Concepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Francisquini, Flavia Gomes
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/29628
Resumo: O aumento crescente de despesas do sistema de saúde suplementar e as queixas relativas à qualidade da assistência à saúde fomentaram a reflexão quanto às fragilidades do setor e possíveis soluções para reverter o quadro atual. Dentre as principais discussões no mercado de saúde e literatura, destaca-se a importância da implantação de estratégias para a modificação do modelo de remuneração que é utilizado atualmente (remuneração por serviço ou fee-for-service). Neste sentido, pretende-se estimular que o sistema de pagamento seja baseado em valor (fee-for-value), contribuindo para um cenário onde haja incentivos para melhores desfechos clínicos e os prestadores sejam recompensados pelos resultados e não mais por tabela de serviços. Observa-se que a adesão a esse processo de modificação se tornou uma tendência do setor, contudo, no Brasil, essa movimentação tem sido lenta. Nesse contexto, a questão central deste trabalho pauta-se em entender: Quais fatores contribuem para a baixa adesão ao processo de implantação do modelo de pagamento fee-for-value em hospitais brasileiros? Para isso, foram descritas e analisadas a concepção dos líderes de instituições hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração fee-for-value. Optou-se por utilizar uma abordagem qualitativa, com natureza aplicada descritivo-exploratória, por meio de uma amostra não probabilística ou intencional, na qual a autora se dirigiu intencionalmente a um grupo do qual desejava saber a opinião. Foram realizadas entrevistas com líderes da área hospitalar, que posteriormente foram transcritas e analisadas por meio de um conjunto de técnicas de análise de conteúdo, conforme o modelo proposto por Bardin (2011). Os resultados encontrados sugerem que os entrevistados entendem que há a necessidade de mudança do conceito do modelo fee-for-service, e compreendem os motivos que levam a essa necessidade, além de terem uma percepção positiva quanto ao fee-forvalue. Entretanto, constataram-se fragilidades quanto ao conhecimento do conceito do modelo de pagamento baseado em valor e a implantação de práticas baseadas em valor (mensuração e divulgação dos desfechos e serviços vinculados a Unidade de Prática Integrada-UPI). Os entrevistados consideraram como principais necessidades: a participação de todos os envolvidos no sistema de saúde e o apoio das operadoras de saúde no processo de mudança do modelo de pagamento. Como fator impeditivo foram mencionados: a não mudança de cultura de todos os envolvidos, a falta de apoio das operadoras de saúde e a falta de conhecimento dos profissionais sobre o conceito do modelo. Em conclusão, infere-se que os hospitais e os profissionais não parecem entender que já há maturidade para lidar com o processo de implantação do fee-for-value. Nesse contexto, entende-se que a fragilidade quanto ao conhecimento dos líderes e profissionais é um fator crítico que pode inviabilizar o processo de implantação do modelo. Portanto, acredita-se que por meio do conhecimento será possível transformar a cultura, desenvolver estratégias voltadas para as práticas que geram valor ao paciente e possam em paralelo superar os riscos advindos do processo, e por fim definir e obter os recursos necessários para a viabilização da implantação do modelo. Desse modo, a autora sugere haver um papel relevante da implantação de práticas que disseminem os conceitos do modelo fee-for-value nos ambientes de saúde investigados no trabalho.
id FGV_63cc13e70966b55924219b2587ef8822
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/29628
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str 3974
spelling Francisquini, Flavia GomesEscolas::EAESPMalik, Ana MariaLopes, Ana Luiza Andrade de PaulaFollador, WilsonAlberto, Fernando Lopes2020-08-27T14:05:10Z2020-08-27T14:05:10Z2020-08-21https://hdl.handle.net/10438/29628O aumento crescente de despesas do sistema de saúde suplementar e as queixas relativas à qualidade da assistência à saúde fomentaram a reflexão quanto às fragilidades do setor e possíveis soluções para reverter o quadro atual. Dentre as principais discussões no mercado de saúde e literatura, destaca-se a importância da implantação de estratégias para a modificação do modelo de remuneração que é utilizado atualmente (remuneração por serviço ou fee-for-service). Neste sentido, pretende-se estimular que o sistema de pagamento seja baseado em valor (fee-for-value), contribuindo para um cenário onde haja incentivos para melhores desfechos clínicos e os prestadores sejam recompensados pelos resultados e não mais por tabela de serviços. Observa-se que a adesão a esse processo de modificação se tornou uma tendência do setor, contudo, no Brasil, essa movimentação tem sido lenta. Nesse contexto, a questão central deste trabalho pauta-se em entender: Quais fatores contribuem para a baixa adesão ao processo de implantação do modelo de pagamento fee-for-value em hospitais brasileiros? Para isso, foram descritas e analisadas a concepção dos líderes de instituições hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração fee-for-value. Optou-se por utilizar uma abordagem qualitativa, com natureza aplicada descritivo-exploratória, por meio de uma amostra não probabilística ou intencional, na qual a autora se dirigiu intencionalmente a um grupo do qual desejava saber a opinião. Foram realizadas entrevistas com líderes da área hospitalar, que posteriormente foram transcritas e analisadas por meio de um conjunto de técnicas de análise de conteúdo, conforme o modelo proposto por Bardin (2011). Os resultados encontrados sugerem que os entrevistados entendem que há a necessidade de mudança do conceito do modelo fee-for-service, e compreendem os motivos que levam a essa necessidade, além de terem uma percepção positiva quanto ao fee-forvalue. Entretanto, constataram-se fragilidades quanto ao conhecimento do conceito do modelo de pagamento baseado em valor e a implantação de práticas baseadas em valor (mensuração e divulgação dos desfechos e serviços vinculados a Unidade de Prática Integrada-UPI). Os entrevistados consideraram como principais necessidades: a participação de todos os envolvidos no sistema de saúde e o apoio das operadoras de saúde no processo de mudança do modelo de pagamento. Como fator impeditivo foram mencionados: a não mudança de cultura de todos os envolvidos, a falta de apoio das operadoras de saúde e a falta de conhecimento dos profissionais sobre o conceito do modelo. Em conclusão, infere-se que os hospitais e os profissionais não parecem entender que já há maturidade para lidar com o processo de implantação do fee-for-value. Nesse contexto, entende-se que a fragilidade quanto ao conhecimento dos líderes e profissionais é um fator crítico que pode inviabilizar o processo de implantação do modelo. Portanto, acredita-se que por meio do conhecimento será possível transformar a cultura, desenvolver estratégias voltadas para as práticas que geram valor ao paciente e possam em paralelo superar os riscos advindos do processo, e por fim definir e obter os recursos necessários para a viabilização da implantação do modelo. Desse modo, a autora sugere haver um papel relevante da implantação de práticas que disseminem os conceitos do modelo fee-for-value nos ambientes de saúde investigados no trabalho.The growing increase in the expenses of the supplementary health system and complaints about the quality of health care have fostered reflection on the sector's weaknesses and possible solutions to reverse the current situation. Among the main discussions in the health and literature market, the importance of implementing strategies to modify the remuneration model that is currently used (remuneration for service or fee-for-service) is highlighted. In this sense, it is intended to encourage the payment system to be based on value (fee-for-value), contributing to a scenario where there are incentives for better clinical outcomes and providers are rewarded for the results and no longer for the service table. It is observed that adherence to this modification process has become a trend in the sector, however, in Brazil, this movement has been slow. In this context, the central issue of this work is to understand: What factors contribute to the low adherence to the process of implementing the fee-for-value payment model in Brazilian hospitals? For this, the conception of the leaders of hospital institutions about the limitations for the implementation of the fee-for-value remuneration model were described and analyzed. We chose to use a qualitative approach with descriptive and exploratory nature applied, through a non-probabilistic or intentional sample. Interviews were conducted with leaders of the hospital area, which were later transcribed and analyzed by a set of content analysis techniques as the model proposed by Bardin (2011). The results found suggest that the interviewees understand that there is a need to change the concept of the fee-for-service model, and understand the reasons that lead to this need, in addition to having a positive perception of the fee-for-value. However, weaknesses were found in the knowledge of the concept of the value-based payment model and the implementation of value-based practices (measurement and dissemination of the outcomes and services linked to the Integrated Practice Unit). The interviewees considered the main needs to be: the participation of all those involved in the health system and the support of health operators in the process of changing the payment model. As an impeding factor, the following were mentioned: the non-change culture of all those involved, the lack of support from health operators and the lack of knowledge of professionals about the concept of the model. In conclusion, it is inferred that hospitals and professionals do not seem to understand that there is already mature enough to handle the implementation process of the fee-for-value. In this context, it is understood that the weakness in the knowledge of leaders and professionals is a critical factor that can make the model implementation process unfeasible. Therefore, it is believed that through knowledge it will be possible to transform the culture, develop strategies aimed at practices that generate value for the patient and can, in parallel, overcome the risks arising from the process, and finally define and obtain the necessary resources for the viability implementation of the model. Thus, the author suggests that there is a relevant role in the implementation of practices that disseminate the concepts of the feefor-value model in the health environments investigated at work.porValue-based paymentService-based paymentValue-based careHealth payment systemsPagamento baseado em valorPagamento baseado em serviçoCuidado baseado em valorSistemas de pagamento em saúdeAdministração de empresasSaúde suplementarHospitais - BrasilServiços de saúde - CustosGarantia de qualidade dos cuidados de saúdeConcepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valorinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALFLAVIA FRANCISQUINI - 21.08.pdfFLAVIA FRANCISQUINI - 21.08.pdfPDFapplication/pdf4162685https://repositorio.fgv.br/bitstreams/9e22e4a2-74c0-4237-b6f0-3b516e4b0b9c/downloadf953784cf9e11101a0e73d4453c1f410MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/78121268-8654-4ef9-b25d-8b625ab72212/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52TEXTFLAVIA FRANCISQUINI - 21.08.pdf.txtFLAVIA FRANCISQUINI - 21.08.pdf.txtExtracted texttext/plain102841https://repositorio.fgv.br/bitstreams/df1866ee-6bb0-49e2-9b00-fdd384379b33/download3c8097933bbba0369fc636a15bdd018eMD55THUMBNAILFLAVIA FRANCISQUINI - 21.08.pdf.jpgFLAVIA FRANCISQUINI - 21.08.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2636https://repositorio.fgv.br/bitstreams/3625aa2f-5804-4d4a-b9de-c6d5f9b2ca9c/download173952f4a2bd797c3afd41ac060bff82MD5610438/296282023-11-25 11:12:26.654open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/29628https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742023-11-25T11:12:26Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K
dc.title.por.fl_str_mv Concepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valor
title Concepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valor
spellingShingle Concepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valor
Francisquini, Flavia Gomes
Value-based payment
Service-based payment
Value-based care
Health payment systems
Pagamento baseado em valor
Pagamento baseado em serviço
Cuidado baseado em valor
Sistemas de pagamento em saúde
Administração de empresas
Saúde suplementar
Hospitais - Brasil
Serviços de saúde - Custos
Garantia de qualidade dos cuidados de saúde
title_short Concepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valor
title_full Concepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valor
title_fullStr Concepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valor
title_full_unstemmed Concepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valor
title_sort Concepção dos líderes hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração baseado em valor
author Francisquini, Flavia Gomes
author_facet Francisquini, Flavia Gomes
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::EAESP
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Malik, Ana Maria
Lopes, Ana Luiza Andrade de Paula
Follador, Wilson
dc.contributor.author.fl_str_mv Francisquini, Flavia Gomes
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Alberto, Fernando Lopes
contributor_str_mv Alberto, Fernando Lopes
dc.subject.eng.fl_str_mv Value-based payment
Service-based payment
Value-based care
Health payment systems
topic Value-based payment
Service-based payment
Value-based care
Health payment systems
Pagamento baseado em valor
Pagamento baseado em serviço
Cuidado baseado em valor
Sistemas de pagamento em saúde
Administração de empresas
Saúde suplementar
Hospitais - Brasil
Serviços de saúde - Custos
Garantia de qualidade dos cuidados de saúde
dc.subject.por.fl_str_mv Pagamento baseado em valor
Pagamento baseado em serviço
Cuidado baseado em valor
Sistemas de pagamento em saúde
dc.subject.area.por.fl_str_mv Administração de empresas
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv Saúde suplementar
Hospitais - Brasil
Serviços de saúde - Custos
Garantia de qualidade dos cuidados de saúde
description O aumento crescente de despesas do sistema de saúde suplementar e as queixas relativas à qualidade da assistência à saúde fomentaram a reflexão quanto às fragilidades do setor e possíveis soluções para reverter o quadro atual. Dentre as principais discussões no mercado de saúde e literatura, destaca-se a importância da implantação de estratégias para a modificação do modelo de remuneração que é utilizado atualmente (remuneração por serviço ou fee-for-service). Neste sentido, pretende-se estimular que o sistema de pagamento seja baseado em valor (fee-for-value), contribuindo para um cenário onde haja incentivos para melhores desfechos clínicos e os prestadores sejam recompensados pelos resultados e não mais por tabela de serviços. Observa-se que a adesão a esse processo de modificação se tornou uma tendência do setor, contudo, no Brasil, essa movimentação tem sido lenta. Nesse contexto, a questão central deste trabalho pauta-se em entender: Quais fatores contribuem para a baixa adesão ao processo de implantação do modelo de pagamento fee-for-value em hospitais brasileiros? Para isso, foram descritas e analisadas a concepção dos líderes de instituições hospitalares acerca das limitações para implantação do modelo de remuneração fee-for-value. Optou-se por utilizar uma abordagem qualitativa, com natureza aplicada descritivo-exploratória, por meio de uma amostra não probabilística ou intencional, na qual a autora se dirigiu intencionalmente a um grupo do qual desejava saber a opinião. Foram realizadas entrevistas com líderes da área hospitalar, que posteriormente foram transcritas e analisadas por meio de um conjunto de técnicas de análise de conteúdo, conforme o modelo proposto por Bardin (2011). Os resultados encontrados sugerem que os entrevistados entendem que há a necessidade de mudança do conceito do modelo fee-for-service, e compreendem os motivos que levam a essa necessidade, além de terem uma percepção positiva quanto ao fee-forvalue. Entretanto, constataram-se fragilidades quanto ao conhecimento do conceito do modelo de pagamento baseado em valor e a implantação de práticas baseadas em valor (mensuração e divulgação dos desfechos e serviços vinculados a Unidade de Prática Integrada-UPI). Os entrevistados consideraram como principais necessidades: a participação de todos os envolvidos no sistema de saúde e o apoio das operadoras de saúde no processo de mudança do modelo de pagamento. Como fator impeditivo foram mencionados: a não mudança de cultura de todos os envolvidos, a falta de apoio das operadoras de saúde e a falta de conhecimento dos profissionais sobre o conceito do modelo. Em conclusão, infere-se que os hospitais e os profissionais não parecem entender que já há maturidade para lidar com o processo de implantação do fee-for-value. Nesse contexto, entende-se que a fragilidade quanto ao conhecimento dos líderes e profissionais é um fator crítico que pode inviabilizar o processo de implantação do modelo. Portanto, acredita-se que por meio do conhecimento será possível transformar a cultura, desenvolver estratégias voltadas para as práticas que geram valor ao paciente e possam em paralelo superar os riscos advindos do processo, e por fim definir e obter os recursos necessários para a viabilização da implantação do modelo. Desse modo, a autora sugere haver um papel relevante da implantação de práticas que disseminem os conceitos do modelo fee-for-value nos ambientes de saúde investigados no trabalho.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-08-27T14:05:10Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-08-27T14:05:10Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-08-21
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10438/29628
url https://hdl.handle.net/10438/29628
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/9e22e4a2-74c0-4237-b6f0-3b516e4b0b9c/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/78121268-8654-4ef9-b25d-8b625ab72212/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/df1866ee-6bb0-49e2-9b00-fdd384379b33/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/3625aa2f-5804-4d4a-b9de-c6d5f9b2ca9c/download
bitstream.checksum.fl_str_mv f953784cf9e11101a0e73d4453c1f410
dfb340242cced38a6cca06c627998fa1
3c8097933bbba0369fc636a15bdd018e
173952f4a2bd797c3afd41ac060bff82
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1813797687854628864