto unimaginable, which challenges the dominant paradigm originating from the Enlightenment, that reality is anchored in reason and rationality, in utilitarianism, in (techno)scientific thinking - the foundations of modernity, capitalism, and management education (ME). At the same time, it brings the need to imagine other human ways of organizing and living to deal with the unpredictable and unmanageable. For this, we will need people capable of imagining and an education committed to creating new imaginaries and possible futures. Conversely, ME, which since its inception is anchored in scientific rationalism, instrumentalism, utilitarianism, and is geared towards serving and reproducing capitalism, gives little space and legitimacy to imagination, contributing to the worsening of the ecological crisis. In the face of this, I propose an Education for Imagining in the Anthropocene, which emerges from pedagogical experimentation conducted over eighteen months, in three classes of a sustainability discipline in a Brazilian business school. Anchored in Cornelius Castoriadis' conception of radical imaginary, the pedagogical approach carried out through Design-Based Research methodology presents as pedagogical components the languages and triggers of imaginaries, proving to be a promising response to (re)connecting subjectivity, our human creative power, capable of creating capitalism and an exit from it. The approach proposes seven Design Principles that, interwoven, bridge theory and practice, and materialize the understanding that Education for Imagining in the Anthropocene should (i) cultivate the radical imaginary from the inseparability of psyche and socio-historical; (ii) have intentionality and, therefore, propose a political imagination that leads us to contest and resignify what is instituted; (iii) promote the autonomy of students and teachers while remaining open, instituting. This work is, above all, an invitation to imagination, to the creation of social imaginaries, and to hoping in the face of the unimaginable Anthropocene.porAntropocenoEnsino de gestãoEnsino para o imaginarImagináriosDesign-based researchAnthropoceneManagement educationEducation for the imaginaryImaginariesAdministração de empresasPlanejamento experimentalPesquisa socialHomem - Influência sobre a naturezaGestão de empresas - Estudo e ensinoEnsino para o imaginar no antropoceno: uma abordagem pedagógica ancorada no imaginário radicalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85112https://repositorio.fgv.br/bitstreams/373ddfb7-5e31-47d6-8732-f4b2c029464b/download2a4b67231f701c416a809246e7a10077MD52ORIGINALDoutorado_Tese_FernandaCarreira.2024.abr.pdfDoutorado_Tese_FernandaCarreira.2024.abr.pdfapplication/pdf33846853https://repositorio.fgv.br/bitstreams/542ded23-6208-45c6-9aa3-a89e3f4fc6b4/download813cd339a3b70aa9933ab432657e4fdaMD53TEXTDoutorado_Tese_FernandaCarreira.2024.abr.pdf.txtDoutorado_Tese_FernandaCarreira.2024.abr.pdf.txtExtracted texttext/plain102850https://repositorio.fgv.br/bitstreams/2ee13ea8-0046-45fb-8d71-01aaa69e3e73/download82f197b8862f0c136378086ad9f44f0aMD54THUMBNAILDoutorado_Tese_FernandaCarreira.2024.abr.pdf.jpgDoutorado_Tese_FernandaCarreira.2024.abr.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2637https://repositorio.fgv.br/bitstreams/1fcc74fb-1f55-4148-8e9d-5e46e6a48b6f/download51c2a70f689b6459dc0dc9968efb7156MD5510438/352302024-04-22 20:56:45.939open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/35230https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742024-04-22T20:56:45Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVGVybW8gZGUgTGljZW5jaWFtZW50bwpIw6EgdW0gw7psdGltbyBwYXNzbzogcGFyYSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciBlIGRpc3RyaWJ1aXIgc3VhIHN1Ym1pc3PDo28gZW0gdG9kbyBvIG11bmRvLCB2b2PDqiBkZXZlIGNvbmNvcmRhciBjb20gb3MgdGVybW9zIGEgc2VndWlyLgoKQ29uY29yZGFyIGNvbSBvIFRlcm1vIGRlIExpY2VuY2lhbWVudG8sIHNlbGVjaW9uYW5kbyAiRXUgY29uY29yZG8gY29tIG8gVGVybW8gZGUgTGljZW5jaWFtZW50byIgZSBjbGlxdWUgZW0gIkZpbmFsaXphciBzdWJtaXNzw6NvIi4KClRFUk1PUyBMSUNFTkNJQU1FTlRPIFBBUkEgQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIMOAIEJJQkxJT1RFQ0EgVklSVFVBTCBGR1YgKHZlcnPDo28gMS4yKQoKMS4gVm9jw6osIHVzdcOhcmlvLWRlcG9zaXRhbnRlIGRhIEJpYmxpb3RlY2EgVmlydHVhbCBGR1YsIGFzc2VndXJhLCBubyBwcmVzZW50ZSBhdG8sIHF1ZSDDqSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AgdG90YWxpZGFkZSBkYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCwgYmVtIGNvbW8gZGUgc2V1cyBjb21wb25lbnRlcyBtZW5vcmVzLCBlbSBzZSB0cmF0YW5kbyBkZSBvYnJhIGNvbGV0aXZhLCBjb25mb3JtZSBvIHByZWNlaXR1YWRvIHBlbGEgTGVpIDkuNjEwLzk4IGUvb3UgTGVpIDkuNjA5Lzk4LiBOw6NvIHNlbmRvIGVzdGUgbyBjYXNvLCB2b2PDqiBhc3NlZ3VyYSB0ZXIgb2J0aWRvLCBkaXJldGFtZW50ZSBkb3MgZGV2aWRvcyB0aXR1bGFyZXMsIGF1dG9yaXphw6fDo28gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIHBhcmEgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZGEgT2JyYSwgYWJyYW5nZW5kbyB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmV4b3MgYWZldGFkb3MgcGVsYSBhc3NpbmF0dXJhIGRvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIGRlIGxpY2VuY2lhbWVudG8sIGRlIG1vZG8gYSBlZmV0aXZhbWVudGUgaXNlbnRhciBhIEZ1bmRhw6fDo28gR2V0dWxpbyBWYXJnYXMgZSBzZXVzIGZ1bmNpb27DoXJpb3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBwZWxvIHVzbyBuw6NvLWF1dG9yaXphZG8gZG8gbWF0ZXJpYWwgZGVwb3NpdGFkbywgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYSBxdWFpc3F1ZXIgc2VydmnDp29zIGRlIGJ1c2NhIGUgZGlzdHJpYnVpw6fDo28gZGUgY29udGXDumRvIHF1ZSBmYcOnYW0gdXNvIGRhcyBpbnRlcmZhY2VzIGUgZXNwYcOnbyBkZSBhcm1hemVuYW1lbnRvIHByb3ZpZGVuY2lhZG9zIHBlbGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBwb3IgbWVpbyBkZSBzZXVzIHNpc3RlbWFzIGluZm9ybWF0aXphZG9zLgoKMi4gQSBhc3NpbmF0dXJhIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIHRlbSBjb21vIGNvbnNlccO8w6puY2lhIGEgdHJhbnNmZXLDqm5jaWEsIGEgdMOtdHVsbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBlIG7Do28tb25lcm9zbywgaXNlbnRhIGRvIHBhZ2FtZW50byBkZSByb3lhbHRpZXMgb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgY29udHJhcHJlc3Rhw6fDo28sIHBlY3VuacOhcmlhIG91IG7Do28sIMOgIEZ1bmRhw6fDo28gR2V0dWxpbyBWYXJnYXMsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhcm1hemVuYXIgZGlnaXRhbG1lbnRlLCByZXByb2R1emlyIGUgZGlzdHJpYnVpciBuYWNpb25hbCBlIGludGVybmFjaW9uYWxtZW50ZSBhIE9icmEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvIHNldSByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QsIHBvciBtZWlvcyBlbGV0csO0bmljb3MsIG5vIHNpdGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYW8gcMO6YmxpY28gZW0gZ2VyYWwsIGVtIHJlZ2ltZSBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgoKMy4gQSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSB0YW1iw6ltIGFicmFuZ2UsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgcXVhbHF1ZXIgZGlyZWl0byBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIGNhYsOtdmVsIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLCBpbmNsdWluZG8tc2Ugb3MgdXNvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHJlcHJlc2VudGHDp8OjbyBww7pibGljYSBlL291IGV4ZWN1w6fDo28gcMO6YmxpY2EsIGJlbSBjb21vIHF1YWxxdWVyIG91dHJhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBxdWUgZXhpc3RhIG91IHZlbmhhIGEgZXhpc3Rpciwgbm9zIHRlcm1vcyBkbyBhcnRpZ28gNjggZSBzZWd1aW50ZXMgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LCBuYSBleHRlbnPDo28gcXVlIGZvciBhcGxpY8OhdmVsIGFvcyBzZXJ2acOnb3MgcHJlc3RhZG9zIGFvIHDDumJsaWNvIHBlbGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHVi4KCjQuIEVzdGEgbGljZW7Dp2EgYWJyYW5nZSwgYWluZGEsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgY29uZXhvcyBkZSBhcnRpc3RhcyBpbnTDqXJwcmV0ZXMgb3UgZXhlY3V0YW50ZXMsIHByb2R1dG9yZXMgZm9ub2dyw6FmaWNvcyBvdSBlbXByZXNhcyBkZSByYWRpb2RpZnVzw6NvIHF1ZSBldmVudHVhbG1lbnRlIHNlamFtIGFwbGljw6F2ZWlzIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBvYnJhIGRlcG9zaXRhZGEsIGVtIGNvbmZvcm1pZGFkZSBjb20gbyByZWdpbWUgZml4YWRvIG5vIFTDrXR1bG8gViBkYSBMZWkgOS42MTAvOTguCgo1LiBTZSBhIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBmb2kgb3Ugw6kgb2JqZXRvIGRlIGZpbmFuY2lhbWVudG8gcG9yIGluc3RpdHVpw6fDtWVzIGRlIGZvbWVudG8gw6AgcGVzcXVpc2Egb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgc2VtZWxoYW50ZSwgdm9jw6ogb3UgbyB0aXR1bGFyIGFzc2VndXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHRvZGFzIGFzIG9icmlnYcOnw7VlcyBxdWUgbGhlIGZvcmFtIGltcG9zdGFzIHBlbGEgaW5zdGl0dWnDp8OjbyBmaW5hbmNpYWRvcmEgZW0gcmF6w6NvIGRvIGZpbmFuY2lhbWVudG8sIGUgcXVlIG7Do28gZXN0w6EgY29udHJhcmlhbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc3Bvc2nDp8OjbyBjb250cmF0dWFsIHJlZmVyZW50ZSDDoCBwdWJsaWNhw6fDo28gZG8gY29udGXDumRvIG9yYSBzdWJtZXRpZG8gw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHVi4KCjYuIENhc28gYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVuY29udHJlLXNlIGxpY2VuY2lhZGEgc29iIHVtYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zIChxdWFscXVlciB2ZXJzw6NvKSwgc29iIGEgbGljZW7Dp2EgR05VIEZyZWUgRG9jdW1lbnRhdGlvbiBMaWNlbnNlIChxdWFscXVlciB2ZXJzw6NvKSwgb3Ugb3V0cmEgbGljZW7Dp2EgcXVhbGlmaWNhZGEgY29tbyBsaXZyZSBzZWd1bmRvIG9zIGNyaXTDqXJpb3MgZGEgRGVmaW5pdGlvbiBvZiBGcmVlIEN1bHR1cmFsIFdvcmtzIChkaXNwb27DrXZlbCBlbTogaHR0cDovL2ZyZWVkb21kZWZpbmVkLm9yZy9EZWZpbml0aW9uKSBvdSBGcmVlIFNvZnR3YXJlIERlZmluaXRpb24gKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vd3d3LmdudS5vcmcvcGhpbG9zb3BoeS9mcmVlLXN3Lmh0bWwpLCBvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbSBjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcyBsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIgYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEgaW50ZWdyYWwuCgpBbyBjb25jbHVpciBhIHByZXNlbnRlIGV0YXBhIGUgYXMgZXRhcGFzIHN1YnNlccO8ZW50ZXMgZG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbyBkZSBhcnF1aXZvcyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCB2b2PDqiBhdGVzdGEgcXVlIGxldSBlIGNvbmNvcmRhIGludGVncmFsbWVudGUgY29tIG9zIHRlcm1vcyBhY2ltYSBkZWxpbWl0YWRvcywgYXNzaW5hbmRvLW9zIHNlbSBmYXplciBxdWFscXVlciByZXNlcnZhIGUgbm92YW1lbnRlIGNvbmZpcm1hbmRvIHF1ZSBjdW1wcmUgb3MgcmVxdWlzaXRvcyBpbmRpY2Fkb3Mgbm8gaXRlbSAxLCBzdXByYS4KCkhhdmVuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzY29yZMOibmNpYSBlbSByZWxhw6fDo28gYW9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3Mgb3UgbsOjbyBzZSB2ZXJpZmljYW5kbyBvIGV4aWdpZG8gbm8gaXRlbSAxLCBzdXByYSwgdm9jw6ogZGV2ZSBpbnRlcnJvbXBlciBpbWVkaWF0YW1lbnRlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8Ojby4gQSBjb250aW51aWRhZGUgZG8gcHJvY2Vzc28gZXF1aXZhbGUgw6AgYXNzaW5hdHVyYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbSB0b2RhcyBhcyBjb25zZXHDvMOqbmNpYXMgbmVsZSBwcmV2aXN0YXMsIHN1amVpdGFuZG8tc2UgbyBzaWduYXTDoXJpbyBhIHNhbsOnw7VlcyBjaXZpcyBlIGNyaW1pbmFpcyBjYXNvIG7Do28gc2VqYSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBjb25leG9zIGFwbGljw6F2ZWlzIMOgIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBkdXJhbnRlIGVzdGUgcHJvY2Vzc28sIG91IGNhc28gbsOjbyB0ZW5oYSBvYnRpZG8gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIGF1dG9yaXphw6fDo28gZG8gdGl0dWxhciBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgdG9kb3Mgb3MgdXNvcyBkYSBPYnJhIGVudm9sdmlkb3MuCgpQYXJhIGEgc29sdcOnw6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIGTDunZpZGEgcXVhbnRvIGFvcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50byBlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbywgY2xpcXVlIG5vIGxpbmsgIkZhbGUgY29ub3NjbyIuCgpTZSB2b2PDqiB0aXZlciBkw7p2aWRhcyBzb2JyZSBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBwb3IgZmF2b3IgZW50cmUgZW0gY29udGF0byBjb20gb3MgYWRtaW5pc3RyYWRvcmVzIGRvIFJlcG9zaXTDs3Jpby4K |
dc.title.por.fl_str_mv |
Ensino para o imaginar no antropoceno: uma abordagem pedagógica ancorada no imaginário radical |
title |
Ensino para o imaginar no antropoceno: uma abordagem pedagógica ancorada no imaginário radical |
spellingShingle |
Ensino para o imaginar no antropoceno: uma abordagem pedagógica ancorada no imaginário radical Carreira, Fernanda Cassab Antropoceno Ensino de gestão Ensino para o imaginar Imaginários Design-based research Anthropocene Management education Education for the imaginary Imaginaries Administração de empresas Planejamento experimental Pesquisa social Homem - Influência sobre a natureza Gestão de empresas - Estudo e ensino |
title_short |
Ensino para o imaginar no antropoceno: uma abordagem pedagógica ancorada no imaginário radical |
title_full |
Ensino para o imaginar no antropoceno: uma abordagem pedagógica ancorada no imaginário radical |
title_fullStr |
Ensino para o imaginar no antropoceno: uma abordagem pedagógica ancorada no imaginário radical |
title_full_unstemmed |
Ensino para o imaginar no antropoceno: uma abordagem pedagógica ancorada no imaginário radical |
title_sort |
Ensino para o imaginar no antropoceno: uma abordagem pedagógica ancorada no imaginário radical |
author |
Carreira, Fernanda Cassab |
author_facet |
Carreira, Fernanda Cassab |
author_role |
author |
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv |
Escolas::EAESP |
dc.contributor.member.none.fl_str_mv |
Brunstein, Janette Caldana, Adriana Cristina Ferreira Barros, Amon Narciso de |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Carreira, Fernanda Cassab |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Fontenelle, Isleide Arruda |
contributor_str_mv |
Fontenelle, Isleide Arruda |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Antropoceno Ensino de gestão Ensino para o imaginar Imaginários |
topic |
Antropoceno Ensino de gestão Ensino para o imaginar Imaginários Design-based research Anthropocene Management education Education for the imaginary Imaginaries Administração de empresas Planejamento experimental Pesquisa social Homem - Influência sobre a natureza Gestão de empresas - Estudo e ensino |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Design-based research Anthropocene Management education Education for the imaginary Imaginaries |
dc.subject.area.por.fl_str_mv |
Administração de empresas |
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv |
Planejamento experimental Pesquisa social Homem - Influência sobre a natureza Gestão de empresas - Estudo e ensino |
description |
Por décadas, diversos campos das ciências naturais debatem sobre esse novo tempo – Antropoceno - em que a interferência humana na Terra adquiriu tamanha força que foi capaz de alterar significativamente os sistemas terrestres, com consequências para todas as espécies que coabitam conosco o planeta. O Antropoceno nos coloca diante de algo até agora inimaginável, que põe em xeque o paradigma dominante originado no Iluminismo, de que a realidade está ancorada na razão e na racionalidade, no utilitarismo, no pensamento (tecno)cientificista - as bases da modernidade, do capitalismo e do ensino de gestão (EG). Ao mesmo tempo, ele traz a necessidade de imaginarmos outras formas humanas de organizar e viver para lidarmos com o imprevisível e o ingerenciável. Para isso, precisaremos de pessoas capazes de imaginar e de um ensino comprometido com a criação de novos imaginários e futuros possíveis. Na contramão, o EG, que desde sua gênese ancora-se no racionalismo científico, instrumental, utilitarista e está voltado a servir e reproduzir o capitalismo, dá pouco espaço e legitimidade à imaginação, contribuindo para o agravamento da crise ecológica. Diante disso, apresento uma proposta de um Ensino para o Imaginar no Antropoceno, que emerge da experimentação pedagógica conduzida, durante dezoito meses, em três turmas de uma disciplina de sustentabilidade de uma escola de negócios brasileira. Ancorada na concepção de imaginário radical de Cornelius Castoriadis, a abordagem pedagógica realizada por meio da metodologia Design-Based Research apresenta como componentes pedagógicos as linguagens e os disparadores de imaginários, mostrando ser uma resposta promissora para o (re)ligar da subjetividade, da nossa potência criadora humana, capaz de criar o capitalismo e uma saída a ele. A abordagem propõe sete Princípios de Design que, entrelaçados, fazem a ponte entre teoria e prática, e materializam a compreensão de que um Ensino para o Imaginar no Antropoceno deve (i) cultivar o imaginário radical a partir da inseparabilidade da psique e do sócio-histórico; (ii) ter intencionalidade e, por isso, propor uma imaginação política que nos leve contestar e ressignificar o que está instituído; (iii) promover a autonomia de alunos e docentes ao mesmo tempo em que se mantém aberto, instituinte. Este trabalho é, antes de tudo, um convite à imaginação, à criação de imaginários sociais e a um esperançar em face ao inimaginável Antropoceno. |
publishDate |
2024 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2024-04-22T15:26:13Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2024-04-22T15:26:13Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2024-03-25 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://hdl.handle.net/10438/35230 |
url |
https://hdl.handle.net/10438/35230 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) instname:Fundação Getulio Vargas (FGV) instacron:FGV |
instname_str |
Fundação Getulio Vargas (FGV) |
instacron_str |
FGV |
institution |
FGV |
reponame_str |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
collection |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/373ddfb7-5e31-47d6-8732-f4b2c029464b/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/542ded23-6208-45c6-9aa3-a89e3f4fc6b4/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/2ee13ea8-0046-45fb-8d71-01aaa69e3e73/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/1fcc74fb-1f55-4148-8e9d-5e46e6a48b6f/download |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
2a4b67231f701c416a809246e7a10077 813cd339a3b70aa9933ab432657e4fda 82f197b8862f0c136378086ad9f44f0a 51c2a70f689b6459dc0dc9968efb7156 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1810023832125177856 |