Pobreza menstrual no Brasil diagnóstico e alternativas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Luisa Prado Affonso
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/31809
Resumo: Ao redor do mundo, é comum, por questões culturais ou religiosas, ou por pela condição de pobreza em si, que pessoas sejam submetidas a situações danosas à sua saúde física e mental, além de seu desenvolvimento social, durante seu ciclo menstrual. Isso, se configura como pobreza menstrual. Segundo a UNICEF, para combater a pobreza menstrual é preciso garantir: (i) acesso a produtos de higiene menstrual, (ii) infraestrutura de banheiro adequada em instalações públicas, (iii) acesso a medicamentos, se e quando necessários, para mulheres durante o período menstrual, (iv) educação e informação sobre menstruação, (v) combate à estigmatização e preconceito da menstruação, (vii) redução ou isenção da tributação, precificação e mercantilização de produtos de higiene e saúde menstrual e nos (viii) monitoração e avaliação dos efeitos prejudiciais da pobreza menstrual na vida de pessoas que menstruam. Ao analisar a problemática em contexto internacional, percebe-se que apesar da discussão ser nova para grande parte dos países, alguns já estão na vanguarda, garantindo distribuição gratuita de absorventes descartáveis, principalmente nas escolas, e isenção dos impostos incidentes sobre esses. A evasão escolar, assim, mostra-se como a questão mais apelativa para Governantes implementarem ações combativas à pobreza menstrual. Em um diagnóstico da situação do Brasil, apurou-se dados alarmantes sobre a pobreza menstrual, especialmente no ambiente escolar. Isso, porque 1,24 milhão de meninas, 11,6% do total de alunas, no país, não tem acesso a sequer papel higiênico nos banheiros de suas escolas e 31,32% estudam em escolas sem esgotamento sanitário. Além disso, há um atraso na Educação sobre menstruação, que normalmente ocorre nos últimos anos do Ensino Fundamental, quando a maioria dos estudantes já menstruou pela primeira vez. Também, nota-se que os programas de saúde pouco focam no atendimento e tratamento de sintomas pré-menstruais. Ainda, o Brasil consiste em um dos países que mais tributa produtos de higiene menstrual no mundo. Quando analisadas as alternativas propostas no país para o combate à Pobreza Menstrual, percebe-se que a discussão pouco avançou nas vertentes que não o acesso a produtos de higiene menstrual. Por mais que o debate de doação de absorventes esteja ativo pela votação da PL N.º 4.968/2019 (em tramitação), está a cargo de programas Municipais e Estaduais a entrega de absorventes. Até o momento, somente a parte do texto que prevê Educação informativa sobre menstruação foi sancionada. Com relação às proposições de isenção de impostos sobre produtos de higiene menstrual, somente alguns Estados retiraram o ICMS, e o Governo Federal retirou o IPI (por decreto), que é um Imposto extrafiscal que não altera o preço dos produtos. Por fim, esse artigo propõe que o combate à pobreza menstrual seja realizado a partir de Projetos para todas as vertentes apresentadas, e pela parceria de programas dos Ministérios da Educação, Saúde e Mulher. Com isso, o MEC coordenaria o currículo de Educação Menstrual, a ser implementado nos anos iniciais do Fundamental, e programas de adequação de banheiros escolares e disponibilidade de produtos de higiene menstrual. O Ministério da Saúde, por sua vez, deveria rever seus programas, contemplando o tratamento de sintomas pré-menstruais e tornando os medicamentos para tanto de mais fácil acesso. O Ministério da Mulher, poderia, então, assumir uma função coordenativa das frentes de combate à pobreza menstrual ao incluir isso em sua agenda. Também, é proposta isenção de impostos sobre os produtos menstruais, e que se busque soluções locais para melhor tentar atender as pessoas que menstruam em situação de vulnerabilidade social que não estão nas escolas.
id FGV_6aae7c23b6c4f825e21e356372ecef27
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/31809
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str 3974
spelling Moreira, Luisa Prado AffonsoEscolas::EAESPAbrucio, Fernando Luiz2022-04-08T16:21:08Z2022-04-08T16:21:08Z2021-12-09https://hdl.handle.net/10438/31809Ao redor do mundo, é comum, por questões culturais ou religiosas, ou por pela condição de pobreza em si, que pessoas sejam submetidas a situações danosas à sua saúde física e mental, além de seu desenvolvimento social, durante seu ciclo menstrual. Isso, se configura como pobreza menstrual. Segundo a UNICEF, para combater a pobreza menstrual é preciso garantir: (i) acesso a produtos de higiene menstrual, (ii) infraestrutura de banheiro adequada em instalações públicas, (iii) acesso a medicamentos, se e quando necessários, para mulheres durante o período menstrual, (iv) educação e informação sobre menstruação, (v) combate à estigmatização e preconceito da menstruação, (vii) redução ou isenção da tributação, precificação e mercantilização de produtos de higiene e saúde menstrual e nos (viii) monitoração e avaliação dos efeitos prejudiciais da pobreza menstrual na vida de pessoas que menstruam. Ao analisar a problemática em contexto internacional, percebe-se que apesar da discussão ser nova para grande parte dos países, alguns já estão na vanguarda, garantindo distribuição gratuita de absorventes descartáveis, principalmente nas escolas, e isenção dos impostos incidentes sobre esses. A evasão escolar, assim, mostra-se como a questão mais apelativa para Governantes implementarem ações combativas à pobreza menstrual. Em um diagnóstico da situação do Brasil, apurou-se dados alarmantes sobre a pobreza menstrual, especialmente no ambiente escolar. Isso, porque 1,24 milhão de meninas, 11,6% do total de alunas, no país, não tem acesso a sequer papel higiênico nos banheiros de suas escolas e 31,32% estudam em escolas sem esgotamento sanitário. Além disso, há um atraso na Educação sobre menstruação, que normalmente ocorre nos últimos anos do Ensino Fundamental, quando a maioria dos estudantes já menstruou pela primeira vez. Também, nota-se que os programas de saúde pouco focam no atendimento e tratamento de sintomas pré-menstruais. Ainda, o Brasil consiste em um dos países que mais tributa produtos de higiene menstrual no mundo. Quando analisadas as alternativas propostas no país para o combate à Pobreza Menstrual, percebe-se que a discussão pouco avançou nas vertentes que não o acesso a produtos de higiene menstrual. Por mais que o debate de doação de absorventes esteja ativo pela votação da PL N.º 4.968/2019 (em tramitação), está a cargo de programas Municipais e Estaduais a entrega de absorventes. Até o momento, somente a parte do texto que prevê Educação informativa sobre menstruação foi sancionada. Com relação às proposições de isenção de impostos sobre produtos de higiene menstrual, somente alguns Estados retiraram o ICMS, e o Governo Federal retirou o IPI (por decreto), que é um Imposto extrafiscal que não altera o preço dos produtos. Por fim, esse artigo propõe que o combate à pobreza menstrual seja realizado a partir de Projetos para todas as vertentes apresentadas, e pela parceria de programas dos Ministérios da Educação, Saúde e Mulher. Com isso, o MEC coordenaria o currículo de Educação Menstrual, a ser implementado nos anos iniciais do Fundamental, e programas de adequação de banheiros escolares e disponibilidade de produtos de higiene menstrual. O Ministério da Saúde, por sua vez, deveria rever seus programas, contemplando o tratamento de sintomas pré-menstruais e tornando os medicamentos para tanto de mais fácil acesso. O Ministério da Mulher, poderia, então, assumir uma função coordenativa das frentes de combate à pobreza menstrual ao incluir isso em sua agenda. Também, é proposta isenção de impostos sobre os produtos menstruais, e que se busque soluções locais para melhor tentar atender as pessoas que menstruam em situação de vulnerabilidade social que não estão nas escolas.porPobreza menstrualDignidade menstrualPolítica públicaHigiene menstrualAgenda públicaPolítica de gêneroIgualdade de gêneroAdministração públicaPobreza menstrual no Brasil diagnóstico e alternativasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reportinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALArtigo Luisa - Pobreza Menstrual.pdfArtigo Luisa - Pobreza Menstrual.pdfPDFapplication/pdf290441https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0d8c4d99-87a9-4bec-bebe-6c2ff1a826d5/download3fba5bf07039e810216b8fdfa2ee8701MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/06f5b0b5-39fd-41bb-8790-d24b688179bd/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52TEXTArtigo Luisa - Pobreza Menstrual.pdf.txtArtigo Luisa - Pobreza Menstrual.pdf.txtExtracted texttext/plain60418https://repositorio.fgv.br/bitstreams/20124b7b-85bf-416a-a4ed-b455482eed3b/downloadb2774f80aa5e370040ca12682f1cf647MD55THUMBNAILArtigo Luisa - Pobreza Menstrual.pdf.jpgArtigo Luisa - Pobreza Menstrual.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2343https://repositorio.fgv.br/bitstreams/7323f97b-ff81-403a-bd63-a6f98f64fcaf/download67aaa496ecbc1b326f7fc7fd35282d05MD5610438/318092024-02-29 16:50:23.097open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/31809https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742024-02-29T16:50:23Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K
dc.title.por.fl_str_mv Pobreza menstrual no Brasil diagnóstico e alternativas
title Pobreza menstrual no Brasil diagnóstico e alternativas
spellingShingle Pobreza menstrual no Brasil diagnóstico e alternativas
Moreira, Luisa Prado Affonso
Pobreza menstrual
Dignidade menstrual
Política pública
Higiene menstrual
Agenda pública
Política de gênero
Igualdade de gênero
Administração pública
title_short Pobreza menstrual no Brasil diagnóstico e alternativas
title_full Pobreza menstrual no Brasil diagnóstico e alternativas
title_fullStr Pobreza menstrual no Brasil diagnóstico e alternativas
title_full_unstemmed Pobreza menstrual no Brasil diagnóstico e alternativas
title_sort Pobreza menstrual no Brasil diagnóstico e alternativas
author Moreira, Luisa Prado Affonso
author_facet Moreira, Luisa Prado Affonso
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::EAESP
dc.contributor.author.fl_str_mv Moreira, Luisa Prado Affonso
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Abrucio, Fernando Luiz
contributor_str_mv Abrucio, Fernando Luiz
dc.subject.por.fl_str_mv Pobreza menstrual
Dignidade menstrual
Política pública
Higiene menstrual
Agenda pública
Política de gênero
Igualdade de gênero
topic Pobreza menstrual
Dignidade menstrual
Política pública
Higiene menstrual
Agenda pública
Política de gênero
Igualdade de gênero
Administração pública
dc.subject.area.por.fl_str_mv Administração pública
description Ao redor do mundo, é comum, por questões culturais ou religiosas, ou por pela condição de pobreza em si, que pessoas sejam submetidas a situações danosas à sua saúde física e mental, além de seu desenvolvimento social, durante seu ciclo menstrual. Isso, se configura como pobreza menstrual. Segundo a UNICEF, para combater a pobreza menstrual é preciso garantir: (i) acesso a produtos de higiene menstrual, (ii) infraestrutura de banheiro adequada em instalações públicas, (iii) acesso a medicamentos, se e quando necessários, para mulheres durante o período menstrual, (iv) educação e informação sobre menstruação, (v) combate à estigmatização e preconceito da menstruação, (vii) redução ou isenção da tributação, precificação e mercantilização de produtos de higiene e saúde menstrual e nos (viii) monitoração e avaliação dos efeitos prejudiciais da pobreza menstrual na vida de pessoas que menstruam. Ao analisar a problemática em contexto internacional, percebe-se que apesar da discussão ser nova para grande parte dos países, alguns já estão na vanguarda, garantindo distribuição gratuita de absorventes descartáveis, principalmente nas escolas, e isenção dos impostos incidentes sobre esses. A evasão escolar, assim, mostra-se como a questão mais apelativa para Governantes implementarem ações combativas à pobreza menstrual. Em um diagnóstico da situação do Brasil, apurou-se dados alarmantes sobre a pobreza menstrual, especialmente no ambiente escolar. Isso, porque 1,24 milhão de meninas, 11,6% do total de alunas, no país, não tem acesso a sequer papel higiênico nos banheiros de suas escolas e 31,32% estudam em escolas sem esgotamento sanitário. Além disso, há um atraso na Educação sobre menstruação, que normalmente ocorre nos últimos anos do Ensino Fundamental, quando a maioria dos estudantes já menstruou pela primeira vez. Também, nota-se que os programas de saúde pouco focam no atendimento e tratamento de sintomas pré-menstruais. Ainda, o Brasil consiste em um dos países que mais tributa produtos de higiene menstrual no mundo. Quando analisadas as alternativas propostas no país para o combate à Pobreza Menstrual, percebe-se que a discussão pouco avançou nas vertentes que não o acesso a produtos de higiene menstrual. Por mais que o debate de doação de absorventes esteja ativo pela votação da PL N.º 4.968/2019 (em tramitação), está a cargo de programas Municipais e Estaduais a entrega de absorventes. Até o momento, somente a parte do texto que prevê Educação informativa sobre menstruação foi sancionada. Com relação às proposições de isenção de impostos sobre produtos de higiene menstrual, somente alguns Estados retiraram o ICMS, e o Governo Federal retirou o IPI (por decreto), que é um Imposto extrafiscal que não altera o preço dos produtos. Por fim, esse artigo propõe que o combate à pobreza menstrual seja realizado a partir de Projetos para todas as vertentes apresentadas, e pela parceria de programas dos Ministérios da Educação, Saúde e Mulher. Com isso, o MEC coordenaria o currículo de Educação Menstrual, a ser implementado nos anos iniciais do Fundamental, e programas de adequação de banheiros escolares e disponibilidade de produtos de higiene menstrual. O Ministério da Saúde, por sua vez, deveria rever seus programas, contemplando o tratamento de sintomas pré-menstruais e tornando os medicamentos para tanto de mais fácil acesso. O Ministério da Mulher, poderia, então, assumir uma função coordenativa das frentes de combate à pobreza menstrual ao incluir isso em sua agenda. Também, é proposta isenção de impostos sobre os produtos menstruais, e que se busque soluções locais para melhor tentar atender as pessoas que menstruam em situação de vulnerabilidade social que não estão nas escolas.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-12-09
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-04-08T16:21:08Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-04-08T16:21:08Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/report
format report
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10438/31809
url https://hdl.handle.net/10438/31809
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0d8c4d99-87a9-4bec-bebe-6c2ff1a826d5/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/06f5b0b5-39fd-41bb-8790-d24b688179bd/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/20124b7b-85bf-416a-a4ed-b455482eed3b/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/7323f97b-ff81-403a-bd63-a6f98f64fcaf/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 3fba5bf07039e810216b8fdfa2ee8701
dfb340242cced38a6cca06c627998fa1
b2774f80aa5e370040ca12682f1cf647
67aaa496ecbc1b326f7fc7fd35282d05
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802749739163189248