Percepção da Advocacia Pública Federal sobre a dicotomia Advocacia de Estado X Advocacia de Governo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/30146 |
Resumo: | Objetivo – Este estudo pretende investigar o significado simbólico e o alcance do discurso que define a atividade profissional da burocracia que integra os quadros da Advocacia-Geral da União como atividade de “Advocacia de Estado” examinando o imaginário dos operadores da gestão jurídica do aparelho de estado, buscando, a partir disso, identificar possíveis decorrências para a prática cotidiana da gestão pública e do relacionamento entre os poderes do estado, bem como entre estado e sociedade. Metodologia – A pesquisa dividiu-se em duas etapas. A primeira compreendeu a coleta de dados de fontes secundárias de pesquisa registradas em páginas de internet de entidades associativas da advocacia pública federal, tais como notícias, manifestações, notas, e artigos de opinião que abordassem a temática da tensão entre advocacia de estado e advocacia de governo. O exame desse material textual pretende fixar um parâmetro de comparação com o obtido na segunda etapa da pesquisa, que se trata do desenvolvimento da análise do discurso sobre o resultado da realização de 10 entrevistas longas baseadas em roteiro semiestruturado destinado à exploração da subjetividade dos entrevistados quanto ao problema de pesquisa e de questões a ele relacionadas. Resultados –Verificou-se que se encontra presente no imaginário dos membros da advocacia pública federal, de modo bastante consistente, a sustentação de papel e lugar de fala semelhante ao que emerge do discurso das entidades associativas do setor, sustentando a defesa de um modelo de atuação ao qual atribui o valor da virtude, o da “advocacia de estado”, como referência à exaltação do valor da lei e do universalismo de procedimentos em contraface a outro modelo indesejável, o da “advocacia de governo”, que seria signo do patrimonialismo ou clientelismo atribuídos à política numa visão pejorativa do governo. Contudo, de forma distinta ao discurso associativo, as entrevistas revelaram que não é sustentada a defesa da AGU como um ente dotado de autonomia e condição externa à atividade da gestão pública, ou pelo menos dela diferenciada, como uma espécie de agência com a função exclusiva de garante da probidade. Isso sugere que a prática social em determinada posição funcional ou relação institucional mobiliza de modos diferentes a formação discursiva que define as gramáticas políticas do Brasil e a pretensão de autonomia do campo jurídico Limitações – A principal limitação da pesquisa está relacionada com a focalização de uma dentre quatro carreiras integrantes da AGU, o que não permite uma pretensão de generalização dos resultados da pesquisa, finalidade para a qual se demanda a ampliação da pesquisa para o universo mais amplo das demais carreiras da AGU. Contribuições práticas – Por meio da identificação de um padrão de articulação das gramáticas políticas do Brasil e de uma determinada projeção da autonomia do campo jurídico no imaginário desse setor da burocracia, permitindo definir estratégias para colher da atuação da burocracia jurídica federal uma relação de regulação e inserção proativa entre governo e administração. Contribuições sociais – Ampliar a compreensão sociológica da atuação das instituições judiciais e dos integrantes do campo jurídico, contribuindo para uma adequada percepção do caráter relativo da sua autonomia e a sua concorrência, em condições de igualdade, com outras formas de classificação da política e do mundo social. Originalidade – A despeito da posição e do papel estratégico da advocacia pública, de seu potencial permanente de autorização e censura da atividade política e administrativa do estado, tal setor da burocracia não é objeto de significativos estudos no campo da administração pública em particular, e no campo das ciências sociais em geral, lacuna que recomenda esforços de pesquisa em torno desse objeto, agregando-se a contribuições como as de Menuzzi (2019), Brentano (2017) e Paiva (2015). |
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Corbellini Filho, HelioEscolas::EBAPEEngelmann, FabianoFontoura, Yuna Souza dos Reis daCostin, Claudia2021-02-24T10:50:52Z2021-02-24T10:50:52Z2020-11-26https://hdl.handle.net/10438/30146Objetivo – Este estudo pretende investigar o significado simbólico e o alcance do discurso que define a atividade profissional da burocracia que integra os quadros da Advocacia-Geral da União como atividade de “Advocacia de Estado” examinando o imaginário dos operadores da gestão jurídica do aparelho de estado, buscando, a partir disso, identificar possíveis decorrências para a prática cotidiana da gestão pública e do relacionamento entre os poderes do estado, bem como entre estado e sociedade. Metodologia – A pesquisa dividiu-se em duas etapas. A primeira compreendeu a coleta de dados de fontes secundárias de pesquisa registradas em páginas de internet de entidades associativas da advocacia pública federal, tais como notícias, manifestações, notas, e artigos de opinião que abordassem a temática da tensão entre advocacia de estado e advocacia de governo. O exame desse material textual pretende fixar um parâmetro de comparação com o obtido na segunda etapa da pesquisa, que se trata do desenvolvimento da análise do discurso sobre o resultado da realização de 10 entrevistas longas baseadas em roteiro semiestruturado destinado à exploração da subjetividade dos entrevistados quanto ao problema de pesquisa e de questões a ele relacionadas. Resultados –Verificou-se que se encontra presente no imaginário dos membros da advocacia pública federal, de modo bastante consistente, a sustentação de papel e lugar de fala semelhante ao que emerge do discurso das entidades associativas do setor, sustentando a defesa de um modelo de atuação ao qual atribui o valor da virtude, o da “advocacia de estado”, como referência à exaltação do valor da lei e do universalismo de procedimentos em contraface a outro modelo indesejável, o da “advocacia de governo”, que seria signo do patrimonialismo ou clientelismo atribuídos à política numa visão pejorativa do governo. Contudo, de forma distinta ao discurso associativo, as entrevistas revelaram que não é sustentada a defesa da AGU como um ente dotado de autonomia e condição externa à atividade da gestão pública, ou pelo menos dela diferenciada, como uma espécie de agência com a função exclusiva de garante da probidade. Isso sugere que a prática social em determinada posição funcional ou relação institucional mobiliza de modos diferentes a formação discursiva que define as gramáticas políticas do Brasil e a pretensão de autonomia do campo jurídico Limitações – A principal limitação da pesquisa está relacionada com a focalização de uma dentre quatro carreiras integrantes da AGU, o que não permite uma pretensão de generalização dos resultados da pesquisa, finalidade para a qual se demanda a ampliação da pesquisa para o universo mais amplo das demais carreiras da AGU. Contribuições práticas – Por meio da identificação de um padrão de articulação das gramáticas políticas do Brasil e de uma determinada projeção da autonomia do campo jurídico no imaginário desse setor da burocracia, permitindo definir estratégias para colher da atuação da burocracia jurídica federal uma relação de regulação e inserção proativa entre governo e administração. Contribuições sociais – Ampliar a compreensão sociológica da atuação das instituições judiciais e dos integrantes do campo jurídico, contribuindo para uma adequada percepção do caráter relativo da sua autonomia e a sua concorrência, em condições de igualdade, com outras formas de classificação da política e do mundo social. Originalidade – A despeito da posição e do papel estratégico da advocacia pública, de seu potencial permanente de autorização e censura da atividade política e administrativa do estado, tal setor da burocracia não é objeto de significativos estudos no campo da administração pública em particular, e no campo das ciências sociais em geral, lacuna que recomenda esforços de pesquisa em torno desse objeto, agregando-se a contribuições como as de Menuzzi (2019), Brentano (2017) e Paiva (2015).Objective: This study aims to investigate the symbolic meaning and scope of the discourse that defines the professional bureaucracy activity that integrates the Attorney General's Office (Advocacia-Geral da União, AGU) staff as the "State Advocacy" activity. The research aims to exam the legal State management apparatus imaginary, seeking to identify possible consequences for the daily practice of public management and the relationship between the powers of the State and also the State and society. Methodology: The research was divided into two stages of research. The first comprised data collection from secondary research sources on the internet from associative entities of the federal public Law. News, demonstrations, notes, and opinion articles that addressed the tension between state and government advocacy. The examination of this material intended to establish comparisons between parameters obtained in the second stage of the research, where it was developed the analysis of the discourse on the result of 10 interviews based on a semi-structured script, for exploration of the interviewees’ subjectivity on the research problem. Results: It was found that it is present in the imagination of members of the federal public advocacy, in a very consistent way, the support of role and place of speech similar to what emerges from the discourse of associative entities in the sector. Supporting the defense of a model of action that attributes the value of virtue in the "State Advocacy," as a reference to the exaltation of the value of the Law and in the procedures universalism that contrast to another undesirable model: the "Government Advocacy," being a sign of patrimonialism or clientelism attributed to politics in a pejorative view of the government. However, differently from the associative discourse, the interviews revealed that the defense of AGU is not sustained as an entity endowed with autonomy and external condition to the activity of public management. It is at least differentiated from it, as a kind of agency with the exclusive function as a guarantor of probity, which suggests that social practice in a specific functional position or institutional relationship mobilizes discursive formation that defines Brazil’s political grammars and the claim to autonomy in the legal field in different ways. Limitations: The main limitation of this research is related to the focus of one of the four careers that are part of the AGU. It does not allow the attempt to generalize the results of the research, a purpose for which it is required to expand the research to the broader universe of the other AGU careers. Practical contributions: To help identify a political grammar pattern articulation in Brazil. To determine autonomy projection, the legal field in the imaginary of this bureaucracy sector, allowing to define strategies to gather from the performance of the federal legal bureaucracy a relationship of regulation and proactive insertion between government and administration. Social contributions: To broaden the sociological understanding in judicial Institutions’ performance of members in the legal field. To contribute to an adequate perception of the relative characteristic of their autonomy and their competition, under conditions of equality, with other forms of politics classification in the society. Originality: Despite the position and strategic role of public advocacy, its endless potential for authorization and censorship of the political and administrative activity of the State, this sector of bureaucracy is not the object of significant studies in the field of Public Administration in particular, and in the field of Social Sciences in general, a gap that recommends research efforts around this object, adding to contributions such as those by Menuzzi (2019), Brentano (2017), and Paiva (2015).porBurocraciaCampo jurídicoPretensão de autonomiaAdvocacia-Geral da UniãoAnálise do discursoFormação discursivaGramáticas políticas do BrasilBureaucracyLegal fieldClaim to autonomyFederal Attorney GeneralDiscourse analysisDiscursive formationPolitical grammars of BrazilAdministração públicaBurocraciaAdvocacia-Geral da União (Brasil)Administração pública – BrasilAnálise do discursoPercepção da Advocacia Pública Federal sobre a dicotomia Advocacia de Estado X Advocacia de Governoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2020-11-26reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/dac7981e-fd46-4e3a-af6f-ece6864ad9bc/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52ORIGINALDissertação Helio Corbellini Filho - doc enviado.pdfDissertação Helio Corbellini Filho - doc enviado.pdfPDFapplication/pdf2144791https://repositorio.fgv.br/bitstreams/babfa352-d642-49e6-8f6f-d42562cb634b/downloade91662f3219d298abfb038d16c115e98MD53TEXTDissertação Helio Corbellini Filho - doc enviado.pdf.txtDissertação Helio Corbellini Filho - doc enviado.pdf.txtExtracted texttext/plain103584https://repositorio.fgv.br/bitstreams/f3b9f119-5210-445a-b32b-466a0ed061b7/download8a0d35077b20f067abac7d2398840b93MD56THUMBNAILDissertação Helio Corbellini Filho - doc 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Burocracia Advocacia-Geral da União (Brasil) Administração pública – Brasil Análise do discurso |
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Objetivo – Este estudo pretende investigar o significado simbólico e o alcance do discurso que define a atividade profissional da burocracia que integra os quadros da Advocacia-Geral da União como atividade de “Advocacia de Estado” examinando o imaginário dos operadores da gestão jurídica do aparelho de estado, buscando, a partir disso, identificar possíveis decorrências para a prática cotidiana da gestão pública e do relacionamento entre os poderes do estado, bem como entre estado e sociedade. Metodologia – A pesquisa dividiu-se em duas etapas. A primeira compreendeu a coleta de dados de fontes secundárias de pesquisa registradas em páginas de internet de entidades associativas da advocacia pública federal, tais como notícias, manifestações, notas, e artigos de opinião que abordassem a temática da tensão entre advocacia de estado e advocacia de governo. O exame desse material textual pretende fixar um parâmetro de comparação com o obtido na segunda etapa da pesquisa, que se trata do desenvolvimento da análise do discurso sobre o resultado da realização de 10 entrevistas longas baseadas em roteiro semiestruturado destinado à exploração da subjetividade dos entrevistados quanto ao problema de pesquisa e de questões a ele relacionadas. Resultados –Verificou-se que se encontra presente no imaginário dos membros da advocacia pública federal, de modo bastante consistente, a sustentação de papel e lugar de fala semelhante ao que emerge do discurso das entidades associativas do setor, sustentando a defesa de um modelo de atuação ao qual atribui o valor da virtude, o da “advocacia de estado”, como referência à exaltação do valor da lei e do universalismo de procedimentos em contraface a outro modelo indesejável, o da “advocacia de governo”, que seria signo do patrimonialismo ou clientelismo atribuídos à política numa visão pejorativa do governo. Contudo, de forma distinta ao discurso associativo, as entrevistas revelaram que não é sustentada a defesa da AGU como um ente dotado de autonomia e condição externa à atividade da gestão pública, ou pelo menos dela diferenciada, como uma espécie de agência com a função exclusiva de garante da probidade. Isso sugere que a prática social em determinada posição funcional ou relação institucional mobiliza de modos diferentes a formação discursiva que define as gramáticas políticas do Brasil e a pretensão de autonomia do campo jurídico Limitações – A principal limitação da pesquisa está relacionada com a focalização de uma dentre quatro carreiras integrantes da AGU, o que não permite uma pretensão de generalização dos resultados da pesquisa, finalidade para a qual se demanda a ampliação da pesquisa para o universo mais amplo das demais carreiras da AGU. Contribuições práticas – Por meio da identificação de um padrão de articulação das gramáticas políticas do Brasil e de uma determinada projeção da autonomia do campo jurídico no imaginário desse setor da burocracia, permitindo definir estratégias para colher da atuação da burocracia jurídica federal uma relação de regulação e inserção proativa entre governo e administração. Contribuições sociais – Ampliar a compreensão sociológica da atuação das instituições judiciais e dos integrantes do campo jurídico, contribuindo para uma adequada percepção do caráter relativo da sua autonomia e a sua concorrência, em condições de igualdade, com outras formas de classificação da política e do mundo social. Originalidade – A despeito da posição e do papel estratégico da advocacia pública, de seu potencial permanente de autorização e censura da atividade política e administrativa do estado, tal setor da burocracia não é objeto de significativos estudos no campo da administração pública em particular, e no campo das ciências sociais em geral, lacuna que recomenda esforços de pesquisa em torno desse objeto, agregando-se a contribuições como as de Menuzzi (2019), Brentano (2017) e Paiva (2015). |
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